Capítulo Três

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•Millie•

- As vezes você não queria ter uma vida normal? - Finn me perguntou do nada.

- Como assim? - perguntei.

- Tipo, terminar os estudos, fazer uma faculdade, trabalhar... - ele falou olhando nos meus olhos.

- Sim... porém eu gosto da vida que a gente tem. Você está achando ruim? - perguntei.

- Claro que não, longe disso, só comentei mesmo... - ele falou voltando a olhar para o mar.

- Vamos voltar? Queria passar em alguma cafeteria... - falei e ele assentiu.

Finn se levantou e pegou na minha mão me ajudando a levantar.

Fomos até uma cafeteria que tinha ali perto e compramos café pra todo mundo da casa, comprei alguns donuts que o Noah gosta e fomos direto para a casa.

Chegamos e a mesa de café da manhã estava posta, apenas Sarah estava sentada ali.

- Trouxemos café! - Finn falou colocando a caixa com os copos de café na mesa.

- Oh, obrigada queridos! - Sarah respondeu sorridente.

- Cadê o pessoal? - perguntei.

- Acho que ainda estão dormindo! - Sarah respondeu e eu assenti.

Finn se sentou ao lado dela e eu avisei que iria guardar meu moletom, porque aqui faz muito calor de manhã.

Subi as escadas e passei na frente de cada quarto.

O primeiro do corredor era de Maddie e Noah (Noah tem um quarto pra ele, porém quase sempre dorme com Maddie).

Olhei pela frecha da porta e a cama estava arrumada e eles não estavam no quarto.

Ignorei e fui ao próximo quarto, o de Lilia.

Bati na porta e não obtive resposta, abri a porta e a cama estava toda bagunçada com roupas espalhadas pelo chão.

Assim que olhei em direção a janela do quarto, encontrei Lilia debruçada na mesma discutindo com alguém.

- Escuta gato, eu já fiz demais de te trazer aqui, essa noite não significou nada, você pode ir em bora agora, não vou passar meu numero! - ela falou baixo, porém o suficiente para que eu escutasse.

Cruzei meus braços e encostei na patente da porta esperando a resposta do tal moço.

- Mas eu-

- Mas nada, passar bem. - ela fechou a janela e fez com que eu escutasse um gemido, provavelmente ele caiu da li de cima.

- Bonito hein? - falei assim que ela virou, fazendo-a pular de susto.

- Porra Mills, virou assombração? - ela falou colocando a mão no coração e indo em direção ao banheiro.

Fui atrás dela e fiquei a encarando, enquanto ela me ignorava e lavava o rosto.

- Não se faça de sonsa, eu vi, quem era aquele? - perguntei.

- Marco ou Mark, alguma coisa assim... - ela revirou o olho e pegou a escova de dente.

- O que conversamos sobre trazer caras pra cá? Porra Lilia, parece que tem 14 anos, só sabe desobedecer, você já está com 19 anos nas costas, toma juízo! - falei.

- Eu tava bebada, eu esqueci do combinado! - ela falou.

- Então evita beber, e se fosse um estuprador? Ou pior, um policial disfarçado procurando os oito adolescentes que sumiram?? Você poderia pensar um pouco nas consequências e-

Como Tudo Deu Errado 2Onde histórias criam vida. Descubra agora