2 | Quando os céus choram sangue

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Kakashi, Tsunade e Orochimaru iam a frente, cautelosos e a vasculhar tudo como os olhos. O dia pareceu tornar-se noite. E a luz só ganhou a vila, quando as luzes se ascenderam iluminando a aldeia e seus arredores.

Tsunade invocou sua marca e Orochimaru ativou seu poder sábio, enquanto Kakashi ativava seu Mangekyo Sharingan.

Sakura e os demais também entraram em posição de defesa.

O silêncio reinava na folha. Até uma voz muito conhecida por todos ecoar por cada canto, cada ponto da vila.

 — O que acontece quando as luzes se apagam? — Uma risada perversa ecoou pelo ar — Os demônios saem para brincar.

Tsunade sentiu um arrepio em sua espinha e ao voltar seu rosto para cima, observou nuvens pesadas dominarem os céus. 

Logo em seguida veio a chuva, quando o primeiro pingo atingiu a loira, ela sentiu algo diferente. Sentiu um cheiro fétido, quando seus lábios foram tocados pela chuva, veio então o gosto metálico. Ao olhar para as mãos, suas vestes, lentamente o tom vermelho ganhava espaço. Chovia sangue, chovia sangue por toda a vila da folha. Alguns com esse ocorrido se desesperaram, e amedrontados se abrigaram.

 — Não é um uma ilusão. Realmente está chovendo Sangue.

Disse Orochimaru, com uma expressão surpresa em seu rosto. Mesmo ele não conseguira esconder o seu choque.

Tsunade sacudiu a cabeça e correu até uma barraca que ali havia.

 — Abriguem-se rápido.

Todos assim fizeram e assistiram a chuva carmesim banhar toda a vila da folha.

 — Naruto... — Sussurrou Hinata — Eles... ele está fazendo isso?

Perguntou ela nervosa, e assim como todos ainda desacreditada.

 — Sim, de alguma forma. De alguma forma ele é o responsável por isso.

Tsunade olhou ao redor e se abaixou tocando o chão sujo de sangue. Levara muito tempo para perder seu medo por sangue. 

 — Acho que nós cometemos um erro. Acho que despertamos um monstro adormecido.

Disse a loira mais para si mesma do que para os outros. Que ao escutarem suas palavras não pudem discordar, não conseguiram a contestar.

As horas passavam, todos foram para suas casas. E o silêncio reinou na aldeia. Não havia mais intensão assassina. Não havia mais sede de sangue, mas sim uma chuva vermelha sem fim. Que não parecia querer parar.

 — A vila da folha sangrenta. Esse nome nunca fez tanto sentido. Não concorda, vovó?

Ao escutar essas palavras elas se vira lentamente. E em fim encara aqueles belos olhos. Não mais azuis como safiras. Mas vermelhos como sangue. Brilhando como faróis em uma escuridão sem fim.

Até a última folha | Luniom | Short StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora