Oceano - Coletânea poética

Oceano Noturno

Sinto que estou distante da margem,

Mergulhando no mais profundo de meu ser

E assim como uma miragem,

É fácil comtemplar o oceano mais bonito de se ver

E como o vento carrega o tempo,

Eu carreguei dores distantes;

Andei dormindo ao relento;

Fiz da minha alma um viajante

E como magia, eu me via pela janela do meu quarto,

Me observava na escuridão,

Tentando juntar todos os pedaços

Que me restaram de um noite de um solidão

E sem querer eu libertei algo monstruoso,

Tudo aquilo que eu não queria ver;

Libertei algo monstruoso

E me desesperei sem perceber

O que guardava em mim, eu não podia prever;

Me transformei em chamas

E veio do passado o eco de um novo ser;

Me escondi por detrás das montanhas e mesmo assim não se desfez

Sem esperar, achei abrigo;

Construí novos muros de esperança;

Tentei tapar os meus ouvidos,

Enquanto corria pela vizinhança, esperando um novo amanhecer