capítulo 7

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Casca saio da mansão e dessa vez sem ninguém a vigiando hoje, ela não tem faculdade - Sábado- e por ser Agosto, Casca passou da floricultura, depois pegou um Chapa (meio de transporte terrestre usado em Moçambique) e seguiu viagem para praça dos heróis onde está interada a irmã. Aniwe enquanto já saia vê Casca entrando, pensou em seguir em frente e a deixar, mas acabou não seguindo seu próprio conselho.

Ayla Nyerere, Agosto de 1995.
“Toda obrigação é uma farda, mas a farda de alguém é o sustento de todos os outros.” — É o que está escrito na lápide dela.

- É sua irmã?- Casca se vira rapidamente para ver Aniwe de terno preto com uma facha ao redor do braço direito. Seus cabelos negros são cacheados e não são muito cheios.

- É sim - para Casca já não doía tanto ver sua irmã num caixão como foi nós primeiros anos, era uma dor insuportável como se ela pudesse tirar a irmã dali e implorar para não a deixar sozinha - o que faz aqui?

- uma conhecida minha também foi interada aqui - Casca deixa as flores na lápide se sussurra um até mais.

- Sério?- disse curiosa- porque não a salvou?

- ela não quis... Não tinha mas forças para continuar- a mente de Aniwe viajou para 1999 quando mais de 40 pessoas foram mortas em tumultos durante protestos da RENAMO contra as eleições de 1999, nas quais Chissano tinha sido, mais uma vez, reeleito contra o seu adversário da RENAMO, Afonso Dhlakama. Kira já tinha servido a Renamo durante a guerra dos 16 anos, ela odiava o que fazia mas já estava naquilo suas mãos já estavam banhadas de sangue já tinha matado vidas inocentes, crianças, adultos. Não se orgulhava disso, mas não podia voltar atrás, não quando seu pai é o fundador da Renamo.

- Não tinha sentido para ela continuar a lutar.

- Ela era muito especial para ti né?- eles estão se afastando dos sepulcros mas ainda assim dava para ver alguns. Aniwe olhou para ela antes de consentir - Como ela se chamava?

- Kira, Kira Matsangaíssa.

Casca o encarou surpreso, não sabia que o diretor de sua universidade tivesse uma filha, nem que estivesse morta.

Aniwe faz parte da CTE ( Children of the Earth") Este bracelete ou faixa é uma velha tradição que as pessoas usam como forma de expressar seu luto pela perda de um parente ou amigo querido ou para defender uma causa ou protestá-la.

- Aniwe porquê você usa essa faixa em todos seus ternos?- Casca perguntou assim que entraram no carro de Aniwe, Aniwe olhou mais uma vez para Casca surpreso, ela prestavam mesmo atenção nele, são detalhes que muitos vê mas não ligam simplismente a...

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- Aniwe porquê você usa essa faixa em todos seus ternos?- Casca perguntou assim que entraram no carro de Aniwe, Aniwe olhou mais uma vez para Casca surpreso, ela prestavam mesmo atenção nele, são detalhes que muitos vê mas não ligam simplismente acham bonitinhos e nada mas, dá aquele ar descontraído e sexy no terno, mas raramente alguém lhe perguntava o significado

- É por causa da Kira? - o olhou de relance, Casca pode não ser a pessoa mas informada do mundo, mas por ser fã do rei do pop tinha noção de que quem usava a faixa não usava por simples caprichos. Até ela já pensou em usar em honra da irmã, mas achou ridículo, não era um motivo plausível já que todo mundo morre um dia mesmo que não seja uma morte natural

- não exatamente- deu partida no carro - uso em memória e honra as crianças que sofrem mal tratos ou morrem em todo o mundo e outras causas humanitárias.

Casca o olhou surpresa e contente, não pode evitar de sorrir. Enquanto, Aniwe não estava sendo totalmente sincero a ideia de fazer parte de CTE não partiu inteiramente dele, aconteceu nos anos 90 quando Kira ainda estava viva, Kira também foi uma fã do rei do pop e admirava o esforço que ele fazia para que se reparassem nas marcas que as guerras deixaram, milhares de mortos, incontáveis feridos, crianças desabrigadas mortas desnutridas.

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- É meio irônico você defender tal causa enquanto faz o oposto- Aniwe disse sarcástico enquanto Kira metia algumas poucas crianças num abrigo onde os guerrilheiros da Renamo não as achassem

- é meio irônico você defender tal causa enquanto faz o oposto- Kira tenta imitar a voz dele mas falha miseravelmente - eles vão passar daqui é questão de dias se não for horas então não saiam daqui por nada okay?- as crianças acentiram - quando eles passarem daí vocês saim, mas estejam atentas não se sabe quando esse Armageddon vai terminar.

Kira se virou por ouvir a gargalhada debochada de Aniwe. Bufo e esbarrou no preço dele de propósito

- Buddy ( era a forma carinhosa que Aniwe a chamava) Armageddon é só quando a luta é entre e bem e o mal e isso não é o caso.

- vampirinho - Kira bateu de frente com ele. Aniwe amava a postura militar dela, era como se o equipamento tivesse sido feito justamente para ela. Linda, sim, Kira era linda.- Eu não faço isso por querer. Você acha que gosto de matar vidas inocentes? Acha que gosto de fazer isso? Ter sangue nas mãos...

- então não o faça

- não é assim Aniwe, não é assim que as coisas funcionam. Não posso desobedecer meu pai

- deixe tudo para trás, venha comigo!- segurou seu rosto a olhando com carinho- você pode recomeçar

- eu não posso fugir. Já estou aqui né- disse sem muito ânimo- vou até o fim. Eu já estou quebrada a muito, não posso simplismente desaparecer. Quero ver onde isso vai dar

- Você acha que vale tirar vidas inocentes só para se ganhar a razão?

- Não é ganhar a razão. O partido Frelimo tem de entender que não dá, é injusto só haver um partido em todas as eleições

- e matar vidas inocentes é a solução para que eles repensem? É assim que querem chegar a famosa paz?
  

Salva Por Um Vampiro - Série Drácula II ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora