Perca-se No Meu Amor [KTH+18]

01 - Expectativas

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O dia lá fora estava lindo, porém, _______ não se animava em sair para brincar com as outras crianças que corriam ali pelo enorme Jardim da casa de aparência rústica e antiga, mas muito bem preservada e cuidada pelas pessoas que ali trabalhavam.

A criança continuou a observar as demais, que em grupos inventam suas próprias brincadeiras. _______ não era tão próxima dos coleguinhas e não fazia esforços para tal.

A menor foi deixada ali quando tinha apenas sete meses de vida, seus pais eram jovens imaturos, que foram irresponsáveis no ato sexual e se depararam com uma gravidez indesejada, sua mãe tinha dezesseis anos apenas, e seu pai dezoito, sem condições emocionais e financeiras decidiram por deixar a pequena criança aos cuidados de um orfanato da cidade, os mesmos nunca procuraram saber sobre a vida da menor desde então.

Uma garotinha linda de pele sedosa, cabelos cacheados num tom de castanho escuro, e olhos redondinhos e brilhantes como as estrelinhas do céu.

Ela nem sempre estava na companhia das outras crianças, preferia ficar sozinha e observa-las brincar. O que ela gostava mesmo de fazer era desenhar, ah, como adorava colorir papéis em branco sem formas nenhuma, seus olhos brilhavam quando viam aquelas cores serem colocadas nas folhas em branco.

A pequena adorava desenhar jardins bem coloridos, e ao centro deles colocar uma linda família, composta pelos seus possíveis pais e um gato, como ela se encantava com a agilidade e fofura dos bichanos. Enfim, está era a vida da criança e estas apresentadas por fim eram suas expectativas futuras. _______ não queria ficar para sempre nesse lugar, queria um pai e uma mãe, queria poder ser como as outras crianças “normais", queria conhecer o amor materno e paterno já que não tivera tal experiência.

XX- Querida?

A menor foi tirada de seus pequenos devaneios com a senhora Suzana a chamando. A mais velha tinha seus quarenta e quatro anos de idade e viu a pequena _______ nos seus primeiros sete meses de vida, era apaixonada pelo jeitinho tranquilo e comportado da menor, que se já não fosse mãe de quatro filhos a tomaria como mais uma de suas crias.

A mulher torcia para que a criança fosse adotada por pessoas de bem e que a quisessem tão bem quanto a mesma queria. E talvez essas pessoas estivessem aparecido, pois a alguns meses um casal estrangeiro estava tentando vir ao Brasil adotar uma criança, questões burocráticas já vinham se resolvendo ao longo deste tempo oque restaria apenas, a presença dos mesmos para escolherem seu futuro filho, e talvez a hora fosse está.

- Sim, tia?! – A menor ficou seus olhinhos atentamente à mulher

SZ- Um casal virá visitar o orfanato dentro de algumas horas... – A mulher sorriu observando a menor – Então, vamos, desça e junte-se às outras crianças, moçinha!

- ... – A criança abriu um sorriso de orelha a orelha – Está bem tia! Será que vou ser escolhida desta vez? - Perguntou esperançosa

SZ- Claro meu amor... – Fez um carinho no cabelo da pequena – Quem não gostaria de ter uma princesa como filha, hum?

O coração de Suzana se enchia de esperança, mas ao mesmo tempo de apreensão e inseguranças, não sabia se _______ ou outra criança que fosse escolhida se adaptaria a outro país, outro idioma, outra cultura, tendo em vista que as pessoas que viriam adotar uma delas eram Coreanas. Seria uma tarefa complicada, mas tudo poderia se resolver, e independente de qualquer coisa, Suzana queria o bem das crianças, de cada uma delas.

- ... – Nada disse, apenas sorriu mais ainda e seu coraçãozinho foi aquecido por uma onda de expectativas.

SZ- Bom, vamos lá? – Segurando a pequenas mãozinha, Suzana as guiou para fora da casa até chegaram onde as outras brincavam alegremente.

XX- Vem brincar com a gente _______!  – Convidou uma coleguinha de bochechas cheinhas e  redondinhas

- Tudo bem! – Sorrio para a garota e se juntou ao grupo

_______ tentou socializar e seguir todas as regrinhas da brincadeira de pique esconde, e até que estava funcionando, chegou sua vez de contar para que as meninas se embrenhassem em esconder-se atrás dos pequenos arbustos e construções que ali haviam

- Prontos ou não, lavou eu! – Alertou em bom som

A menor saiu a procura das garotas, sua caçada a levou até os fundos do grande Jardim, onde sem querer ao invés de encontrar umas das suas presas, encontrou um passarinho que parecia estar agonizando, seu senso de compaixão e inocência a levou a se aproximar e examinar a pequena ave, que parecia estar com uma aza machucada.

- Oh bichinho... – Tocou no animal e examinou o local – Parece que está machucado! – Ditou com pesar

Sem saber exatamente oque fazer, a menor olhou para os lados e teve uma ideia.

- Já sei. – Tentou pegar o passarinho em suas mãozinhas com todo cuidado –

XX- Oque está fazendo?

Aquela voz nunca fora ouvida pela mesma, ainda mais com um sotaque de pronúncia bem enrolada, coisa que chegava a dar um pouco de graça. A menor virou-se com a ave já em mãos e se deparou com um garoto mais alto que si, pele bem branquinha e bem cuidada, magro, cabelos escuros que chegavam a altura dos olhos e levemente ondulados, os olhos do menino eram escuros, puxados e ao mesmo tempo expressivos.

- Ele está com a asinha machucada... – Mostrou o pássaro

XX- ... – O garoto se aproximou mais de si, e observou a ave encolhida nas mãos da menor - É. O que você pretende fazer?

S/N- Cuidar dele... – O olhou desconfiada – Quem é você?

XX- Sou-

SZ- _______ !! – A mais velha gritou e suspirou aliviada em encontrá-la ali

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Espero que gostem deste novo projeto!!💜