4. Call me when you're sober

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" A única forma de aprender é observando, por isso observe"

Achar a pessoa que precisava em meio àquela multidão estava sendo bem difícil. Amaldiçoou a ideia de fazer aquilo justo no meio de uma festa, porém a ocasião era propícia, pois em meio a várias pessoas bêbadas seria fácil cumprir o objetivo sem deixar rastros. Olhou mais uma vez as fotos dos quatro homens em seu celular, olhando em volta para ver se identificava alguém. Já fazia duas horas que estava perambulando sem sucesso quando conseguiu avistar um deles, o rapaz alto de cabelos cacheados e olhos verdes. Estava sentando numa mesa dos fundos da casa, perto de onde as pessoas dançavam, sozinho e cabisbaixo com um copo ao seu lado, em cima da mesa.

Rapidamente passou por entre as pessoas, e num momento de distração do outro, largou um comprimido vermelho no copo em questão, para em seguida se afastar. Teria que esperar uns trinta minutos para a droga fazer efeito e poder levar o rapaz dali, então voltou a se enbrenhar entre os universitários, esperando o momento certo chegar.

Louis cansou de ficar sentado tomando cervejas depois que Michael lhe deixou ali sozinho, usando a desculpa que estava com dor de cabeça e ia voltar pro dormitório. O mais velho sabia que essa dor de cabeça era causada pelo fato de Luke ter entrado na casa da fraternidade de Timothée, cheio de mãos bobas e risadinhas com o mesmo. Sentia um pouco de pena do garoto, pois era óbvio que estava apaixonado pelo Hemmings, mas dificilmente conseguiria um relacionamento sério com ele.

Esses parceiros de trabalho estavam se saindo uns belos inúteis hoje, pensou consigo mesmo. Apesar que eles sempre eram eficientes, então não iria reclamar, afinal eles eram pessoas normais e mereciam relaxar um pouco. Refletiu em como gostaria de ter uma vida normal também. Desde que era um adolescente já estava no exército treinando para ser da elite, e quando se tornou líder de sua equipe tinha 24 anos, e nunca conhecera uma vida normal que não fosse disciplina, treinos e trabalho. De certo modo invejava os outros três.

E por falar em três, sua mente flutuou para algo que quase não haviam dado atenção naquela noite. Desde o início da festa Harry tinha sumido, nenhum dos outros o viu mais, e Louis decidiu procurar onde seu maior hater tinha se enfiado.

Largou o resto da bebida na mesa do jardim e saiu andando por entre as pessoas. Com seu cigarro na boca, observava como já estavam bêbados, ou fingiam estar apenas como pretexto para poderem se agarrar ou pular na piscina com roupa e tudo. Conforme andava a música ia ficando mais alta, e acabou chegando no local onde as pessoas que gostavam de dançar estavam concentradas. As batidas de uma música pop preenchiam o ambiente, próximo da entrada dos fundos da grande casa da fraternidade. Os jovens se aglomeravam ao redor da mesa, gritando e incentivando um bêbado que dançava em cima da mesma. Tomou um susto quando viu que o stripper da festa era Harry. Ele já tinha tirado a camisa e dançava girando-a por cima da cabeça, rebolando loucamente. Por um momento parou pra rir da cara dele, e admirar-se por achar o seu corpo atraente. Apesar de ter tido poucas experiências, Louis sempre soube que gostava de garotos e garotas, então não se sentia mal por achar a bunda do rapaz muito bonita.

Quando viu que ele começou a mexer no cinto decidiu que era hora de parar o showzinho. Se aproximou da mesa e o chamou.

- Harry! Você tá maluco? Desce daí!

- Oi Lou! Tudo bem? - ele gritou sem nem lhe dar ouvidos, sorrindo. Era a primeira vez que o de olhos azuis o via sorrir assim tão sincero e abertamente, e achou encantador.

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⏰ Última atualização: Oct 20, 2020 ⏰

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