NOTAS DO AUTOR
Boa noite leitoras!
voltei rápido kk
espero que gostem <3
_____________________________________
Pela manhã, quase na hora de ir para a escola, Sakura surge no corredor e se depara com a mãe saindo do quarto. Elas trocam breves palavras, e caminhando rápido, a garota abaixa a cabeça para ajustar a alça da mochila antes de soltar um espirro. Estava ficando resfriada graças à chuva do dia anterior mas não queria contar à mãe o que tinha acontecido.
— O que houve com seus óculos? — perguntou a mãe, parando em sua frente e fazendo as pulseiras em seus pulsos tilintarem. Sakura murmurou algo e apertou a alça da mochila. Elas estavam em apuros financeiros, e Mebuki, para pagar as contas, trabalhava como stripper em uma boate no centro da cidade, a localização Sakura ignorava. Seu pai havia desaparecido há alguns anos, e as duas precisavam muito de dinheiro. Sua mãe era uma mulher bonita e atraente, de 38 anos, com um corpo sarado, cabelos loiros e um talento especial para dançar sobre saltos altos. Sakura não se achava nada parecida com ela; puxara ao pai. Mesmo assim, sua mãe sempre fazia o melhor que podia por ela. — Sakura, você vai me dizer, ou não?
A garota ficou em silêncio, e Mebuki levantou seu queixo para entender o que estava acontecendo com aqueles olhos redondos.
— Não foi nada, mãe, eu tropecei e caí. Você sabe como sou desastrada. — disse ela. Mebuki fez que entendeu de uma forma desacreditada e soltou um suspiro fundo, mexendo em seus cabelos e colocando uma mecha atrás da orelha.
— Infelizmente não vamos ter condições este mês para comprar outro. Sinto muito, querida... Você sabe que se eu pudesse, te daria mais do que tenho dado, uma vida sem restrições, mas a gente só tem uma a outra, então temos que passar por isso juntas. — disse de um jeito carinhoso enquanto observava a filha. — Comprei o cereal que você gosta. — Mebuki falou enquanto levava Sakura para a cozinha embaixo de sua asa, gostava de mimá-la sempre que podia com pequenas coisas. Enquanto Sakura misturava o leite e se sentava, sua mãe se debruçou sobre a mesa a olhando com a mão debaixo do queixo de uma forma nostálgica.
— Bem, eu tenho que ir agora, não quero me atrasar como ontem e perder o ônibus. — disse Sakura, puxando a mochila do descanso da cadeira e se dirigindo para fora da casa. Ela cruzou a porta com o cuidado de trancar e levar as chaves consigo. Era uma caminhada curta até o ponto de ônibus, onde não precisou esperar muito por ele, parando depressa em sua frente e abrindo a porta automaticamente.
Eram as mesmas pessoas de sempre, mas por sorte não eram seus colegas detestáveis. Sakura foi para o fundo do transporte, segurando nos apoios, e surpreendentemente encontrou alguém sentado no seu lugar de sempre. O rapaz lentamente se afastou para perto da janela para ela poder sentar. Ele não se importou com a presença dela nem fez contato visual, o que fez a garota se sentir aliviada.
O trajeto até a escola levava cerca de quarenta minutos, que passaram rapidamente enquanto ela se entretinha com um mangá. Quando o veículo parou e as portas se abriram para os alunos saírem, Sakura levantou imediatamente para que o garoto ao seu lado pudesse sair. No momento em que o fez, alguém esbarrou em seu ombro, fazendo seu livro cair no chão.
— Esses idiotas nunca olham por onde andam. — murmurou o garoto ao seu lado, agachando-se mais rápido que ela para pegar seu mangá e entregá-lo logo depois. A atitude dele foi mais inesperada do que improvável e Sakura pela primeira vez percebeu como os olhos dele eram vibrantes, e por isso ela acabou esquecendo de agradecer a gentileza dele. As pessoas geralmente não faziam esse tipo de gesto. Como sempre a última a sair, ela caminhou com o sol ofuscando seus olhos em direção aos portões, onde viu vários grupos de estudantes espalhados sobre a grama, conversando entre si, até cruzar a entrada do prédio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Plus size: Amor sem padrões
FanfictionQuando se vê apaixonada pelo garoto mais popular da escola, Sakura de 17 anos passa a sofrer em um inferno particular. Tida como a "gorda feia quatro olhos" por todos do colégio, não será nada fácil para ela quebrar as barreiras do estigma e permiti...