Reason

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Continuadamente me apanho
Ainda a beijar o ar
Sorrir pra frente, para imagem que
realmente lá não está
A urgir por sentir os teus braços
Ao meu redor e te poder dar
As costas
Para me surpreenderes com a tua presença
Uma porta aberta pra suspiros no pescoço
Pra voltar a cruzar com o teu olhar
Agora transparente
Não sei quem és
Não sei quem sou contigo
Não lembro, já vai longe
No entanto não consigo ver esta compulsão
(de) te ter ao meu lado
Em cores difusas
Como correntes
Uma prisão de liberdade

O amor liberta
Eu aprendi a amar-me
Aprendi a dançar
Não consigo esquecer como te amar
Nem quero parar de saber criar

Crio então fantasmas
Com o teu toque
Reflexos vagos da tua imagem
Sempre ao meu redor
Como costumavas estar
Acarinho os fantasmas
Porque conservam o teu sorriso
Imagino-lhes o teu calor
Para evitar o meu gelo

Crio fantasmas, crio lugares
Memórias de um sonho
Que nunca cheguei a sonhar
E projeto-os assim
À volta de mim

..

I'm writing to see if 8 months later I can make sense of myself, of the situation. If through the poems I can't regain my individuality, connect with my own sense of lost.
But I'm just seeing a reflection, in a phone, lost eyes that realize they're as deep into this hole as they were from the start.
Rope, I have to Google how to make a rope.

collection of lost thingsWhere stories live. Discover now