☕ 1 • Ressaca

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Sabina Hidalgo

Eu nunca mais vou beber tanto na minha vida, não lembro de exatamente nada que aconteceu ontem, só sei que estou jogada no chão da casa de Sina com a cabeça latejando.

O que aconteceu? — apareço na cozinha avistando as três pessoas que me deixaram nesse estado.

Nossa, parece que um carro me atropelou — Shivani resmungou.

Não lembro de nada, alguém tem consciência se eu beijei alguém ou passei disso? — perguntei com medo da resposta.

Se aparecer grávida não vai saber nem o nome do pai — Krystian diz.

Ai gente, não é pra tanto, só bebemos demais e ficamos com ressaca — Sina explicava mordendo uma maçã — nada que um bom café não resolva.

Acho que preciso disso mesmo, vou em uma cafeteria aqui perto, alguém quer ir comigo? — perguntei recebendo um não de todos — Então tá, vou tomar um banho.

Fui em direção ao banheiro pegando a toalha que Sina deixou para mim, tiro a roupa e pego o demaquilante em cima da pia tirando toda a maquiagem que estava em meu rosto.

Nossa, pareço um zumbi.

Entro dentro do box ligando o chuveiro deixando a água cair sobre meus cabelos castanhos, me dando uma sensação de melhoria, tudo que eu precisava era de um bom copo de café para curar essa ressaca impregnada em mim.

Termino o banho com os cabelos limpos e o rosto mais formal, pego a mesma roupa que estava quando cheguei da faculdade e visto passando um pouco do perfume de Sina com um pouco de corretivo em baixo das grandes bolsas pretas em meus olhos.

Seco o cabelo com a toalha penteando ele logo em seguida pegando minha bolsa em cima da cama, me despeço de todos saindo da casa e respirando o ar de Los Angeles.

Pura poluição

Vou direto para meu jeep ligando ele e saindo em disparada para a cafeteria de Los Angeles a Pop Coffee, nunca vi nada igual ao café de lá, é um sabor inexplicável e olha que é só café.

Chego ao meu destino descendo do carro, abro a porta da cafeteria fazendo o sino em cima tocar, busco uma mesa que esteja vazia e vejo uma perto da grande janela, sento na cadeira esperando alguém me atender.

O aroma gostoso de lavanda exala em minhas narinas, um cheiro delicioso, porém um pouco enjoativo, não gosto muito de cheiros doces ou fortes demais, me da um pouco de enjôo.

Pego meu celular tentando me destrair, as várias chamadas perdidas de Pepe em minha tela de bloqueio chama a atenção deslizo o dedo na tela apagando as mesmas.

Logo percebo que o cheiro de lavanda não é mais tão doce, o aroma é de um perfume forte, masculino, olho ao redor e vejo um garoto com a prancheta na mão olhando para mim.

Seu sorriso é contagiante, simplesmente perfeito.

Os seus olhos se fecham um pouco quando esta sorrindo, formando pequenos buraquinhos na bochecha, o sorriso simpático vai sumindo aos poucos e se transforma em timido.

Suas bochechas ganham um tom avermelhado rapidamente, oh não!

Ele ficou com vergonha

Com uma louca olhando pra sua boca, quem não ficaria?

Então, moça faz dois minutos que estou perguntando o que vai querer? — sorriu me despertando do meu transe.

Ahm... Desculpa, estava com a cabeça nas nuvens — de novo o sorriso simpático e perfeito — eu vou querer um café.

Qual tipo de café? Temos vários... — corto ele.

Não, só quero café puro mesmo, de preferência o mais forte.

Parece que a senhorita não está muito bem — diz enquanto anotava o pedido — o que seria algo impossivel, uma moça tão bela.

Fico corada rapidamente e um sorriso brota em meus lábios.

Sabina, pare agora!

Então, por eu ser bonita não posso ter problemas? — pergunto com a sobrancelha arqueada.

Não... Claro que não — sorriu — só disse que uma moça bonita assim para os carros de Los Angeles — olhou para mim me fazendo corar de novo.

Vou virar um pimentão, pronto para ser colhido.

Vendo minha aparência, sorriu e deu uma piscadinha saindo logo em seguida, o que está acontecendo senhorita Hidalgo?

CONTINUA

Talvez amanhã saia o 2º capítulo.

✔┆𝐂𝐎𝐅𝐅𝐄𝐄 𝐁𝐎𝐘 ↯ 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒅𝒂𝒍𝒈𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora