17 - A arte do amor

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Amor é um filme

Uma fotografia

É uma pintura

É a poesia


É o porta-retratos cheio de poeira

E a borboleta que lhe pousou no dorso da mão

É o livro na cabeceira

E a rosa vermelha no jardim


É o céu noturno estrelado

É o nascer e o pôr do sol

É o dia cinza e nublado

A chuva fina e a tempestade


É rasgar o peito de tanto sentir

É fazer sangrar a flor

E, sem querer, ferir

É o choro arrependido


É a fotografia rasgada

A poesia esquecida

O filme que ninguém viu

A pintura que desbotou


É uma dança sem coreografia

É a música que toca o coração

E a borboleta caída no chão

Batendo as asas até ficar para sempre inerte


É um lapso de tempo que parece infinito

Um dia ensolarado que nunca acabará

A chuva de emoções em conflito

O vento incessante nos cabelos


É o barulho da água

Uma cachoeira

Um lago tranquilo

Ou uma nascente corriqueira


É tudo o que se vê

E o que não pode ser visto

O que pode ser tocado

E o que é intangível


É o que se cria

O que se imagina

O que se sonha

O que se concretiza


É a realidade

E a loucura

A paz

E o tumulto


É multicolorido

Ou monotonia

É a graça

Ou o próprio riso


É derradeiro

É o adeus

É o ômega

É o fim.

Versos de amor, para quando não souber o que dizerOnde histórias criam vida. Descubra agora