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Kol

– DAVINA- tento ir atrás dela, mas Clarie me segura pelo braço

– Deixa Kol, se ela quisesse falar mesmo com você, não teria corrido igual uma louca- solto o seu aperto do meu braço e passo a mão pelo queixo

Saio da cozinha indo até o meu quarto fechando a porta, ando até a cama e me sento na mesma, passo as mãos em meu rosto pensando no que acabei de fazer

Deus

Eu vi os seus olhos, vi não apenas as lágrimas, mas também decepção, tristeza e muitos outros sentimentos, pelo seu olhar, ela parecia totalmente machucada, mas não tinha nenhum arranhão

Eu me sinto o maior idota da face da terra, como eu pude ser tão estupido

Eu tinha dito a ela que não a iria magoar novamente, e que nunca foi a minha intenção, e de verdade nunca foi, mas eu fiquei tão puto que ela foi tão educada, tão gentil e boa com aquele idota

Eu suspiro

Porque eu apenas não a afastei?

Alguns minutos antes...

Entro na cozinha puto da vida, como ela pôde o tratar daquela forma, como se fosse um bom e velho amigo, será que ela se esqueceu do porque se afastou dele?

E mesmo depois do que eu contei a ela, ela não disse nada, será que ele é tão importante assim pra ela? Será que ela o tratou tão amigável com ele porque ela gosta dele? Porque ela tem sentimentos por ele?

Céus, será que ele me tratou daquele jeito aquele diz porque estava com ciúmes da Davina? Porque eu cheguei e "atrapalhei" algumas coisa?

– Ei, o que houve?- Clarie pergunta- você entrou na cozinha, não me comprimentou, e está aí, parado e pensando, se eu esforçar a minha vista mais um pouco, consigo ver até a fumaça saindo da sua cabeça de tanto você pensar- eu sorrio levemente

– Não foi nada

– Como não?- se aproxima- pera, acho que consigo adivinhar, o motivo de você está tão pensativo e tão sério, é por causa de uma garotinha mimada, baixinha e de cabelos castanho?

– Ela não é mimada Clarie, você apenas não a conhece- ela revira os olhos

– E nem quero Kol. De qualquer forma, como você ainda a defende?- eu enrrugo o cenho confuso

– Eu sou o seu guarda-costas- digo como se fosse óbvio

– Eu sei, não estou falando disso, estou falando em como pode defende-la mesmo depois daquele dia que ela disse a sua mãe que você era gay, apenas por pura pirraça- eu sorrio com a lembrança daquele dia

Foi naquele dia que tivemos o nosso primeiro beijo, eu a levei até o quarto para cobrar satisfação do porque dela ter feito aquilo, mas praticamente nem a deixei falar, a beijei

Não para provar que eu não era gay, e sim para calar a boca dela, mas não vou mentir, queria fazer aquilo desde da primeira vez que a vi

A sua beleza me encantou, o seu olhar furioso se fez presente na minha mente, mesmo com raiva ela era linda

– E ainda sorri- ela revira os olhos- céus, não percebe que ela faz você de cachorrinho

– Não seja ixagerada Clarie

– O quê? Vai me dizer que é mentira? Kol, você é mais esperto que isso- se aproxima, mais e mais- não se engane, sabe que ela manda em você como quem manda em um cachorrinho adestrado

– Não é assim

– Aé? Então me prova, prova que ela não tem esse poder em você- se aproxima do meu rosto ficando de pontas dos pés

Corto o pouco espaço que tinha nos separando, colando os nossos lábios

Sabe o estranho, eu não sinto nada, não sinto o frio que eu senti com Davina, não sinto aquela vontade de aprofundar o beijo, não sinto vontade de sentir a sua pela com a minha, não sinto vontade de nada, apenas de a afastar

Mas antes que eu faça isso, escuto uma voz, uma doce e linda voz, mas que nesse momento está meio chorosa

Me afasto de Clarie e a olho, seus olhos estão marejados, ela está com a boca meio aberta em choque, seus olhos não demonstram raiva ou até provocação em como normalmente eles estão, demonstra tristeza e decepção, o mesmo olhar que eu vi no dia que eu cheguei na mansão

O mesmo olhar que eu vi no dia que ela quase se matou, um olhar que uma pessoa magoada e meio quebrada dar, antes que eu possa dar um passo ou falar alguma coisa, ela corre pra longe, pra longe de mim

O mesmo olhar que eu vi no dia que ela quase se matou, um olhar que uma pessoa magoada e meio quebrada dar, antes que eu possa dar um passo ou falar alguma coisa, ela corre pra longe, pra longe de mim

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Aí meu deus 😢💔

𝙼𝙴𝚄 𝚂𝙴𝙶𝚄𝚁𝙰𝙽𝙲𝙰 ᵗᵛᵈ ᵉ ᵗᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora