Prólogo

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O coração dispara
Tropeça, quase para
Me encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro
Eu amei te ver
Amei te ver (Tiago Iorc)

O coração disparaTropeça, quase paraMe encaixo no teu cheiroE ali me deixo inteiroEu amei te verAmei te ver (Tiago Iorc)

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Meu corpo gritava por descanso

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Meu corpo gritava por descanso. As longas horas de viagem teve o efeito reverso em mim, ao invés de apreciar a calma que voar de avião traz, me vi querendo desesperadamente meu quarto, minha cama e silêncio, nessa ordem, sem alteração.

Meu plano era simples: sentar-me confortavelmente na poltrona acolchoada, inclina-lá, e ouvir uma música calma. Queria degustar o doce sabor da minha pequena conquista na Alemanha.

Ah! Pai, eu consegui o que há anos você tentava.

A sensação era indescritível, e o plano perfeito, pena que minha companheira de viagem não queria o mesmo que eu.

Desde o momento em que ela se sentou ao meu lado, até o momento que o avião pousou em Nova lorque, ela não parou nem por um minuto de falar. Falou do clima, do quão o frio era insuportável, reclamou da comida, segundo ela tudo estava "insosso", nem mesmo a comissária de bordo foi poupada. E eu? Só assentia, incapaz de contraria-la.

Minha cabeça ainda latejava ao som da mulher irritante. Ainda conseguia ouvir nitidamente suas reclamações mesmo já estando em frente da minha casa.

Casa.

Respiro fundo, e afrouxo a gravata, apreciando calmamente a temperatura agradável que aquele dia ensolarado trazia.

Devagar, e sem pressa alguma encosto na porta e toco a campainha uma única vez.

Em silêncio enquanto espero, observo por alguns segundos a imponente construção banhada pela cor nude e adornada por vidros transparentes ao longo de sua fachada. Lar. Era isso que ela deveria representar, mas não me sinto dessa forma. Não sei como é aquela sensação confortável de se sentir parte de algo, algo verdadeiro, e abrasador. Se sentir abraçado, e em paz mesmo que dentro de quatro paredes. É como se eu precisasse desse sentimento, mas não sei como o ter.

Não. Quase que automaticamente minha mente me contraria.

Música. Seu nome reflete instantaneamente na minha cabeça.

Ouvir, e tocar arcordes, sentir o som vibrando dentro do corpo, a adrenalina percorrendo toda a corrente sanguínea, é isso que me faz sentir vivo. É dela que eu preciso. Agora.

Toco o metal frio novamente sentindo as mãos um pouco trêmula.

Ansioso encaro a pequena câmera embutida na parede, e aceno freneticamente para ela com a ansiedade sorrateiramente aparecendo.

— Alguém? — chamei alto, como se fosse possível o som chegar até lá. — Que droo-- — antes que eu complete a frase um barulho estrondoso irrompe, e me movo rapidamente para frente.

Sem prever, me choco com algo firme que faz minha vista escurecer.

Sentindo uma dor aguda na ponte do nariz, cambaleio para trás e o toco.

O que droga aconteceu? Me questiono com os olhos vidrados no líquido denso e quente na minha mão.

Sangue? Não é possível.

Olho pra frente, e no mesmo momento entendo o que aconteceu: fui acertado pela porta.

— Ai meu Deus! — uma voz feminina suave exclama copiando meus pensamentos.

Como eu não a vi?

Foi tudo tão rápido que não consegui assimilar o que acontecia.

O vulto loiro passa por mim e coloca sobre meu nariz um tecido amarelo. Aquilo era sua blusa?

— Ai. — exclamo sem me segurar.

Toco sua mão, o que a faz agir e aumentar o aperto.

Precisei de todo meu auto controle pra não xingar. Caramba! Doeu.

Aperto com os dentes meu lábio inferior, e abro meus olhos preparado pra reclamar com a desastrada insensível que nocauteou meu nariz, mas, as palavras morrem quando encontro seus olhos. Tão vividos, tão claros, e...

Reconfortantes, sim.

O seu rosto simetricamente perfeito, e sua boca pequena bem desenhada, não me é familiar, mas aqueles olhos verdes, expressivos e, ao mesmo tempo, doce, é sim familiar.

Zonzo, quase pude ouvir o clique do quebra cabeça se juntando na minha mente.

Agora, tudo faz sentido.

As frases desconexas entre Pedro e minha mãe, os segredos silenciosos. Jesus. "Preciso ir ao Brasil", "eu não aguento mais conviver sem ela."

Meu coração dispara e no mesmo instante a foto da garota de olhos brilhantes que guardo com cuidado, vem até a minha mente me tirando o ar.

O reconhecimento queima dentro de mim me deixando anestesiado.

É ela, a filha de Pedro, a garota da foto.

Olha quem apareceu!!! Vou logo avisando qie cheguei pra ficar haha

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Olha quem apareceu!!! Vou logo avisando qie cheguei pra ficar haha..

E aí meus bonequinhos de neve, tudo bem? (Vou chamar vocês assim, pode ser? Aliás eu amo tanto o olaf, e vocês?)

Me contem o que acharam dessa nova versão? Gostaram?

Beijinhos e até breve! 💚

Foi o seu olhar #1 | Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora