Forbiden Love | L.S

03

Ao abrir meus olhos, fico assustado, ali não era meu quarto muito menos a minha casa.

Resolvo me levantar, mas estava fraco demais. Minha cabeça doía juntamente com todo o resto do meu corpo que suava ao extremo. Comecei a entrar em pânico, não sabia onde estava e nem lembrava como fui parar ali, fechei os olhos novamente tentando controlar minha respiração. Aos poucos minhas memórias começam a voltar, lembro-me de um homem me segurando com muita força, depois eu correndo dentro do mato e de um barulho extremamente alto, meu peito apertou, lembrei de Troy.

Lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto enquanto me perguntava se ele estava realmente morto. Troy pode ter sido o pior pai do mundo, mas era o meu pai, eu ainda o amava. Não importa o que ele fizera.

Enxugo minhas lágrimas e começo a olhar ao redor. Não era um quarto tão grande. As paredes tinham um tom azul-claro, a tinta já estava um pouco desgastada, e havia uma escrivaninha meio antiga próximo à porta. O lugar não era muito iluminado, pelo fato de não ter janela alguma ali. A cama ficava encostada na parede e havia uma outra porta que ficava em frente a beliche, logo, deduzi que poderia ser o banheiro. Naquela parede havia duas portas, talvez fosse um armário ou algo assim, acabei optando por não olhar.

Fui em direção à porta do quarto e como já era de se esperar, estava trancada. O desespero começou a tomar conta.

-Obrigado universo por gostar tanto de mim! -murmuro com raiva e com uma voz embargada. Aproximo meu ouvido da porta na expectativa de escutar algo, mas não ouvi voz alguma ou qualquer outro mísero barulho.

  Começo a esmurrar a porta com toda a força que ainda me restava e gritar por socorro. Minhas mãos já doíam e apresentavam um tom avermelhado, com isso, percebo que aquilo estava sendo em vão, ninguém me ouviria. Observo ao redor tentando achar uma forma de sair daquela merda.

-Já acabou? -perguntou alguém já  abrindo a porta. Era um cara moreno cheio de tatuagens, com cabelo arrumado num topete baixo. Ele estava vestido todo de preto e com uma cara de tédio.

-Quem é você e o que eu estou fazendo aqui? -Ele só sorri sem mostrar os dentes e fecha a porta novamente sem me dar resposta alguma.

-Mais que porra!- grito e caminho em direção a cama. Minha cabeça estava uma bagunça, eu estava totalmente perdido.
  Minha mãe me abandonou, meu pai supostamente está morto, e agora fui sequestrado, o que vai ser de mim daqui a diante?

  Olho em volta à procura de qualquer lugar que eu pudesse me enfiar e sair dali, minha única esperança era o banheiro. Levanto da cama indo em direção ao mesmo. Era um banheiro normal, com pia, espelho, vaso e uma...
-Uma banheira?! Wow- exclamo em voz alta. Bom… Pelo menos tinha banheira, mas ainda sim eu havia sido sequestrado. Olhei ao redor e vi uma janelinha lá em cima e eu poderia facilmente passar pela mesma. Sorri de leve.

Me afasto do banheiro quando ouço passos se aproximarem do quarto e deixo essa idéia pra depois. A porta se abre de uma vez e o mesmo cara de mais cedo vai até mim e puxa meu braço ja machucado, com certa brutalidade, me tirando daquele quarto.

Depois de passar, ou melhor, de ser arrastado por um corredor extenso, desci vários degraus com certa rapidez e recebi um empurrão quando chegamos ao andar de baixo, me fazendo quase cair se não fosse por duas mãos que me seguraram na hora.

-Ta tudo bem? - sussurra um outro cara parecendo um pouco… preocupado? Pelo tom de voz era realmente o que parecia. Ele tinha olhos azuis, o cabelo loiro tingido e era poucos centímetros mais alto que eu.

- O-obrigado- gaguejei. Sentindo o cara do topete segurar firme em meu braço novamente.

-Meu nome é Niall- o cara de olho azul se apresenta com um mine sorriso no rosto -Aquele é Liam -aponta para um carinha que segurava uma latinha de cerveja e estava sentando em uma poltrona no canto da sala.
-Esse aí que está segurando você é o Zayn- o mesmo, afrouxa um pouco mais sua mão do meu braço- Aquele ali é o Ed- Aponta para um ruivo sentado no sofá mexendo em seu celular- e aquele é... -procura com os olhos, parecendo impaciente. -Cadê o Harry, hein?