brigas dos infernos

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ps: esse capítulo é bem pesado e sensível, então indico que se preparem para ler

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celular do mark

''secretário do diabo''

eu: ei
por favor, por favor, por favor
me diz que você conseguiu alguma coisa
porque eu acabei de fazer a pior merda que eu poderia fazer e não vou aguentar ficar muito tempo sem falar com o Donghyuck

secretário do diabo: olha eu não sei que merda você fez e nem quero saber
as coisas estão difíceis aqui
o chefe está de olho em você
também disse que quer você de volta e que nada pode mudar a cabeça dele
então, não pisa na bola
pelo menos por enquanto

eu: merda
estou fodido

{...}

O som da porta batendo com força poderia acordar qualquer pessoa naquela vizinhança tão silenciosa. Era um meio de madrugada, mas Donghyuck não tentava controlar nenhum barulho que saia de sua casa. Já havia jogado objetos nas paredes e derrubado outros no chão, mas por mais que a bagunça do quarto fosse grande, o garoto pouco se importava. Estava quebrado demais para pensar em qualquer outra coisa que não fosse a cena que havia presenciado mais cedo.

Seu melhor amigo e o cara por quem estava apaixonado. Juntos. Se beijando.

- Droga, droga, droga – batia na cama em meio as lágrimas.

Doía, claro que doía. Sentia que cada parte de seu coração estava em pedaços e a dor que se alastrava por seu peito era tanta que quase se esqueceu que o responsável por aquele sentimentalismo e sofrimento todo era seu cérebro. O seu maldito cérebro.  O maldito cérebro que não o permitia apagar e esquecer tudo. O maldito cérebro que, com a sua parte mais racional, não lhe deixava apenas se encher de coisas para entrar em um profundo sono e não acordar mais. Maldito cérebro, maldito coração, maldito Mark Lee.

Donghyuck nunca havia de fato se apaixonado. Nunca havia gostado tanto de alguém a ponto de chorar por essa pessoa. E lá se encontrava o acizentado, deitado em uma cama enquanto lágrimas escorriam por suas bochechas e se sentia a pessoa mais idiota do mundo.

O que tinha na cabeça pra confiar em um demônio? O que achava que iria acontecer? Eles iriam se apaixonar e viver felizes para sempre? Era patético, completamente patético.

Nesse momento, o Lee nunca desejou tanto que sua casa não estivesse vazia. Se sentia sozinho, se sentia quebrado, se sentia tão vazio quanto a casa em que morava. Queria companhia, queria poder chamar alguém para ganhar colo e conforto. Ah, como queria que seu melhor amigo lhe acariciasse os cabelos e dissesse que tudo iria ficar bem, que todos passavam por uma desilusão amorosa e que ele merecia melhor do que um demônio idiota. Mas Jaemin não poderia ser seu conforto, ele não poderia lhe acalmar porque em partes, o Na fora um motivo do seu coração jovem e quebrado.

Ele se odiava. Odiava a sua vida e as suas escolhas. Não queria, mas se culpava. Não tinha como não se culpar diante daquela situação, em que havia deixado se levar.

Não sabia porque era tudo tão difícil para ele, não entendia o que poderia ter feito para ser tão castigado assim. Se carma existia, deve ter sido uma pessoa horrível na vida passada para se foder tanto nessa.

markhyuck !¡ lovesick demonOnde histórias criam vida. Descubra agora