Amor é um filme
Uma fotografia
É uma pintura
É a poesia
É o porta-retratos cheio de poeira
E a borboleta que lhe pousou no dorso da mão
É o livro na cabeceira
E a rosa vermelha no jardim
É o céu noturno estrelado
É o nascer e o pôr do sol
É o dia cinza e nublado
A chuva fina e a tempestade
É rasgar o peito de tanto sentir
É fazer sangrar a flor
E, sem querer, ferir
É o choro arrependido
É a fotografia rasgada
A poesia esquecida
O filme que ninguém viu
A pintura que desbotou
É uma dança sem coreografia
É a música que toca o coração
E a borboleta caída no chão
Batendo as asas até ficar para sempre inerte
É um lapso de tempo que parece infinito
Um dia ensolarado que nunca acabará
A chuva de emoções em conflito
O vento incessante nos cabelos
É o barulho da água
Uma cachoeira
Um lago tranquilo
Ou uma nascente corriqueira
É tudo o que se vê
E o que não pode ser visto
O que pode ser tocado
E o que é intangível
É o que se cria
O que se imagina
O que se sonha
O que se concretiza
É a realidade
E a loucura
A paz
E o tumulto
É multicolorido
Ou monotonia
É a graça
Ou o próprio riso
É derradeiro
É o adeus
É o ômega
É o fim.
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Versos de amor, para quando não souber o que dizer
Poetry"Versos de amor, para quando não souber o que dizer" é um livro de poesias cuja temática é o amor romântico, que nem sempre são mil flores.