A Rainy Night - DekuBaku (Bnha)

Capítulo Único

Avisos iniciais
Esta história foi escrita em português de Portugal, por isso, caso tenham alguma dúvida em relação a alguma palavra, é só dizer nos comentários que eu tento explicar ao certo o que significa.

Katsuki estava deitado na sua cama a olhar para o teto branco do seu quarto. Pensava na sua vida, que ia de mal a pior. Lembrava-se de como antes a sua vida era perfeita. Lembrava-se de como antes era rodeado de pessoas que o amavam. Lembrava-se de como antes tudo o que desejava era ficar sozinho. Lembrava-se de que agora estava de facto sozinho, de que ninguém o queria por perto, e de que tudo o que antes desprezava era o que agora mais sentia falta.

Tudo isto tinha mudado de repente, num dia estava rodeava das pessoas que por mais que não admitisse devido ao seu enorme ego, amava, e no dia seguinte, estava sozinho, a precisar de um abraço, ou apenas de uma pessoa para o ouvir desabafar e tirar aquele peso de cima de si.

Sem sequer perceber, uma lágrima quente escorreu pela sua bochecha, sendo depois seguida por muitas outras que deixavam a sua vista embaçada.

Levantou-se da cama. Podia estar destruído por dentro, mas certamente não ia ficar naquela cama a chorar o dia todo. Precisava de descontar a sua tristeza em alguma coisa, e sabia exatamente o quê.

Dirigiu-se para a casa de banho e lavou a cara. Certamente não ia para a rua naquele estado. Tomou um banho rápido, e quando terminou, vestiu a primeira roupa que encontrou no armário. Olhou pela janela, e percebeu que a probabilidade de começar a chover era grande, por isso, agarrou num casaco e vestiu-o rapidamente. Calçou os seus ténis e ajeitou o seu cabelo. Estava pronto. Pegou na chave de casa e na carteira e saiu, fechando a porta atrás de si.

Começou a andar em direção ao bar mais próximo, enquanto aproveitava o vento que lhe batia na cara para espairecer. Mal chegou ao bar, sentou-se na bancada e pediu a bebida mais forte. Assim que o copo chegou, despejou-o de uma só vez. O líquido queimava-lhe a garganta, mas acabava por ser agradável. Depois de mais alguns copos, o álcool começou a fazer efeito. Podia estar alterado, mas ainda tinha noção das suas responsabilidades, e sabia que tinha trabalho no dia seguinte, então pagou a conta, e começou o caminho em direção a casa.

Tinham-se passado alguns minutos desde que havia saído do estabelecimento quando começou a chover torrencialmente. Bakugo amaldiçoou-se mentalmente por não ter levado guarda-chuva, e começou a analisar a situação. Estava consideravelmente longe de casa, se tentasse ir para lá, chegaria ensopado, e provavelmente apanharia uma gripe, porém, sabia que também já se tinha afastado bastante do bar, impossibilitando também essa opção. Olhou em sua volta à procura de um abrigo, e deparou-se com um beco. Era melhor do que nada. Ao menos o alcance da chuva ali seria menor. Correu rapidamente até lá e colocou o casaco em cima da cabeça, numa tentativa de se proteger das gotas que caiam constantemente sobre a mesma. Agora era só esperar que a chuva acalmasse.

Aproveitando o silêncio da rua, começou novamente a refletir sobre os últimos acontecimentos na sua vida. Encostou a cabeça à parede e fechou os olhos. Gostou do fato de estar a chover, uma vez que a chuva camuflava as lágrimas quentes que começavam a cair.

Haviam-se passado alguns minutos e a chuva só piorava. Estava a começar a questionar-se se não seria melhor ir para casa. Já havia tomado a sua decisão quando ouviu passos. Olhou para fora do beco, e pode ver uma figura aparentemente musculada. Não conseguiu ver o seu rosto, pelo facto de este estar tapado por um guarda-chuva. Viu que o homem virou a cabeça olhando para si. O mesmo começou a aproximar-se, e o loiro levantou-se, preparando-se para o ataque. Quanto mais perto o homem chegava, mais o loiro recuava, até que bateu numa parede. Com o susto do impacto, olhou para trás, porém quando voltou a olhar para a frente, pode ver que se encontrava a centímetros de distância do outro corpo. O guarda-chuva do homem que percebia agora ser um pouco maior do que si, abrigava-o também das gotas grossas que já haviam encharcado o seu cabelo e as suas roupas.