Capítulo Único

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Ariel; um rapaz de incríveis olhos azuis, aparência magra, porém, bem distribuída em 1,70 de altura, cabelos lisos e loiros, estagiário da área de informática de uma das empresas mais bem sucedidas no ramo de advocacia da cidade.

Todos os dias o rapaz acaba saindo mais tarde por conta do check-in dos servidores e equipamentos de conexão a rede da empresa. Há dias onde está acompanhado de algum colega ou funcionário da área e a há dias onde está completamente só. E de todas as áreas profissionais a de Ariel era a mais sozinha.

Em um desses expedientes, o escritório recebeu Conrado; o chefe. Sendo este dono da sua própria rede de hotéis espalhados pelo país. Nos dias em que Conrado estava, assim como Ariel, costumava sair mais tarde.

Ambos acabam trocando algumas palavras, tímidas por parte de Ariel.

Em uma dessas noites, Ariel terminou o seus afazeres mais cedo que o costume, passando pela copa notou que o mais velho estava lá se servindo de um café e, ao avistá-lo, o chamou.

— Oi. Tudo bem por aqui? — Disse Ariel.

Conrado deu um gole no copinho descartável e encheu novamente.

– Ah, tudo sim. Já está indo? — questionou ele com a sua voz grossa e imponente, típico de um homem de negócios.

— Sim, sim, já terminei as coisas. — o mais novo quase gaguejou

— Segura um pouco ai, também estou terminando de arrumar uma papelada, posso te dar uma carona. — sugestionou Conrado depois do segundo e último gole de café.

— Ok... — Ariel assentiu.

***

Ao entrar na sala do patrão, o garoto loiro não sabia o que fazer. Iria sentar nas poltronas onde o patrão recebe importantes investidores ou ficaria em pé como um fiel serviçal, pronto para receber as ordens dele.

Ariel resolveu que iria fingir prestar a atenção nos livros da estante.

— Sente aqui garoto. Não vai ficar em pé o tempo todo não é? — perguntou Conrado. Ariel sorriu com timidez e sentou na poltrona enquanto o chefe estava digitando algo no computador. — Sabe, você me parece ser uma pessoa muito dedicada, para sair todo dia além do seu horário e não ser pago por isto.

Ariel abriu um sorriso ao ouvir o que seu patrão disse. Nada do que ele não sabia, afinal, de todos os novos estagiários do setor Ariel era o que mais demonstrava habilidade e competências no setor, e ouvir um elogio de um homem de renome e tão poderoso e realmente era um prêmio aos ouvidos do rapaz.

— Obrigado Senhor...

— Conrado. — corrigiu-o.

— Me desculpe — pediu, sem graça.

Ariel passou a analisar o homem com cautela, enquanto este não cessava o trabalho que fazia com os dedos no teclado. Conrado era um homem que aparentava ter, no máximo, uns quarenta anos. Também de tez pálida, porém, mais alto que Ariel; alguns cinco centímetros, quem sabe?

O homem mais velho, após terminar de digitar, levantou de sua poltrona econtornou a mesa. Encostou a cintura na mesma e cruzou os braços em frente ao seu peitoral, mostrando a Ariel o quanto ele estava em forma pelo fato dos seus braços ficarem bem definidos sob aquela camisa lilás.

— Você têm mais habilidades que possa oferecer? — Conrado encarou o garoto. Sabia que ele estava uma pilha de nervosismo só por estar tão próximo do patrão e iria aproveitar esse terror psicológico causado pela sua presença.

— Ah... — O loiro parou para pensar e uma boa resposta, porém nada veio. – Ah, sim. Eu... eu tenho.

Conrado sorriu maliciosamente, deu volta em torno da cadeira de Ariel e parou atrás dele. O homem curvou o corpo para seus lábios encostarem-se à nuca do menino, deu-lhe um beijo e em seguida deslizou a ponta do nariz pela pele branca e macia do estagiário até chegar ao seu ouvido para sussurrar as seguintes palavras:

O EstagiárioOnde histórias criam vida. Descubra agora