Capítulo XI: Bolinhos e Sangue (Parte 2)

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Pego a cabeça do homem novamente e a bato com força no chão praticamente a esmagando com minhas mãos, o sangue se espalha mais, porém o mesmo ainda respirava.

Novamente bato com força sua cabeça no chão e retiro minha preciosa faça do bolso esfaqueado seu olho direito.

Ouço um pequeno gemido de dor. Bato a cabeça dele novamente com todas minhas forças e retiro a faca do olho dele... Está morto.

Meu trabalho estava feito.
Me levanto de cima do corpo morto, cinco pessoas em um único dia.
Eu necessito tomar mais cuidado, já estou sendo procurado e isso é o suficiente.

Saio do galpão entrando diretamente no carro e pegando uma via que era um atalho para o motel.

Passado os minutos com os olhos pregados na estrada durante aquele calmo por do sol, posso finalmente ver o motel.

Preciso entrar pela janela, o moletom branco que visto está banhado com o sangue das pessoas que retirei a vida no dia de hoje.

Pelo fato do quarto ser no primeiro andar eu posso escalar, pego alguns materiais que estavam no carro e vou até o local em frente a janela.

Pego a estaca de ferro que havia posto no bolso e com o cabo da faca dou um murro nela fazendo-a entrar na parede, com um pé subo na estaca, coloco a caixa dos bolos que eu havia trazido na boca e com a mãos seguro na janela impulsionando meu corpo a subir.

Assim que abro a janela e entro no quarto, e me deparo com o cômodo vazio, jogo os bolinhos sobre a cama.

Abro a porta do banheiro, Helena não se encontra lá.

Aquela vagabunda me traiu!

Abro a porta do quarto loucamente e olho para o carpete do corredor, ele estava fora do lugar como se alguém que tinha pressa havia corrido por ali, olho mais a frente e meus instintos me levam a subir as escadas até o topo do edifício.

Abro a porta do local e me deparo com garota a beira do batente. - "O que está tentando fazer?" - Grito e seus olhos cheios de lágrimas avistam minha face, em desespero ela olha novamente para baixo, quando ela faz sinal de que vai pular do prédio eu a puxo para meus braços.

"Está louca??" - Pergunto perdendo a paciência.

"Me deixa ir..." - Ela diz ente os prantos. - "Eu não tenho motivos para continuar, me deixa em paz." - Ela tenta se soltar de mim e eu a aperto.

"O único ser que pode tirar sua vida sou eu e mais ninguém." - Sussurro em seu ouvido.

Ela tenta se soltar novamente mas eu a puxo pelos braço a guiando pelas escadas.

De assassino procurado a salvador de suicidas, meu nível só piora, suspiro profundamente.

Abro a porta empurrando a garota e entrando no cômodo o trancando.
- 'Por que?"- Sento a cama e a encaro.

"Porque viver é uma opção." - Ela se senta na cama oposta me observando. - "Não, não para você" - Respondo.

"Eu decido se você vive ou não, agora responda minhas perguntas. Por que estava chorando quando nos conhecemos? Eu até entenderia o motivo do suicídio mas... Você necessita clarear as coisas, eu sei que não é esse o motivo."

Ela morde o lábio nervosa e entre suas lágrimas silenciosas responde - "Will... Meu namorado, abusou de mim..." - Ela respira fundo.

"Ele passou a beber e de repente tudo estava errado, e ele fez aquilo comigo, ele arrancou minha virgindade..." - Ela abraça as pernas e começa a chorar alto. - "Meus pais já eram o suficiente..." - ela faz uma pausa e limpa as lágrimas.

"Eles me torturam com gritos e tapas desde quanto meu irmão faleceu." - Ela se levanta e vem em minha direção - "Eu nunca precisei de você para sentir dor." - Ela estende os braços mostrando as cicatrizes nos pulsos.

"Faça o que quiser comigo." - Ela se senta na cama novamente e meu levanto indo em sua direção, me ajoelho em frente a ela e a encaro, com um sorriso psicótico no rosto, pego a caixa de bolinhos que estava ao seu lado e a entrego

"Trouxe especialmente para você." - Ela pega e me encara surpresa, então sem aviso eu a beijo e sinto que ela retribui dando continuidade mas eu logo a paro.
- "Síndrome de Estolcomo" - Digo afirmando.

"O-o que?" - Ela pergunta - "Você é doente também ?" - Sorrio para ela.

"Está mais louco do que já é?" - Ela ri debochada.

  "Não, você tem a síndrome de Estolcomo, como um mecanismo de defesa seu cérebro faz com que você crie simpatia comigo para que eu não a mate. " - Ela olha em meus olhos assustada.

"Ninguém beijaria um monstro estripador." - Sorrio para ela com os olhos arregalados e suspendo a faca em sua direção prestes a apunhala-la...

O homem pesadelo, Jeff the KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora