Seja Corajoso

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Esse capítulo tem pontas importantes, leiam com calma e com atenção.

A floresta estava silenciosa e fria, como um sentimento que te arrastava para o fundo do abismo. Taeyong se sentia vazio e angustiado.

Talvez esse seja o maior terror da floresta.

Talvez não fossem as feras ou os mistérios horrendos que as árvores escondiam, e sim as sensações sufocantes que o lugar passava.

Quantos gritos não foram ouvidos? quantas súplicas não foram ignoradas? Ali não existia misericódia e Taeyong soube disso antes mesmo de ir floresta a dentro.

Alguns metros atrás, Tae ouviu passos e depois grunidos estranhos. Subiu em cima de uma árvore e ficou bem quieto.

Ele não viu nada e nem ninguém. Talvez fosse a sua mente o fazendo imaginar coisas. Ou talvez realmente houvesse algo atrás de si, a espreita esperando ele se destrair.

Ja fazia um dia e meio que Taeyong estava lá. Seus pensamentos a mil, enquanto seu marido agonizava de dor na cama de um estranho.

Ele lutaria contra qualquer coisa pra conseguir ter seu amado de volta, até mesmo com a morte.

"Você não pode ir até lá, morreria de fome ou sendo atacado por alguma criatura estranha!" Mark dizia. Seu irmão tinha medo de perder a única familia que tinha.

"E mesmo que consiga, coisas ruins acontecem com quem entra naquela floresta. Ela acaba deixando marcas. Acha mesmo que vai ser o mesmo depois de passar por sabe lá deus o que te espera lá dentro?" Mark continuou.

Mark fora acolhido por Taeyong quando fugia de seu padrasto que o maltratava. Ele tinha um passado que o machucava muito e depois que encontrou alguém em quem pudesse se ancorar, se sentiu salvo. Em casa.

"Eu levarei alimento e marcações pra não me perder. Eu vou voltar, vou voltar pra você e pro meu marido. Apenas confie em mim."

Dito isso, ele deixou um beijo singelo na testa de seu homem e deixou que Mark o acompanhasse até a estrada de cascalhos.

"Você é tudo que eu tenho irmão, por favor não me deixe." Mark dizia com a voz embargada.

"Também sou a única coisa que Doyoung tem, não posso deixá-lo morrer quando á algo que eu possa fazer pra salvá-lo." Tae falava calmamente por mais que seu coração estivesse em pedaços

"Prometa que irá voltar, prometa que o verei de novo em cinco dias e que estaremos jantando todos juntos em casa"

"Eu prometo. Todas as noites olhe para as estrelas e reze por mim." Então ambos se abraçaram, e ali se despediram.

Taeyong despertou de seus devaneios com o grunido de sua barriga. Ele estava com fome, mas podia aguentar mais um pouco.

Lembrou-se da noite passada, quando estava comendo e um cheiro forte e nojento atingiu sua barriga o fazendo vomitar tudo.

Ele aguçou a sua visão de cima da árvore onde estava empoleirado e pode ver uma criatura preta e corpulenta devorando um porco. Aquilo com certeza não era um urso, nem um lobo.

Era uma criatura mágica.

Ele ficou bem quieto e rezou para que saísse de lá ileso. Taeyong não dormiu a noite toda.

Agora estava cansado, com fome e com sede. A fadiga estava acabando consigo.

Alguns metros a frente ele viu um lago que era tão chamativo, era cristalino e seus olhos brilharam quando viu aquilo.

Tae tinha que encher seu cantil mas não era burro o suficiente de ir ate lá sem saber se tinha algum animal feroz por perto.

Então ficou atrás de um arbusto e esperou pra ver se alguma criatura aparecia alí.

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