CAPÍTULO 01

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O SOM ALTO REVERBERAVA EM MEUS OUVIDOS, era grave e parecia que fazia minha pele vibrar sobre a fina camada de suor causada pelo calor resultante da quantidade de corpos no pequeno local. Sinto seu olhar em mim e por alguns segundos deixo o fogo de seus olhos me queimar. Meus lábios estão secos, ao contrário de outra parte mais íntima de meu corpo, que se encharca a cada vez que meus olhos traidores se viram em direção a ele.

Respiro fundo, tentando controlar os batimentos do meu coração, que parecem mais rápidos que o trap frenético que sai pelos autofalantes da boate. Me aproximo do balcão pedindo uma dose de gin tônica, apenas para enganar minha garganta.

Me viro de costas a ele, focando no trabalho do barman a minha frente, que prepara minha bebida no modo automático. Passo minhas mãos nervosas em meus cabelos, puxando os fios para cima em um coque improvisado, sentindo o ar condicionado fresco da pequena boate resfriar o local. O suspiro de satisfação que sai dos meus lábios é calado com um grande gole da gin tônica, assim que é colocada em minha frente na bancada.

Sinto uma presença em meu lado e mesmo que não precise levantar o olhar para conferir que é o mesmo homem que me encarou a noite toda, viro meu rosto mesmo assim. O sorriso galanteador está preso no canto dos seus lábios e é hipnotizante. Aproveito que levo o copo em meus lábios para mais um gole, para prestar atenção mais de perto em seus detalhes.

Está inteiramente vestido de preto, exceto pela camiseta vermelha por baixo da jaqueta de couro. A calça jeans de lavagem escura combinando perfeitamente com os coturnos me faz amaldiçoar mentalmente... tenho uma queda por bad boys, apesar de nunca admitir em voz alta. Sorrio minimamente antes de virar todo o resto da bebida em um único gole, me preparando para encarar seus olhos de perto.

— Achei que os últimos 30 minutos haviam sido suficientes para análises — O som de sua voz rouca me impede de subir meu olhar. O movimento de seus lábios abrindo e fechando me fazem entreabrir os lábios, ansiando por pressionar os meus contra os dele.

— E... Eu não estava...

— Não é um problema, sabe? — ele me corta, mantendo um maldito sorriso sexy nos lábios antes de se virar ao barman, lhe fazendo um sinal com as mãos — Já faz mais de uma semana.

Minha boca não se abre e sinto o calor subir pelo meu pescoço quando ele vira um shot de uma bebida âmbar, que acredito ser whisky, a julgar pelo copo redondo e baixo. Seus olhos ônix brilham com outra cor: âmbar flamejante, como a bebida que acabara de beber.

— Você começou a pensar em mim quando se masturba a noite. — é uma afirmação e não uma pergunta. Ele faz uma pausa com o olhar divertido, antes de se inclinar e sussurrar em meu ouvido — Uhum... Eu gosto disso.

Trinco meus dentes, sentindo a vergonha tomar meu corpo. Ordinário.

Mas é bom ouvir sua voz dessa vez.

The Colour Was Red [EM BREVE]Onde histórias criam vida. Descubra agora