𝙍𝙖𝙘𝙝𝙖'𝙨 𝙖𝙣𝙙 𝙅𝙤𝙠𝙚𝙧'𝙨 / 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑔ℎ𝑦𝑢𝑛𝑙𝑖𝑥

𝕮𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊 𝕹𝖆𝖙𝖆𝖑

4 meses depois

A relação de felix e hyunjin estava realmente muito interessante, os garotos trocavam mensagens sempre que possível. Apesar da rotina agitada de yongbok, ele sempre arrumara um jeito de responder as mensagens do Hwang. E lá estava ele, voltando para casa após uma rápida ida à itaewon para encontrar um amigo, que já estava devendo uma visita, e para não ficar sem ver um velho amigo, foi visitá-lo.

Até porque essa pode ser a sua última noite no país.

Subiu na sua harley preta, pouco se importando em capacete, na real, nem lembrou que deveria seria usa-ló, já virou costume.

Lançou-se pelas ruas frias de seul, sendo abraçado pelo vendo gélido da cidade. Os fios descoloridos dançando em uma melodia silenciosa. O lee usava apenas uma blusa preta que era sobreposta por uma jaqueta de couro, calça skinny justa preta e cheia de rasgos. Um cinto de fivela prata brilhava na cintura delicada sob a luz da lua.

Yongbok não quer mais perder tempo com futilidades, chegou na conclusão de que seu futuro é mais importante que uma paixonite idiota, por um cara idiota.

Mas no final de tudo, felix achava ser o único idiota história.

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Abriu a porta com a maior delicadeza e plenitude, quase fazendo seus hyungs nem notarem sua presença ali. Atravessou a porta com calma, sem fazer barulho algum ao trancar

Não é atoa que o apelido "pata mansa" fora dado à si. De onde vem o pata? Bem, todos ali consideravam o ruivinho dos lábios bonitos bastante atraente, e sempre era chamando de "gatinho" pelos que o conheciam apenas de vista, até que juntou a delicadeza do lee e seu charme, dando a este o apelido que não demorou em pegar e se espalhar.

Lançou um olhar para o bang que logo entedeu, afastando a cadeira da mesa para levantar, adiantando os passos até o quarto do Lee.

Changbin, que cortava alguns legumes para a janta, fingiu indiferença quando viu o ruivo de segredinhos com o mais velho.

Só fingiu mesmo.

No quarto de yongbok, Chris lhe passava o horário do vôo e que horas o australiano mais novo deveria estar no aeroporto.

- tem certeza que vai fazer isso? - fixou os olhos na ônix escura do estrangeiro. Os olhos do bang pingavam preocupação e medo do ruivinho mudar de idéia.

- tenho, hyung. - tentou sorrir, mesmos que pensar no fato de estar longe do loiro o sufocava, continuaria com seu plano em mente e que finalmente encontraria o melhor amigo que o esperava super ansioso.

- certo! - exclamou, contente - então seu vôo sai às quarto horas, e você tem que estar lá umas duas horas antes. Já sabe, deixei tudo arrumado que eu te levo. - tentou orientar o ruivo, que agora mantia os olhos concentrados na tela brilhante do aparelho.

- tá, tá, já entendi, hyung. - deu de ombros.

- e vê que não dá mole com o tal do hyunjin.

Felix não entendeu de primeira, mas não demorou para perceber o olhar do seu hyung.

- para, seu maluco. ele é só meu amigo - reclamou - mas se ele quiser algo a mais...

O líder deixou uma expressão de choque tomar conta do seu rosto, colando as duas mãos sobre a boca que estava em um perfeito "o".

- você não tem jeito - apontou para o mais novo com um falso tom de acusação. Não é como se não conhecesse seu dongsaeng.

Felix riu de leve, estava nervoso e pensar mais ainda na viagem e Hwang hyunjin, não ajudava muito.

Estava com medo de como hyunjin reagiria. Ele deveria contar sobre tudo? Ou não falar nada? O medo da rejeição era enorme.

Por mais que tivessem que lidar com todo tipo de gente, passar o dia vendendo produtos ilícitos, voltando para casa com machucados, e até com as mãos sujas de sangue.

Hyunjin era outro caso.

Chris até estranha o fato do seu ruivinho sempre estar de bom humor e nunca demonstrar interesse em sair dessa vida. Achava que o australiano mais novo só estava curtindo a juventude, mesmo que de uma forma bizarra. Mal sabia ele que as noites que o lee passara na casa do amigo, yedam, eram noites perdidas em boates, usando tudo que lhe era oferecido, provando bebidas estranhas mas que não fazia diferença alguma para si.

No final de tudo, perto do amanhecer, Yedam era sempre quem ia buscar o ruivo e ficava responsável por uma pessoa drogada e com cheiro de cachaça. Yongbok parecia não ter um pigo de noção.

Contudo, ele era um adulto, ninguém poderia fazer nada em relação a ele.

Já sozinho no cômodo colorido, deixava o corpo cansado afundar na cama macia após longos minutos no banho. Essa noite ele não quer pensar muito, apenas precisa dormir.

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Se despediu do amigo, dando as costas para estes e sem olhar para trás, andou até o avião.

Procurou seu assento, encontrando sem muito esforço. Se acomodou e começou a pensar como seria sua vida no momento que pisaria novamente na Austrália. Já fazia tanto tempo... pensar que pode se bater com qualquer membro da família é assustador.

Tentando os pensamentos ruins e indesejados sumir, buscou seus fones na bolsa que levou consigo, entrando em sua playlist que escuta sempre que está precisamos relaxar, refletir sobre a letra da música sempre o ajuda a esquecer que ainda está vivo.

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Finalmente o ruivinho pode levantar, já estava cansando de ficar sentando e a jovem garota com traços delicados que ficou do seu lado durante a viajem não iria surportar escutar mais uma das reclamações do ruivo, dizendo que sua bunda estava dormente.

É, talvez yongbok ainda não tenha caído na real, nada parecia real, e tudo só pirou quando viu aquele rostinho bonito de longe.

Andou rápido até o garoto de olhos afiados e lábios cor de morango. Droga, ele é mais bonito ainda pessoalmente.

Abraçou o amigo com força e foi retribuído na mesma intensidade, os braços de hyunjin o apertando, como se quisesse deixar felix sempre ali.

- hyung, eu chegei! - disse, ainda agarrado ao corpo do amigo.

- sério? Não diga, lix. - sorriu abertamente sem acreditar no ruivinho em seus braços. - você é menor do que eu pensei...

- você que é muito grande seu mané.

Talvez yongbok estivesse errado quando disse que sua volta à Austrália seria um desastre, afinal, o que pode dar errado? Nada.

Mas as vezes a vida gosta de nos dar umas rasteiras e virar tudo de cabeça para baixo.