Will You Give Me Everything I Want?

Eu segurava Eve com uma das mãos, pressionando seu corpo contra a bancada, e meu corpo contra o seu. Nossas respirações já eram descompensadas, nossos olhares não se desencontraram em nenhum momento, e pude sentir seu corpo tentar fazer menção a avançar um pouco mais para frente para manter o contato mesmo que mínimo com o meu.

Retirei o objeto que guardei comigo até agora, e coloquei a ponta cortante do mesmo sobre o vão de seus seios, ainda por cima da camiseta, deslizando até o meio de sua barriga. Pressionei o objeto ali, com a força necessária para que nada acontecesse, mas fazendo-a sentir a adrenalina. Ela amava aquilo, e eu também.

— Eu custo caro. — Minha voz saiu baixa, meu lábio esboçava um meio sorriso.

— Eu sei. — Foi a única coisa que percebi que ela havia conseguido responder.

— Você vai me dar tudo que eu quiser? — Puxei novamente seu corpo contra o meu, largando o objeto sobre a bancada e segurando sua cintura com as duas mãos.

— Sim.

Sua resposta saiu sem pensar nenhuma vez antes de deixar soltar. Meu coração acelerava conforme o ritmo descompensado de minha respiração deixava acompanhar.

Eu não esperava por aquele tipo de resposta, e nem por aquele tipo de reação, mas já que havia sido isso que eu recebi, iria usufruir da vantagem que estava sob minhas mãos. Não só da vantagem, mas da mulher a minha frente.

— Você sabe o que quero, não sabe?

— A mim.

— Não acha um pouco arrogante da sua parte dizer isso com tanta convicção, Eve?

— Seria burrice se você negasse. Contraditório, no mínimo. — Senti agora suas mãos irem até minhas costas. As unhas curtas de suas mãos deslizaram lentamente sobre minhas costas e eu senti meu corpo inteiro adormecer por um segundo, em resposta. — Não é isso que você quer?

— Eve... — Fechei os olhos, puxando-a para mais perto e a prendendo contra a bancada mais uma vez. — Eu não quero que você me toque. Não ainda. — Retirei suas mãos.

— Então me fale o que você quer, Villanelle. — Suas mais foram agora até meus ombros, me empurrando para trás.

Ela retirou a blusa, jogando sobre o chão da cozinha, e rapidamente desabotoou a calça, deslizando também rapidamente sob as pernas. Sua pele parecia queimar em desejo, seus olhos entregavam a libido que ela carregava.

Observei cada movimento calculadamente. Ela apoiou duas mãos sobre a bancada de mármore, uma delas foi de encontro a faca que antes estava sob minhas mãos, e em um rápido impulso sentou-se sobre o mármore gelado que ali havia.

Me aproximei novamente, fazendo menção de retirar de perto dela a faca que antes estava comigo, mas ela não me permitiu, puxando novamente o objeto para perto do corpo. Eu não afastei, pelo contrário, me coloquei entre suas pernas abertas e segurei suas coxas com ambas as mãos, apertando-as.

— Estou esperando você me dizer o que quer. — Sentia agora o objeto gelado ir de encontro a mim, ainda sob o vestido, e em um rápido movimento peguei o mesmo de sua mão e o joguei no chão, com força.

— Não faça isso.

— Então me fale o que fazer.

— Me beije.

Nada mais foi dito.

Suas mãos me puxaram pelos ombros, envolvendo os braços sobre meu pescoço, enquanto eu agarrava sua cintura com força. Nossas línguas brigavam por dominância no primeiro minuto, mas logo a senti ceder sem muita dificuldade.