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 "So I never really knew you
God, I really tried to
Blindsided, addicted
Thought we could really do this
But really I was foolish
Hindsight, it's obvious

Talking with my lawyer
She said: Where'd you find this guy?
I said young people fall in love
With the wrong people sometimes".

Moral of the story- Ashe (feat. Niall Horan).
 
                     |In love?|

   O barulho do soro pingando na longa cânula era ouvido como uma torneira que fora esquecida aberta, nos ouvidos da pequena de olhos azuis céu, que agora se encontravam fechados.

   Cenas passavam em rápidos segundos, atormentando o sono profundo da garota. Seus braços se mexem levemente e ela solta um resmungo, logo acordando e reparando que aquele lugar não era seu quarto, tampouco sua casa. Ela franze o cenho, mas logo entende. Estou no hospital.

Kelyn suspira e fecha os olhos, querendo que tudo não passasse de um pesadelo. Porém, quando passa sua delicada mão pelo rosto, tentando espairecer tudo, e sente uma dor aguda em sua cabeça, juntamente de seu nariz, ela percebe que foi real. O pesadelo continua.

Sem a permissão da  garota de olhos azuis, uma lágrima desce por sua feição magoada. E depois mais outra. E mais outra. Até que a menina esteja soluçando e abraçando o próprio corpo como se isso a protegesse de todo mal. Ali, ela fez da cama hospitalar seu refúgio e chorou. Chorou por sua mãe tê-la deixado e a seu pai; chorou pelo pai que sofria e não tinha a consciência do que se passava; chorou por estar machucada; chorou por ser fraca.

"Você está em minhas mãos".

Nunca imaginara que viver seria tão doloroso.

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<1 dia depois - segunda-feira>

Dentro de casa a causa era: Um desconhecido entrou dentro da residência e lá a violou; Na escola fora a simples desculpa de que caíra da escada (sendo que nem escada tinha direito em sua casa), batendo a cabeça nos degraus e machucando o tornozelo também. Nada grave, foi o que informaram pelos corredores da escola. Mas ninguém reparou a única coisa grave: Seu interior.

Bom, para Kelyn, nada como uma boa maquiagem (o que era um pouco absurdo para a mesma, já que era segunda), e as desculpas não resolvessem tudo.

Por todas as pessoas em que a menina passava mancando, ouvia inúmeros pedidos para que ela melhorasse, que sentiam muito. Todos estavam preocupados com a doce garotinha; era como se ela fosse uma espécie de cristal para os outros. E isso a irritava. Irritava o jeito em que olhavam para ela, com pena. Suas palavras a irritava ainda mais. Como se dizer eu sinto muito e que eu melhore logo ajude, pensava ela revirando os olhos logo quando alguém saia de perto dela, após agradecer pela preocupação.

Não era o assunto mais falado da escola, afinal enquanto a menina estava em uma maca, houve uma festa, que, segundo Nina, teve brigas e términos. Tanto ela quanto os outros amigos evitavam o tópico de conversa: Domingo.

- Disseram que dessa vez foi um tal de Zayn. Ele ficou bebasso! Aí viu a namorada com outro. Ele não é da nossa escola, mas é um dos amigos do Harry Styles. Menina, foi um tumulto só. - a loira falava enquanto as duas estavam na quadra aberta. Era aula vaga, e o professor da aula que teriam juntas não pôde ir.

- E o que aconteceu depois? - Kelyn pergunta curiosa, após o ouvir a palavrinha mágica: Harry Styles. Não que ela estivesse apaixonada, claro. Não eu não estou. É só... curiosidade, dizia, ou melhor, mentia para si mesma.

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