Já estava anoitecendo, não queria pegar um resfriado, muito menos voltar para aquele lugar que chamo de casa.
Estava tão confortável estar ali com o gatinho, nem me toquei que se demorasse mais um pouco eu poderia ter sérias consequências na mão de meu pai.
E foi com esse pensamento em mente que me levantei, fazendo o gatinho em meu colo se levantar, espantado.Me deu dó do pequeno.
Ah, esqueci de falar uma peculiaridade.
Eu posso estar ficando louco, ou a porrada que aqueles valentões deram subiu ao meu cérebro mas, esse gato é diferente da tudo que já tinha visto antes.Pq cá entre nois, eu jamais vi um gato rosa.
Me surpreendi ao notar aquilo, Acho que estava tão ocupado em meu mundo de tristezas e pensamentos suicidas que não notei o quão lindo aquele felino poderia ser.
Ah como eu queria levá-lo para casa comigo.
Mas o medo do meu progenitor foi maior que a coragem.- eu preciso ir agora, gatinho... Até breve, eu espero.
deixei o pequeno gatinho ali e foi contragosto caminhando até minha humilde residência, mas como prefiro chamar, abatedouro.
Coloquei os fones de ouvido, e logo colocando em alguma playlist aleatória em meu celular, sendo surpreendido pela música mercy.
Ah...se soubesse o quão me afeta com essa letra...
TENHA MISERICORDIA DE MIM!
Era o que minha mente gritava a cada parte que o refrão soava, chorava mundo da melodia, pois era isso que sentia. Sentia me estar conectado com o que sua letra dizia, o que me deixava mais ainda para baixo, e reflectivo.
Estava chegando ao portão de casa quando senti algo em minhas pernas. Mas especialmente, um ser.
Era o gatinho de antes!
Me senti com dó do bichano ter me seguido até aqui. Não quero mostrar minha triste realidade para um ser tão inocente e sem culpa alguma.
O levar para dentro de casa parecia ser tão tentador. Ter pelo menos algum ser vivo para me consolar ou pelo menos estar perto de mim e não me fazer querer desistir quando meu corpo começar a doer e minha alma começar a chorar.Quero compania.
Me ajoelhei, mal notando que lágrimas grossas desciam por meu rosto. E o bolinha de pelos pareceu perceber aquilo, afinal, ele começou a lamber minhas lágrimas, e eu, involuntariamente levei minha mão ao seu pelos sedosos, onde deixei um carinho ali, agradecendo mentalmente a ajuda daquele serzinho.
- bem...acho que não faz mal se passar essa noite comigo...Só prometa se comportar!
Falei como um idiota, já que ele não entendia nada do eu que falava.
Carrego o gatinho no colo e o levo junto comigo para dentro da casa.
Posso estar cometendo um erro? Claro que posso, mas estou engolindo meu medo, com o pensamento de que uma compania não faz mal.
Afinal, Acho que meu pai não seria louco de abusar de um animalzinho também. Ou seria?
Ignorei esses pensamentos e entrei na casa, constatando que estava vazia.
O gatinho pareceu não gostar daquela áurea que havia naquela casa, pois me olhou e deixou um miado.-É gatinho, eu te entendo, aqui também me da medo.
Subi com o gatinho para meu quarto, o deixando em minha cama.
O pequeno logo se aconchegou em minha cama, me fazendo suspirar feliz pelo gatinho.
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•cat Boy•
RandomTriste e sem vida, é como o menino jeon se considerava. após perder sua mãe vários acontecimentos vem ocorrendo com o mesmo. o que faz o mesmo desistir de viver. do outro lado está um garoto totalmente cheio de vida ousado e que tenta ver o melhor...