Cap. 100

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12 de abril:

Camila :

Bato meus dedos no volante do carro enquanto esperava impaciente pela saída do meu marido daquela clínica, o que realmente está me cheirando estranho pois está não era a primeira vez que venho buscá-lo aqui, das outras vezes sua voz estava fora do normal, todas as vezes que tento perguntar o que estava acontecendo ele sempre fugia do assunto ou simplesmente me distraia com outras conversas.
Da última vez entrei na clínica e vi essa tal de Debbie a qual Michael sempre fala dela como uma ótima amiga.

Suspiro

A única coisa que temo é que ele retorne a tomar os remédios, esses malditos remédios que quase o levou a morte, ele me fez uma promessa e temo que ele a quebre, sei que toda a pressão está o tirando do sono a noite, ele já havia me dito que procuraria um médico adequado para tratar desta insônia mas estou com sérias suspeitas de que ele não procurou um médico adequado.

Viro minha cabeça para o lado e vejo meu marido saindo da clinica sendo arrastado pelo médico, franzo as sobrancelhas, abro a porta do carro e saio caminhando para o lado direito do carro, cruzo os braços e o vejo sorrir.

-Agradeço por ter me acompanhado-escuto sua voz arrastada

-O que você tomou? - pergunto e o médico abaixa a cabeça

-Não tomei nada querida, exames de rotina - ele se solta do médico, apertando sua mão, suspiro.

-O que ele tem? - pergunto ao doutor Arnold

-Oh, bem e que ele precisou tomar algumas medicações...e bem eu temi que ele poderia cair então resolvi acompanha-lo até o carro-ele responde sem graça

-medicações? Então ele está dopado? - pergunto

-Sim minha linda, são apenas para alguns tratamentos-olho para ele

-Está bem, vamos.

Dei partida no carro e o olho através do retrovisor, ele havia apagado completamente no banco, completamente encolhido, estreito os olhos enquanto o olho, ele nunca foi de dormir no carro assim, demorou 40 minutos até chegarmos em casa, desço do carro e o chamo algumas vezes para que ele pudesse despertar, com uma certa dificuldade ele abre os olhos, abre a porta do carro, ele já está mais despertado e nota minha cara de desconfiança.

-Está bem, o quer dizer? -ele pergunta assim que entramos em casa

-Eu só quero saber o que você anda tomando, pensa que não sei?

-Ah,Camilla você pensa demais, não estou tomando nada.

-Todas as vezes que vou te buscar naquela clínica você sempre está dopado...

-Só estava cansado.

-Não eu conheço você e sei que está tomando coisas - me sento no sofá - não gosto desse seu médico

-Você não gosta de ninguém - ele revira os olhos

-não, não é isso, só não confio em todo mundo igual você. - Rebato

-Por que você não confia nele?

-Não é a primeira vez que vou te buscar naquela clínica e você está dopado

Ele suspira e balança a cabeça - sei o que está pensando, isso não vai acontecer comigo, estou sob os cuidados de um médico.

-Eu não estou dizendo que você vai m...-me calo ao ver seus olhos sobre mim-Mas se isso chegar a acontecer poderá afetar a um filho que possamos ter. E eu não traria um filho para essa bagunça, eu iria me sentir no dever de fazer o que seria melhor para o meu filho, Michael.

The girl of my dreams (Michael Jackson)Onde histórias criam vida. Descubra agora