Capítulo 1: Crianças ao Mundo

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Crowley e Aziraphale estavam na livraria, apenas sentados, matando tempo, lendo extremamente concentrados, o local estava silencioso, até então Crowley repentinamente:

Crowley: É IRRITANTE!

Aziraphale: Deus do céu... O que?

Crowley: Esta enrolação em livros, em histórias, nunca é algo que vá direto ao ponto. Você já viu como enrolam descrevendo coisas?

Aziraphale: Querido. Eu tenho uma livraria, passei milênios lendo, eu acho que já vi sim.

Crowley: Então você me entende!

Aziraphale: Não.

Crowley: Como assim?

Aziraphale: Bem, é importante descrever as coisas em livros, os personagens, os ambientes, as situações, isso engaja o leitor, a escolha de palavras também é essencial...

Crowley: Eu não vou discutir sobre isso - em tom irônico.

Aziraphale: Você já pensou em um nome?

Crowley: Para o moleque? Sim.

Aziraphale: Qual?

Crowley: Lu-Ci-En - sorridente, fazendo gestos com os braços para o alto, como se fosse um nome incrível.

Aziraphale: Eu não vou colocar esse nome no meu filho.

Crowley: Nosso filho.

Aziraphale: Não vou colocar esse nome no NOSSO filho, por razões óbvias.

Crowley: Não é um nome feio, mas eu sei porque você não o quer. Mas escuta, eu sou um demônio, e não quero fingir que não sou um, eu quero algo que venha de mim nele.

Aziraphale: Vamos fazer um acordo?

Crowley: Diria que este é meu trabalho, mas que acordo?

Aziraphale: Se ele tiver seus olhos, ele vai se chamar Lucien, caso tenha meus olhos, Cassian.

Crowley: E depois reclama das minhas escolhas para nomes.

Aziraphale e Crowley riram e continuaram a ler seus livros, embora Crowley reclamasse e não admitisse, aquela velha serpente já havia lido todos os livros de Aziraphale, e já havia decorado a ordem de cada um na livraria.

Já pararam pra pensar em como é estranho o nascimento de um híbrido de um anjo e um demonio? Um pequeno nefalem, ele provavelmente seria mais forte que Crowley e Aziraphale, e com certeza muito mais imprevisível, neste momento Aziraphale estava prestes a dar a luz ao pequenino, uma imagem que não precisa de descrições, não queremos ser gráficos, Crowley estava extremamente tenso, se presume que seria porque ele estava prestes a se tornar pai, embora seja uma das razões, ele queria mesmo era ver os olhos do bebê.

Enfermeira: Olha, eu nunca vi nada como isto em toda minha vida, eu não sei nem o que falar.

Crowley: A que se refere?

Enfermeira: A criança é linda, é tudo que tenho a dizer, pode ir vê-lo.

Crowley entrou no quarto onde estava Aziraphale, que por sinal não estava amamentando o pequeno. Já notando o olhar de dúvida de Crowley, Aziraphale já respondeu:

Aziraphale: O garoto tem presas... Presas de cobra - rindo nervosamente.

Crowley: Vejo que ele tem seu cabelo, ele é tão fo... F...fo... Eu não consigo espera... Ele é muito f... Ele é igual a você, meu anjo.

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