Prólogo

821 80 160
                                    

“Tente. Sei lá, tem sempre um pôr do sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe.”

- Caio Fernando Abreu

- Caio Fernando Abreu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

LEO

— Eu já disse que não quero, mãe! — reclamo pela milésima vez

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Eu já disse que não quero, mãe! — reclamo pela milésima vez.

Minha mãe e eu estamos na sala tendo uma discussão inútil, já que minhas palavras não vão valer de nada aqui. Nem sei o porquê de insistir, aliás. Sua decisão já foi tomada e não conheço um cara corajoso o suficiente nesse mundo que ouse contrariar a sra. Bárbara quando ela põe as mãos na cintura e bate os pés.

— Eu não quero saber! Você já deu uma olhada nessa sala, Leo? Que horror! Parece um chiqueiro.

— Eu não tive tempo de limpar.

— E se chega alguma visita?

— Eu não recebo visita, mãe.

Não recebo ninguém além do meu amigo Lucas — que não conta, levando em consideração que é praticamente um irmão para mim e totalmente acostumado com minha bagunça.

— Mas a sua tia Elizabete adora aparecer de surpresa na casa dos outros, lembra? E ainda se oferece pra jantar, aquela intrometida...

— Ela vive reclamando da sua comida.

— Pra você ver! É um absurdo aquela cara de pa... Não muda de assunto! — altera o tom, tirando uma lata de coca vazia de cima do sofá —, eu vou contratar uma ajudante pra você e ponto! Olha só pra isso... sem condições!

— Não.

— Sim. Eu já decidi.

— E eu tenho trinta anos nas costas, mãe. Esse apê é meu.

Deslumbrante AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora