Sob minha proteção.

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-Prisioneiros! A punição por invadir o Calvário é de 100 chicotadas. Podem escolher quem a recebe.-

- Eu_ -

- Eu levarei as chicotadas. -

Os olhos de Caliban se arregalaram em choque e horror. - O que?! Você é a rainha do inferno! Eu nã_ -

- Exatamente, eu sou a rainha. E apesar de você ser um príncipe, ainda é meu súdito, e portanto você é minha responsabilidade e está sob minha proteção. -

O demônio bufou frustrado e exasperado ( e preocupado, mas isso ele negaria até a morte.) - Não deixarei que seja humilhada assim! -

A jovem rainha estufou o peito, levantou o queixo, e falou com uma autoridade que ele só tinha visto três outras vezes em sua curta vida. 1° quando ela o enfrentou, e dispensou ele e a corte infernal após ter reivindicado o trono. 2° quando ela trouxe a sua primeira alma para o inferno.  E 3° quando ela lhe bateu (duas vezes) e disse que iria cortar-lhe a garganta de orelha à orelha entes de deixá-lo pegar o trono dela.

(Ele veria essa autoridade em outro rosto com muita frequência a partir do momento em que conhecesse Zelda Spellman formalmente.)

- Não vejo nada de humilhante em proteger alguém, principalmente alguém que está sob minha responsabilidade. E você não tem tem que deixar nada, eu não pedi e nem preciso da sua permissão.-

- Eu sou feito de barro! O chicote não me vai tirar sangue! -

- Isso significa que não vai doer nem te ferir? -

Ele e hesitou por um momento e logo se arrependeu de não ter mentido na cara dura.

- Vou aceitar isso como um não. -  E com isso ela se virou para a porta da cela, onde Pilatos e o Centurião, estavam assistindo a cena como uma partida de tênis (apesar da única pessoa ali presente que entenderia tal comparação fosse ser a Sabrina, afinal, das quatro outras pessoas presentes três estavam presos em um looping temporal do ano 33 d.C, des do ano 33 d.C, e a quarta era um demônio de um mês de idade que foi moldado do barro do foço infernal para desafiar Lilith pela coroa infernal, e consequentemente, tendo outras prioridades em sua tutoria que não jogos de tênis.), Barrabás obviamente também estava assistindo, afinal aquela conversa era a coisa mais interessante que havia acontecido ali em séculos literais, e sendo assim nenhum dos espectadores estava disposto a intervir até ter absoluta certeza de que realmente tinha acabado.

- Ora vamos Sabrina! Minha rainha, você é linda demais para ter cicatrizes! -  Naquele ponto ele estava começando a entender o motivo de um dos mortais ter dito "E lá vamos nós de novo..." quando ela reivindicou o trono.

Dessa vez ela lhe deu um sorriso gentil. - De volta para você meu príncipe. Além disso, eu já tenho cicatrizes, então já é meio tarde pra isso. -  Dito isso, ela se virou para Pilatos.  - Então? Vamos?-  E com isso, eles a levaram contra os protestos indignados do homem de barro. Sabrina, por outro lado, foi de queixo erguido e passos confiantes, mantendo a dignidade como a rainha que ela era.

- ... -

- ... -

- ... Sua amante é muito corajosa, e fez um sacrifício nobre, mas inútil. -

- Cala a boca. -

- É sempre assim. Primeiro, a prisão, depois as chicotadas. Sou perdoado, enquanto vocês são condenados... Eu queria muito que fosse o contrário. -

- ... Me diga exatamente o que acontece quando você é perdoado, e eu realizarei esse desejo. -

- O que pretende fazer? -

- Usar o tempo que ela me deu pra dar um jeito de eu e ela sairmos daqui. Você está errado, o sacrifício dela não foi em vão, e eu vou retribuir quando voltarmos para a nossa linha de tempo. -

ChicotadasOnde histórias criam vida. Descubra agora