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- É uma ótima ideia – Eliza ficou desacreditada, com que ouviu – Mas Eliza já ama outra pessoa. – Peide ficou completamente boquiaberta com que ouvirá. Henry virou para Eliza – Vá para arena, ela vai precisar de você. – Eliza nem esperou que Peide rebatesse, ela apenas saiu correndo em direção a arena.

Alycia já havia tomado sua decisão, agora parecia mais que certo, entrar naquela arena e acabar com seu pai e seu irmão. O ódio e raiva dentro do seu peito a faria massacrar Killian. Ela saiu da tenda dando de cara com todos seus quatro amigos ali.

- Você...

- Sim eu vou – A loira cortou Echo. – Mas não quero nenhum de vocês comigo.

- Está louca – Echo sorriu – Acha mesmo que eu a deixarei ir sozinha?

- Se for comigo, a ira do Duque cairá sobre você.

- Eu não me importo – A acompanhante deu de ombros – Octávia me espere na tenda, se você perceber alguma movimentação estranha não hesite em correr. – Octávia arqueou a sobrancelha.

- Você acha que vou me esconder enquanto vocês vão para lá?

- Claro – Echo falou como se fosse óbvia.

- Eu estou com vontade de virar a mão no seu rosto agora – Octávia falou sincera – Acha mesmo que deixaria as pessoas que considero como família e o amor da minha vida enfrentarem a fera sozinha? Quem é você e o que fez com Echo?

- Octávia Marie, não me contrarie – Echo falou firme, mas ficou com medo logo após terminar a frase.

- Cale a boca Echo, antes que eu quebre essa jarra na sua cabeça. Eu vou e ponto final – Echo ia falar alguma coisa, mas Octávia levantou a mão direita – Sem discussão sua idiota.

- Nós também vamos – Mary falou calma.

- Vocês têm ideia do que ele pode fazer? – Alycia falou receosa.

- Temos. – David respondeu.

- Mas vamos mesmo assim – Octávia colocou a jarra d’água em cima de um banquinho de madeira e foi andando mais à frente.

- Amoooorr – Echo falou chorosa.

- Sem discussão Echo – Octávia falou.

- Nossa – Alycia sorriu.

Todos saíram em direção a arena. Eles atraiam olhares de todos no caminho. Alycia sentia o coração bater cada vez mais rápido a cada passo que dava em direção a arena. Ela queria ter falado com Eliza antes, porém não teve tempo para isso e de certa forma era até bom, porque não meteria Eliza nisso. Quando ela chegou na entrada viu um dos mensageiros de seu pai conversando com os organizadores do evento.
Viu um deles levantando com uma bandeira branca, então apressou os passos para entrar na arena. As pessoas começaram a cochichar e Alycia via a surpresa em seus olhos. Michael também estava surpreso com a audácia daquela mulher e ficou tão enfurecido que quase foi até lá e a arrancou de cima do cavalo pelos cabelos. Killian do outro lado da arena observava a irmã e o medo começou a percorrer seu corpo, ele sabia que Alycia era imbatível. O mensageiro correu até a morena.

- Minha senhora, seu pai pediu para se retirar do torneio e como observação ele diz que essa é a última oportunidade. – O homem falou nervoso.

- Eu não irei sair dessa arena. – Alycia falou firme. – David faça a apresentação. – O mensageiro e David saíram juntos, mas o mensageiro saiu correndo. Minutos de tensão até que David tomou a frente. O homem podia ver que o público não estava receptivo.

- Hoje eu venho apresentar uma pessoa – Ele falou alto e as pessoas começaram a reclamar baixo – O verdadeiro Duque que vim apresentando por todo esse tempo. – Ele virou para Alycia e a loira assentiu positivamente para ele. Era hora de todos ouvirem a verdade. – O corajoso, bondoso e humilde cavaleiro, o homem cheio de honra e feitos, vencedor de inúmeros torneios de justa, na verdade não era um homem – as pessoas começaram a falar mais alto – Era uma mulher, aquela mulher, a filha mais velha do Duque Michael de Florença, era ela o tempo todo engrandecendo o nome de seu irmão, o cavaleiro por trás da armadura negra, era a Duquesa Alycia Debnam. – David começou a bater palmas, mas todos começaram a vaiar. O homem ficou apreensivo, não sabia como reagir aquilo.

