The First One.

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Passamos bastante tempo entre conversas na caixa de entrada do Twitter, ao Instagram, e a várias outras redes sociais. Foram 8 anos de luta, nós, nossas mentes e a distância.

Me encontrava completamente ansiosa para isso, a mudança, o encontro, nova cidade e também novas experiências.

Ansiosa e estressada seriam as palavras certas, na verdade.

Saí da minha cidade, (e sinceramente, não me sinto saudosa dela) para ir ao aeroporto em Brasília, e assim, ir para nossa grande e bela megalópole, São Paulo.
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Apenas duas horas de vôo, eu não dormi, não comi ou algo do tipo no vôo. Ansiosa demais para existir e fazer algo.

Respirei aquele ar, respirei realmente fundo, pensando na nova vida que eu provavelmente levaria desde que havia chegado ao lugar novo

Mandei mensagem para o meu sol.

Meu coração palpitava, minha respiração falhava pela ansiedade em finalmente sentir. Sentir o calor do sol no abraço (tão esperado) dele.

E então, ele me ligou.

"Já chegou?"
"Sim sim, e preciso ir ver as coisas do apartamento"
"Tudo bem, eu tô no trabalho, mas já já saio, te encontro mais tarde?"
"Claro que sim"

Isso me fez sorrir de ponta a ponta, por mais estressada e com menos que o mínimo de vontade de resolver cada uma daquelas coisas que eu precisava, ouvir a voz dele me trouxe calmaria e ânimo.

E lá fui eu.

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Já havia pensado e arrumado tudo referente ao apartamento há meses, mas ainda assim precisava assinar documentos, ir em cartórios e pegar as chaves do meu canto nessa cidade nova.

O tempo passou e passou, eram 16h e tinha pensado numa surpresa, liguei para uma empresa de aluguel de veículos já que não estava de carro e o peguei rapidamente, dirigindo direto para a casa do Diogo, pois ele tinha me passado o endereço dias atrás.

Por que não fazer uma surpresa? Mesmo que ele odeie surpresas, eu posso tentar...

Fui dirigindo calmamente, o som com música alta me deixava concentrada e ao mesmo tempo animada, eu amo essa sensação de liberdade real.

Demorei bastante para chegar lá, consegui me perder mesmo com o GPS e então demorei o dobro do tempo para chegar ainda mais com um engarrafamento.

Cheguei ao prédio certo depois de horas, fui na portaria ver se tinha uma chave reserva já que não tinha pego nenhuma com ele pois não tinhamos nos visto ainda.

- Oi! Tudo bem? - O porteiro me olhou com aquela típica expressão de: "quem é você e como chegou aqui?"

Depois de olhar para o meu rosto por alguns segundos (que pareceram horas)

Então disse que estava tudo bem e me perguntou se eu conhecia alguém no prédio e porque estava lá

- Então... O senhor pode me dizer qual é o número do apartamento em nome de Diogo Santos??

- Você o conhece? - porque insistem em perguntar coisas óbvias?

- Sim, inclusive, precisaria de uma chave reserva caso a tenha. - Comecei a ficar mais séria, toda aquela interação me dava nos nervos e eu estava prestes a passar mal - e... Rápido.

- Desculpe, preciso de sua identificação - Ele disse e então entreguei a minha identidade a ele, ele olhou rápido e me entregou - Essas são as chaves, você parece confiável. Bom, o número está impresso na chave, então é só subir

- Obrigada! - lancei um sorriso e saí correndo subindo as escadas como uma criança boba.

O número era o 405, e consequentemente no 5° andar, depois de um tempo subi mais devagar, o mundo girava... Problemas de pressão baixa.

Assim que cheguei a porta, respirei fundo antes de girar a chave, olhando casa detalhe da porta, observando todo aquele lugar.

Abro a porta devagar, e vendo todas as coisas, móveis, detalhes daquela organização toda.

- Ele sempre foi extremamente organizado - Falo comigo mesma e rio de leve. Nós somos totalmente oposto nisso.

Vou para a cozinha, começo a ver todas as coisas as quais eu possa usar mas resolvo ir no mercado comprar coisas para fazer.

Procuro no Google Maps se há algum mercado ou mercearia por perto, a mais próxima era a 1km e deixei para ir depois, resolvi pedir comida.

Pedi pizza e dois açaís, e enquanto esperava chegar, fui ao mercado e fiz mini comprinhas de frutas e barras de cereais também.

Assim que cheguei, arrumei toda a mesa, todas as coisinhas para então o esperar chegar. E então comer alguns morangos, pois não só de oxigênio vive o homem.

Então, sentada no sofá me mexendo ao som da minha playlist, o esperei.



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