Má Conduta

Condução...

oie, aqui é a lua! eu prometo e eu cumpro, capítulo dois restaurado e REESCRITO! obrigada por tanto carinho, obrigada por confiarem em mim, espero que gostem da nova perspectiva deles :3 obrigada a minha querida beta, por ser tão gentil e ser a pessoa mais doce que conheço. te amo Mônica!

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MÁ CONDUTA

capítulo 2 - reescrito

por heairtsjoy

Condução: é o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de bola.

Técnicas de condução de bola:

a) posicionar o corpo e movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de condução desejada;

b) utilizar o tipo de toque adequado à situação;

Baekhyun havia falhado em tentar se manter são naquele campo desconhecido, chamado Park Chanyeol, mas nada que uma troca técnica não o ajudasse a se restabelecer.

Chanyeol não possuía um talento natural. Ele não era o melhor no que fazia e sabia disso desde os primórdios da infância, quando correr atrás de uma bola na quadra de escola era sua maior diversão. Ainda assim, ele era obcecado, o talento que faltava em si era compensado com esforço. E Chanyeol considerava a obsessão uma de suas maiores qualidades. Ela havia o levado ao tão majestoso Bayern de Munique quando ele aceitou o desafio de deixar a família e o país natal tão cedo, com apenas dezenove anos, para se aventurar no futebol europeu - onde ele sabia que não era bom o suficiente -, a ambição de algo melhor o guiou por madrugadas a fio nos treinos intensos, acordando mais cedo do que todos para se adequar ao clima, ao treino pesado, ele sabia ouvir as críticas e não respondê-las com palavras, mas sim com atitudes.

Quando chegaram a Munique depois da final contra o PSG, foram recebidos de braços abertos, como verdadeiros reis pela população, em um ônibus com o teto aberto, faziam uma pequena passeata do aeroporto até a sede do time, Chanyeol se exibia com a taça pesada nas mãos, sorrindo e acenando para várias pessoas que o cumprimentavam e estavam lá apenas para vê-lo. Aquela comemoração se estendeu por horas a fio, com direito a uma casa de festas, muita cerveja e comemoração até altas horas da madrugada, demorou muito até que conseguisse se esgueirar sem ser visto para finalmente descansar depois de viajar por tanto tempo.

Já morava em Berlim há quatro anos, desde que havia se tornado titular do Bayern de Munique, também havia aprendido a falar alemão e precisou se acostumar com o clima, não visitava a família com frequência, mas pelo menos gostava de comparecer nas datas comemorativas. Sua agenda era cheia, principalmente quando todos queriam uma entrevista com o atacante principal e capitão do time vencedor da Champions League, adorava a atenção dada a si e aceitava todas de bom grado, mesmo que estas o ocupassem o dia inteiro e o deixasse como um moribundo quando chegava em casa, pronto para comer algo preparado pela empregada e cair de sono na cama macia do quarto grande.

Ele odiava errar. E não havia um momento em sua vida que ele não estivesse obcecado com algo, fosse por assistir todas as temporadas de One Piece e The Walking Dead na pandemia, fingindo que não era adulto o suficiente para estar plantado na frente da televisão por cinco horas seguidas ou quando treinou pesado na academia por três meses para ficar enorme, só para descobrir na semana seguinte que estava mais lento no treino, tendo cãibra na panturrilha, justamente pelo não habitual ganho de massa. Foi difícil se acostumar, mas ele era obstinado. Ele sempre tinha o que queria.