Michael estava de pé, segurando todo seu ser para não ir até lá e acabar com aquela mulher petulante. As pessoas vaiavam e tacavam coisas na arena. Alycia nunca havia sido vaiada antes, mas isso não a fez diminuir sua pose, por anos aprendeu a manter essa pose independente do que acontecesse.

- Alycia... – A voz de Eliza fez Alycia abaixar o olhar para a mais nova – Não precisa fazer isso amor.

- Eu preciso sim – Alycia fez um carinho rápido no rosto de Regina.

As vaias não paravam e as coisas não paravam de voar na arena. Se aquilo continuasse atrasaria ainda mais o duelo entre os dois irmãos. Emma agora começava a ficar nervosa por conta disso.

- VOCÊ NÃO É MAIS MINHA FILHA – Michael gritou – ESQUEÇA SEU TITULO E QUALQUER COISA QUE TE LIGUE A MIM, AGORA VOCÊ É APENAS UMA ESCÓRIA.

As pessoas começaram a gritar ainda mais. Vaias, tomates, verduras, pães duros, pedras, tudo era jogado na arena. Alycia estava quase abaixando a cabeça, havia perdido seu posto, estava perdendo tudo.

- Amor... – Eliza falou com um pesar na voz.

- CALADOS – a voz de um homem atraiu a atenção de todos e as vaias foram parando. – Teremos o pronunciamento do rei – Todos ficaram surpresos por conta disso.

- O rei? – pode-se ouvir alguém da arquibancada falar.

- Ele está entre nós?

- Ele irá puni-la por desafiar os homens

Um homem com uma bengala e mancando entrou na arena, mas todos ficaram calados. O homem trajava um tecido de linho branco e com detalhes dourados em sua cabeça estava a coroa.

- Parece que estamos tendo muitas surpresas para um único dia – O homem falou alto. – Sei que vocês estão se perguntando o porquê eu estou com a coroa de meu pai, mas com a guerra se aproximando e a saúde fraca de meu pai, foi preciso que eu assumisse a coroa antes. Só por que vocês estão surpresos isso é algo ruim? – O homem falou e as pessoas ficaram calados.

- Não! – alguém gritou da plateia. Michael fumaçava de raiva, o rei estava ali e tudo por culpa de Alycia.

- Mas eu não vim a público para fazer esse pronunciamento. Eu vim fazer outra coisa, vim contar uma verdade. – Alycia então observou bem o homem, estava limpo e com boas vestimentas, ela conhecia aquele homem.

- Alycia aquele não é viajante que ajudamos? – Mary falou.

- Ele é o Rei – Eliza deixou o queixo cair. – Você ajudou o Rei.

- A mulher que hoje vocês vaiam, a três dias atrás, junto com seus acompanhantes, me salvaram, mas não é só por isso que ela merece o respeito de vocês. É por todos seus feitos...

- Ela mentiu para nós! – Alguém gritou.

- Infelizmente sim – As pessoas começaram a reclamar novamente – Mas um ato ruim jamais poderá apagar muitos atos bons. Três dias atrás ela me salvou a caminho desta cidade, mas não foi a primeira vez que nos encontramos. – Ele se virou para Alycia e sorriu, depois voltou a olhar para as pessoas – Eu pude notar que ela é uma mulher digna e que não merece passar por isso. Ser deserdada e humilhada na frente de todos vocês. – Ele deu um sorriso de canto. – Vocês ainda acham que a Duquesa ainda merece vaias.

- Ela não é mais Duquesa.

- Ela está em minhas terras e não em Florença. - Michael estava pálido com aquelas palavras. O rei estava do lado de Alycia e estava prestes a fazer uma burrice – Alycia pode vir até aqui? – O rei falou e Alycia ficou sem saber o que fazer.

- Vai lá – Echo falou.

Alycia desceu do cavalo, receosa, mas foi até lá, parando ao lado do rei. Ele sorriu e colocou a mão no ombro da morena.

- Curve-se – ele falou. Michael começou a correr pela arquibancada, para chegar até eles e impedir aquela loucura. O Rei estendeu a mão para pegar a espada – Pelo poder em mim investido e pela autoridade real da Inglaterra, eu Rei William III te nomeio Duquesa de York. – Ele colocou levemente a espada de cada lado do ombro da loira, que não sabia como reagir.

ᗩᒪYᘔᗩ √ MISTAKEN IDENTITYOnde histórias criam vida. Descubra agora