Lionel
— Pai, hoje tem o cinema com a tia Lilly. — Seth diz.
— A tarde, são seis da manhã, filho. — Disse, eu.
— A tia disse que quando o sol se abrir, para ir para a casa dela. — Seth reclama.
— A Lilly deve estar dormindo agora, Seth.
— A tia Lilly acorda quando ainda não tem sol.
— A tia mentiu.
— Mentir é feio, pai. — Seth diz autoritário. — A tia Lilly trabalha para acertar as coisas e nunca mente.
— Tem razão filho. — Desisto.
Debater com ele será perda de tempo e sei porquê a Lillian falou para a criança para ser levada quando o sol se abrir. Ela quer Seth logo pela manhã no seu apartamento e não é por cinema só, mas por uma disputa que tem com a Lídia. As minhas irmãs disputam a atenção do sobrinho quando chega o final de semana, com quem mais tempo terá e terem mais coisas juntos e fotos.
Nessa disputa, Lia está sempre ganhando, porque tem mais tempo e mais ideias divertidas com o sobrinho, já Lilly, ela é um pouco reservada, não tem sempre tempo devido o excesso de trabalho como advogada e se tornou numa mulher de sucesso e famosa pelos ganhos de casos que já ganhou no tribunal, pelo seu trabalho ela não fica muito tempo com o sobrinho, vezes que deixa o trabalho e procura um tempo com Seth.
Tem duas horas que deitei nessa cama para dormir um pouco e ter disposição necessária para atender o meu filho energético pelas oito horas, a hora que sempre está acordado, mas os planos de Lilly com o meu filho me acordaram antes do pretendido.
Suspiro e sento na cama, com os olhos curiosos castanhos de Seth me observando. Ele ainda está de pijama, ontem não pude o colocar na cama, Ângela, sua baba, o colocou. Tive que voltar novamente para o México, cuidar do assunto daquele traficante.
Ele tinha ajuda, de alguém grande e que não sei quem poderá ser, mas meu intuito diz que está relacionado com a garçonete Stelany. Durante os dois dias que a deixei nas mãos da tia Anne, não voltei lá para saber como está, mas ontem, o tio Harry disse que hoje será levada para a casa deles.
Normalmente, pessoas resgatadas por mim, têm algum familiar para quem possa ir, nunca aconteceu de alguém que não tem ninguém no mundo, muito ferida não só fisicamente, mas tem a mente toda fodida. A única pessoa que teria que recorrer foi na tia Anne, ela saberá o que fazer e como ajudar ela.
Pensei em a colocar em algum apartamento meu, e pagar as consultas na tia Anne, mas ela decidiu que a quer por perto e em casa. Não sei porquê a insistência dela na garota, mas até a mãe apoiou-a a essa loucura de colocar uma estranha na casa, mas não posso discutir com as mulheres que mais temo. É esquisito para outras pessoas pensar que um homem cujo apelidado por Lúcifer, temer a mãe e as tias, apenas eu, criado ao redor deles, eu faço o meu trabalho, mas ainda sou um filho e sobrinho e respeito bastante as opiniões delas, senão serei puxado nas orelhas.
— Está bem, vamos para a casa da Lillian. — Digo um pouco chateado, queria dormir um pouco mais.
Seth saltita e sai correndo do meu quarto. O sigo atrás e encontro ele na cozinha sentado, vou ao seu lado e me sento. Cumprimento Serena, a baba de Seth que o serve e vou me servindo e comendo a contra gosto. Como apenas uma fatia de bolo e espero ele comendo seu cereal e quando termina, peço que Serena a ajude ao se arrumar e vou para o meu quarto fazer o mesmo.
O quarto de Seth é ao lado do meu, por precaução quis assim, assim estaríamos próximos um do outro. Nossos quartos têm saídas secretas no roupeiro e no banheiro, fiz isso em quase todos os cómodos da casa, sou um homem com inimigos, porém, esses temem a pessoa que sou.
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Sancta
RomanceArrancada de sua vida e vendida a traficantes latinos, Stelany Kahan foi lançada em um inferno de abusos e violência. O trauma a silenciou, e sua mente, dilacerada, a fez acreditar que Lionel Morreti, o homem misterioso que cruza seu caminho, é um d...