Capítulo 5°

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Ava Bittencourt

Me aproximo com o coração batendo forte, Deus ele está tão lindo, e fora o sorriso que me deixa encantada, beijo seu rosto e olho em seus olhos, tão pretos como a noite, o que me faz suspirar.

__ Oii.

Digo timidamente.

__ Oi Ava, você está muito bonita.

__ Obrigada, você também.

Sorrio sem graça e entramos no carro, me surpreendo quando ele estica o braço e segura minha mão, nunca tive um encontro com garotos e confesso que estou muito nervosa.

__ Está tudo bem Ava ? Você parece inquieta.

__ Você me deixa nervosa.

Ele sorri de lado me fazendo sorrir junto.

__ Isso é ruim ?

__ Depende.

Dessa vez ele gargalha, seguimos pelas ruas em um clima totalmente tranquilo, quando paramos no farol ele me olha intensamente.

__ Me conte um pouco sobre sua família.

Digo e ele sorri sem graça.

__ Moro com meus pais e meu irmão, temos uma convivência boa até porém nada de tão interessante, e você?

__ Moro com a minha mãe, pais separados, sabe né?

Dou uma risada fraca.

__ Complicado né.

__ Bastante.

__ Mais hoje vamos falar de nós Ava, família fica para outro dia.

Me animo quando ele diz isso, sinal que teremos outro encontro, ao chegarmos no shopping saímos do carro e seguimos para dentro, nos dirigimos diretamente para o andar de filmes, chegando na fila do cinema paramos para comprar os ingressos, continuamos nosso dialogo sobre nossa vida, tudo o que ele diz me faz ficar hipnotizada por ele.

Quando entramos na sala para assistir o filme, algo me incomodou bastante, Otávio não saia do celular mas não podia cobrar, afinal nem sabia o que éramos e se éramos alguma coisa, e era apenas a segunda vez que estávamos juntos.

__ Algum problema Ava ?

Ele me pergunta quando sente meu olhar sobre si.

__ Não, apenas você está perdendo o filme por conta do seu celular.

Ele sorri e me olha.

__ Sem cobrança gatinha, não tem nada pra se preocupar.

Fico sem graça porém não digo mais nada, o filme termina e seguimos em direção a praça de alimentação.

__ Vamos comer algo ? To morrendo de fome.

Aceno com a cabeça e seguimos para a lanchonete sem conversar, confesso que está bem estranho isso tudo, então resolvo me pronunciar.

__ Otávio eu estou sem fome, pode me levar pra casa ?

Ele me olha.

__ Por que ? Está cedo.

__ Bem talvez por que você não sai do celular e eu estou aqui com cara de trouxa.

Solto um suspiro pesado.

__ Desculpe estou falando com uma amiga, tenho uma festa pra ir hoje.

Começo a pensar que amiga seria essa mas decido não falar por que não temos nada, ele volta sua atenção para o celular e eu suspiro me levantando e indo em direção a saída, quando alcanço o ponto de táxi sinto meu braço ser puxado.

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