A lei da força magnética diz que pólos diferentes se atraem. Um ditado clichê que ilustraria muito bem como um nerd irritadiço como Kihyun poderia ter se aproximado irremediavelmente de um homem tão amável quanto Wonho.
Side fic de "Psicologia Rever...
Dessa vez eu cheguei um pouquinho mais cedo gostaro?
Vou bater muito papo não, bora
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Aparentemente, Hoseok tinha intenção de tornar um hábito sentar-se nas primeiras fileiras na sala de aula.
Diferentemente do primeiro dia, entretanto, ele não tentou mais puxar assunto, me oferecer doces ou pedir canetas emprestadas. Apenas ficou quieto, sentado na carteira ao meu lado, concentrado e vez ou outra rabiscando em seu bloco de notas até o término da aula.
Não que eu esperasse que ele dissesse qualquer coisa - até agradecia seu silêncio -, mas ainda era incapaz de compreender o que diabos ele queria sentando-se ao meu lado na primeira fileira mesmo depois de já ter pedido desculpas por algo que ele sequer sabia o que era.
Não perguntei o motivo de sua aparentemente inocente tentativa de redenção, nem acompanhei Hyungwon ou Minhyuk de volta naquela cafeteria durante o resto da semana porque não queria dar de cara com ele novamente. Eu estava curioso, de fato, mas não deixaria que seus hábitos me distraíssem.
Afinal, eu precisava de uma nota melhor nas próximas avaliações. Não tinha tempo a perder com Hoseok e sua torta celestial.
Quando Hyunjung, uma colega da minha classe, sugeriu que organizássemos um evento beneficente em um orfanato da cidade, quase me senti mal por não ter pensado nisso primeiro. O sentimento não perdurou, porque ainda assim eu poderia aprender muito com aquela visita além do fato de que eu gostava muito de crianças.
As informações eram passadas pela garota e uma colega dela ficou responsável pelas doações. Me ofereci para entrar em contato com a instituição, mas recebi apenas um agradecimento sincero quando Hyunjung disse que já haviam conseguido permissão porque um dos colaboradores tinha contato direto com os funcionários internos do orfanato.
Ainda assim, ofereci ajuda no que fosse preciso porque não gostava de ficar de fora e quando tudo estava pronto e o dia finalmente chegou, tanto eu quanto alguns outros rapazes da turma ajudaram a carregar o pequeno caminhão com as doações.
Não fiz questão da carona e fui por conta própria até o orfanato, vendo que chegamos quase ao mesmo tempo, de qualquer modo, e estavam descarregando tudo para dentro do local. Me apressei até lá, querendo ajudar, mas tomei um susto quando o vi.
Hoseok até então não tinha dado nenhuma opinião sobre o projeto e eu acreditei que tinha me livrado de sua presença ao menos daquela vez. No entanto, lá estava ele, usando uma camiseta branca e um avental verde neon que poderia ter me cegado. Hyunjung surgiu com mais duas colegas e meu espanto não me impediu de ouvir o que eles diziam.
— Hoseok-ah, obrigada de novo — a garota pediu — Se não fosse por você, não teríamos conseguido isso tão fácil.
O Lee agradeceu com um sorriso adorável e enquanto eu tentava ignorar sua presença e continuar ajudando a descarregar o caminhão, me dei conta de quem era o contato especial que tinham com a instituição do qual Hyunjung falou.
