Cliente Diferente

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-Está aí a porra da sua entrevista! - jogo o gravador pro Cato que está coberto no sofá

-Cara se eu fosse mulher eu te dava! Dava muito! Quer minha irmã ? Posso falar com ela, ela vai adorar - ele sorri se sentando

-Não! Mas você pode me agradecer parando de empurrar garotas pra cima de mim! - vou pra cozinha preparar um lanche

-Cara se eu tivesse esse seu olho azul...- ele espirra - Mano Eu pegaria até a sombra das garotas, eu seria o maior pegador da história dessa faculdade!

-Voce já é o maior pegador da faculdade Cato - sibilo colocando meu lanche no microondas

Desde que vim morar aqui Cato tenta me arranjar uma ficante, aposto que igualmente minha mãe ele suspeita que eu seja gay. Ele nunca me perguntou nada, e eu também nunca quis me explicar até porque eu não sou gay.

-Voce desperdiça seu potencial cara! Você é loiro, olhos azuis, corpo até que definido, sabe os poemas que as meninas gostam de ouvir...- espirro - Porra se eu fosse tu...

Troco minha camiseta pela polo do uniforme, volto pra sala e o Cato ainda está reclamando sobre minha falta de vontade de virar um promíscuo.

-Eu vou trabalhar - pego meu lanche no microondas e minha mochila

-Voce não pegou folga ?

-Sim mas eu não quero deixar a senhora Mags na mão, ela precisa que eu vá - saio do apartamento antes de ouvir a resposta dele

É bom respirar ar conhecido, como meu lanche enquanto caminho, deixo que flashbacks da entrevista de hoje volte a minha cabeça, eu nunca fui tão ousado em toda minha vida.

Sinto certo remorso por ter me excedido, porra eu perguntei sobre adoção! E se for um assunto delicado pra ela ? Que a machuque ? Se bem que ela não pegou nada leve comigo, foram patadas atrás de patadas, quem mandou eu dar brecha também?

Abro um breve sorriso ao lembrar dela rindo, como uma mulher pode ser tão linda e tão ignorante ao mesmo tempo ? E como ela pode despertar tantos sentimentos diferentes em mim ?

Ela é tão indecifrável, não tenho uma palavra pra defini-la, uma palavra pra definir o que estou sentindo, quero vê-la novamente na mesma intensidade que não quero, como isso pode acontecer?

-Deixa que eu pego! - digo ao entrar na loja

-Peeta! Meu super herói! - diz Glimmer assim que pego o saco de cimento pra ela

-Ahh que bom que você conseguiu vir querido estamos enlouquecendo - a senhora Mags acaricia minhas costas

Trabalho na Clayton's a quatro anos, eu amo esse lugar, vou sentir falta daqui depois que me formar, a família Clayton é muito gentil comigo.

O dia passa rápido, o que me deixa apreensivo sei que o Cato vai me lotar de perguntas, ele vai querer saber detalhes, mas estranhamente eu não quero falar, sei que tenho que colocar tudo o que houve hoje em um cofre em meu subconsciente, pois sei que jamais vai se repetir, santo Deus, eu não consegui parar de pensar nela o dia todo!

Ao chegar em casa respiro fundo antes de abrir a porta

-Por que você não foi visitar a empresa ? - Cato reclama assim que entro

-Porque eu precisava voltar e eu também não queria atrapalha-la, ela tinha uma reunião! - rebato rápido

-Ela tinha mandado cancelar! Imagina o quanto de conteúdo teríamos

50 tons de KatnissOnde histórias criam vida. Descubra agora