Palavras sinalizadas com um asteriscos terão definição ao fim do capítulo.
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A casa era silenciosa, em sua maioria. Os grandes e numerosos cômodos eram, no mínimo, confortáveis. O sistema de ventilação era ótimo. Uma das melhores casas que já haviam ficado desde o começo. O que Jimin mais gostava, era que mesmo que maior, o lugar ainda lembrava muito a sua antiga casa.
Com os pés cobertos apenas por uma meia branca, Jimin caminhava pela cozinha grande, procurando algo para comer. Desde que chegaram à Coreia, ele e Hyunbin mal haviam se falado, quanto mais brigando um com o outro. Jimin não sabia dizer como se sentia em relação a isso, mas, pelo menos uma pontinha de felicidade, vivia ali.
Os armários cheios esbanjaram muita comida e louças caríssimas. Entretanto, nada chamava de fato a atenção do ômega faminto. Assim que parou de procurar algo, Jimin se contentou em pegar uma garrafa de água e sentar-se em uma das cadeiras da grandiosa mesa.
Assim que bebeu o primeiro gole da água gelada, Jimin começou a analisar sua situação.
Apesar de ser um ômega lúpus jovem e bonito, Jimin quase não tinha experiências de vida. Havia beijado apenas um alfa antes de conhecer Hyunbin, hoje, nem lembrava quem exatamente era o homem. As poucas experiências de vida que tinha, viveu enquanto sua mãe ainda era viva. Além do coreano, o ômega dominava o inglês e japonês perfeitamente, e ainda se arriscava no mandarim.
Quando criança, dançava como ninguém, mas, seu pai achava que a dança não o levaria a lugar algum, por isso não lhe deixou sequer entrar para uma aula decente.
Jimin imaginava como era o mundo lá fora. Não é como se não conhecesse nada, ou fosse isolado desde sempre, entretanto, desde que Hyunbin surgiu, o ômega lúpus deixou de viver uma vida de verdade.
Quando Park Jimin conheceu Choi Hyunbin, seu mundo automaticamente ficou cinza.
O alfa não era de todo ruim, no começo. Além de alto, possuía cabelos escuros e uma pele levemente bronzeada, a qual comportava algumas tatuagens. Odiava brincos ou quaisquer outros acessórios que tivesse perfuração, por isso, exagerava nas correntes de ouro. O corpo não era esculpido e tampouco forte, era tão normal que chegava a ser tedioso.
Até mesmo Jimin, que julgava-se fraco, conseguiria vencê-lo em uma briga. Logo quando o lúpus e Hyunbin se conheceram, ambos até mesmo tentaram se conectar um ao outro, o Choi até mesmo tentou marcar Jimin. No entanto, Jimin é um lúpus, não poderia ser marcado por ninguém, além do seu alfa destinado.
Para ser sincero, Jimin pouco sabia sobre sua classe. Ômegas existiam por todos os lugares, assim como alfas e betas. Entretanto, um lúpus, seja esse alfa ou ômega, eram raros de serem encontrados.
Como ainda muito novo, foi privado de muito, Jimin tinha conhecimento sobre sua classe por meio de suas próprias experiências e algumas leituras. Um dia, em uma casa bonita na Austrália em que haviam se hospedado, Jimin pôde ter acesso a infindável biblioteca que ali se encontrava. Na qual passou todas as tardes e manhãs de sua estadia.
Durante esse tempo, descobriu um livro cujo título não conseguia se lembrar de forma alguma. Mas que jamais esqueceria seu conteúdo.
Com o livro, Jimin aprendeu que ômegas lúpus são seres privilegiados, de certo modo. Alguns de seus privilégios são a audição e olfato muito bem desenvolvidos, podendo ser comparados até ao de um alfa puro, cujo os quais haviam sido extintos, pelo menos era o que o mundo achava. Aprendeu também que em situações de extrema raiva, conseguiriam facilmente ter tanta força quanto um alfa. Por não ter passado por algo assim e ter seus sentidos inibidos pelos inacabados traumas, Jimin não saberia dizer se era verdade.
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Catarse • pjm+jjk • [ABO]
Fanfiction[EM ANDAMENTO] 🐺 CATARSE • jjk+pjm. [A.B.O.] "Para Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas." - Freire, Antônio. Purificar a alma. Park Jimin, um ômega lúpus perdido em si mesmo e procurando sua verdadeira história, sente-se cada ve...