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Desculpe a demora, mas estou com um pequeno bloqueio, aproveitem que a partir daqui vem os mimos. Ignorem os os erros, ou não.

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Sinto que a vida está me dando uma segunda chance, não uma chance de recomeçar, mas de viver tudo mais intensamente e aproveitar ao máximo todos os momentos. Abro meus olhos aos poucos e vejo vários médicos ao meu redor junto com minha mãe e irmã, a claridade da luz indica que o dia amanheceu.

- Como se sente?

Uma voz por de traz da enfermeira se aproxima de mim com um lanterna apontando para meus olhos, fazendo com que eu acompanhe a luz, minha irmã me lança um sorriso aconchegante.

- Água – é tudo que consigo dizer, então um copo é estendido para mim.

- Sabe que dia é hoje?

- Se eu não estiver enganada é sábado – falo e o médico acena.

- Sabe quem é o presidente?

- Preferia não saber, senhor.

- Ela fica toda quebrada, mas não perde a piada, em Mi – minha mãe diz sorrindo junto com minha irmã.

- Você foi guerreira Mirela, não é todos que voltam – olhei para o médico que se chama Alex sem entender.

Minha mãe se aproximou mais e sentou do lado da minha cama me abraçando e já chorando, essa era ela, lembro que quando tive minha primeira queda de bicicleta, ela chorou mais do que eu, apenas por um joelho ralado, eu sempre dizia que joelhos ralados me davam impulso para tentar novamente.

- Então resumindo, sua noite foi um pouco conturbada, você teve três paradas e na última quase a perdemos, foi muito difícil, mas conseguimos, sua luta na terra ainda não acabou mocinha.

Quando escuto isso abraço mais minha mãe e minha irmã, Alex fala mais algumas coisas que agora eu já não consigo mais ouvir, ele entregou uns papeis para a minha mãe e se retirou. Não consigo acreditar que quase as deixei, lembrava-me apenas de ter sido puxada e nada mais que isso.

- Mãe quando vou poder ir para casa? – Ela me solta, então enxugo suas lagrimas com a minha mão boa.

- Hoje pela tarde, mas você quer ir para a sua casa ou quer que eu leve você para a minha?

Fiquei a olhando, se eu fosse para a minha casa iria ficar praticamente só, recebendo sua visita e das minhas amigas e da minha irmã, eu sei que Dynho não ia conseguir ficar comigo, ali já tive minha decisão.

- Vou para a sua, depois eu converso com o Dynho – ela assente.

- Mi você me assustou fiquei com medo de perder você, eu não queria perder você Mi. – Jessie já me abraçava mais forte.

- Desculpa pequena, prometo não te deixar agora, só quando estiver velhinha que tal – lhe cutuco – mas o que acha de folgar um pouco aí estou m caco.

- Dynho já foi para o serviço? – Olho para minha mãe.

- Sim, mas ele passou aqui e já sabe de tudo, o cheve liberou para ele vim a tarde.

- Eu já disse para ele procurar outro emprego, ele mal fica comigo mãe, somos casados e ele não está aqui comigo, eu já disse tem tantos empregos na área dele, ele não me ouve.

Sinto minhas lagrimas escorrer pelos meus olhos, e a mão de Jessie limpar meu rosto, minha mãe nada diz penas me abraça.

Pela tarde o clima estava chuvoso novamente, minha alta foi liberada, mas com várias recomendações, iria utilizar a tipoia por uns três dias e tomar vários remédios e repouso por uma semana, ou seja, um tedio total.

You Eyes - SterellaOnde histórias criam vida. Descubra agora