AGAIN!?!?!!!

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Não, o dia não está calmo como gosto; eu estou quase me socando em um buraco. O dia está tão quente, chego a suar, e eu odeio suar!

A temporada de festas está começando, e eu não tenho tempo nem para peidar. Eu sou um tipo de escravo da escola, junto a Minhyung (OBS: eu não gosto desse cara). Segundo eles, nós somos vizinhos e moramos perto de algumas lojas que estavam fazendo parceria com a escola. Só aceitei porque disseram que ganharíamos pontos extras.

As vezes eu quero afundar a cabeça de Mark na privada, mas sei lá, ele me ajuda; isso é bom, porque daí eu não preciso ficar para lá e para cá comprando coisas e perguntando coisas.

Mark Lee, ele ama caçoar da minha cara, e isso tudo é só porquê eu gosto do estilo indie! Eu simplesmente não sei o que passa naquela cabeça de vento dele para achar que zoar alguém é legal.

Enquanto eu seguro um buquê enorme de flores, que tampa boa parte da minha visão, Minhyung tagarela coisas aleatórias. Ele quer que eu nos derrube?! Ele poderia segurar essas flores enquanto eu piloto a bicicleta, mas não, ele disse que tinha alergia... Alergia, alergia é meu, vou ficar calado.

Mais algumas pedaladas e chegaremos ao nosso destino, e mais algumas pedaladas que caímos feio. Merda!

— Seu imbecil! — exclamou enquanto tentava levantar. — Meu joelho horrível e doendo!

— Foda-se, eu também me machuquei! Isso é culpa sua, se eu não estivesse com um trambolho tampando minha visão, a gente não teria caído, e também você não é tão levinho assim não. — me levanto limpando minha calça suja de terra.

— Deixa que eu piloto a bicicleta dessa vez. — rosnou. — ARRANHOU! — gritou após ver uma leve ralada na sua bicicleta. Tédio; nem sei o porquê desse escândalo todo.

— É só uma bicicleta garoto, anda, a gente precisa comprar outro buquê. — sentei no bagageiro, e Mark fez o mesmo, só que sentando na cela e seguimos caminho até a escola.

As flores ficaram horríveis e amassadas, com isso teremos que gastar mais dinheiro. Amo torrar o dinheiro dos outros /emoji com corações nos olhos. Meio que sem perceber, segurei a cintura de Minhyung. Eu tenho medo de cair de novo. O caminho foi tranquilo e seguro, os atalhos que Mark pegava eram, em sua maioria, livre de carros e veículos parecidos. O dia estava começando a melhorar.

— Chegamos, você desce e vai pegar o dinheiro que te derem, diz que não tinha flores lá na primeira floricultura e que vamos comprar em outra que só aceita cartão. — que sem noção.

Puft, maior mentiroso de Seul. Como assim não tem flor numa floricultura? Endoidou? — rio batendo em sua testa. É burro o coitado.

— Vamos. — desceu da bicicleta me deixando só. — Anda, Donghyuck. — meu nome soa tão bonito na sua voz, pena que eu não vou assumir isso.

Depois de encostar a bicicleta na parede da escola, me dirijo até si, e entramos no colégio. Como todos foram liberados cedo, a escola estava vazia, apenas na diretoria tinha gente. Assim que pusemos os pés na sala da diretora, a mesma alertou que tinha encontrado uma floricultura que vendia o buquê duas vezes mais barato. Ótimo. Por sorte, ela não perguntou sobre o dinheiro.

O serviço havia acabado, então livre pelo resto da tarde. Ou não.

— Ei, meninos, vocês poderiam fazer um favorzinho para mim? — o tio da limpeza correu até nós todo atrapalhado. — Eu queria que vocês limpassem o salão para mim. Estou tão ocupado que não conseguirei limpá-lo há tempo. — isso é brincadeira, só pode.

— Ok, pode seguir fazendo suas coisas, nós iremos limpar o salão para o senhor. — desgraçado!

O faxineiro saiu feliz da vida, e eu fiquei com mais raiva acumulada por esse imbecil. Eu teria o resto da tarde inteira para andar pelas praças de skate, beber alguma coisa, tirar foto. Maldito seja Lee Minhyung!

— O quê? Não gosta de ajudar as pessoas? Depois você admira seus pedaços de lata. — pegou uma vassoura atrás de si e saiu correndo até o salão principal.

— Escuta aqui seu merdinha! — corro atrás de si depois de me armar com uma pedra.

🏁My heart꒦꒷꒦꒷꒦

NARADOR/A ON•

Donghyuck só queria terminar aquele serviço o mais rápido possível e finalmente se livrar das piadinhas bobas de Mark. O indie não queria estar ali, mas estava, por culpa do canadense.

No fim do salão havia uma grande caixa de som, sem pensar duas vezes, Hyuck correu até o aparelho e o ligou conectando com seu celular, colocando 'Lucy In The Sky With Diamonds' dos The Beatles, num volume suficiente para que escutasse muito bem. A melodia iniciou-se arrancando gritinhos animados de Haechan. A voz suave soava pelo local fazendo Mark suspirar. Não gostava nem um pouco do estilo musical do vizinho, não era à toa que sempre gozava do ruivo. E não iria parar nunca.

Donghyuck se esguelava no refrão e fazia do cabo da vassoura o seu microfone. De longe Minhyung ria da cena cômica. A música era curta, mas gerava muita emoção para o coreano. Sem contar que a teoria da música era espetacular, aos olhos do de pele dourada.

Um balde de água com sabão em pó foi jogado no chão pelo canadense, respingando em Donghyuck, mas o mesmo não ligou, sua música favorita estava tocando! Na verdade, não mais.

— Tá na minha vez de colocar uma música. — insinuou desconectar o celular do ruivo da caixa, mas logo foi impedido pelo outro.

— Está louco?! É o Beatles que tá tocando, O BEATLES! — protegeu o celular junto da caixa com um abraço.

— Coloque uma música calma, por favor. Uma parecida a que irá tocar nas festas. — o pedido específico faz Donghyuck suspeitar, mas apenas colocou 'Heather' do Conan Gray.

A calmaria invadiu o espaço rapidamente, fazendo o amorenado se balançar ao som da música. Se não estivesse em "público", iria se esguelar e chorar, mas é muita humilhação para si.

— Vem cá. — colocou os braços ao redor da cintura do coreano.

— O que está fazendo? — sua face tinha uma cor rubra.

— Eu preciso treinar para quando formos dançar. — respondeu simplório, sentindo os braços de Donghyuck contornar seu pescoço.

Nenhum deles sabiam dançar, nem a música era tão propícia para aquele tipo de dança, mas eles seguiram o que achavam melhor. O Lee mais novo repousou sua cabeça no ombro do loiro, se permitindo sentir o cheiro do mesmo. Estava gostando daquele clima, era tão natural.

Por momentos eles esqueceram que se odiavam, e passaram a se gostar. O coreano gostava de abraços, gostava de dançar, gostava do Conan, só não gostava de Mark, fora isso, ele gostava de tudo ali.

— Ainda coleciona lixo? — sussurrou ao pé do ouvido do ruivo levando um empurrão do mesmo.

— Você não presta! — sorriu indignado.

Why⋆˚.markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora