Força

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Ao entrar, Sara ver seu filho. Que logo pergunta:

- Mãe? O que você tá fazendo aqui?

- Eu trabalho aqui. E o que você tá fazendo aqui?

- É... Hospital público tava lotado?

- Aurora, me explique isso.

- É... Nós somos agentes daqui.

- Eu não estou acreditando nisso. Eu... Eu... AH.

Sara sai furiosa. Leonardo tenta se levantar para segui-la, mas o ferimento de sua perna ainda é muito forte. Então Aurora manda ele ficar e vai atrás dela. Sara vai até o escritório de Verônica, que ao entrar vai logo falando:

- Que ideia foi essa de convocar meu filho?

- Olá, Sara. - diz Verônica calmamente.

- Não me venha com "Olá Sara". O que estava pensando?

- Samantha, por favor,traga um pouco de água para a Sara.

- Sim, senhora.

- Sara, sente-se. Não entendo sua reação. Você sabe que seu filho tem capacidade para isso. E o Protocolo escolheu...

- Pera, então quer dizer que ele faz parte da nova geração?

- Sim.

- Qual é a sua ideia? Ele é apenas um adolescente.

- Por isso é o candidato perfeito. A criatividade dele para resolver problemas complexos é o que precisamos.

- Criatividade? Chama um escritor.

- Controle seu tom.

- Só estou dizendo que não conte com meu filho nisso. - diz Sara se levantando.

- Sara, precisamos dele.

- Não. Não precisam.

Ao sair do escritório, ela esbarra em Aurora, que tenta se explicar.

- Sa-Sara... Deixa eu explicar.

- Não precisa.

Ela segue para a enfermaria deixando Aurora sozinha.

- Não se preocupe, isso vai se resolver. - diz Amanda.

- De onde você surgiu? - pergunta Aurora assustada.

Amanda sorri e sai. E novamente, Aurora fica sozinha. Só espero que não fique assim pelo resto da história.

Chegando na enfermaria, Sara pega os pertences de Leonardo e põe dentro de uma mochila.

- Vamos. - diz Sara fechando a mochila.

- Pra onde?

- Casa.

- Mas...

- "Mas" nada, Leonardo. Vamos.

Sara ajuda seu filho se levantar e o leva para o carro dela, que está na garagem da sede.

O silêncio dos dois toma conta do carro o caminho inteiro. E só é quebrado no momento em que chegam em casa. Leonardo desce do carro e mesmo com dificuldade para andar, recusa a ajuda de sua mãe para entrar em casa e subir para o quarto. Apenas pega a mochila e sobe em silêncio.

- Oi querida. - diz Tomas, pai de Leonardo. - Finalmente chegaram. Onde ele estava?

- Na casa do Gabriel. Tinha se machucado, como sempre. Como foi o trabalho?

- O de sempre, só algumas explosões. E o seu?

- Chato.

- Fiz o jantar. Sabia que ia chegar cansada.

Protocolo: HeróisOnde histórias criam vida. Descubra agora