O efeito de Jessica Jung

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Yuri

— Bem-vinda de volta, Senhorita Yuri. — Disse Key, meu porteiro, ao abrir a porta da garagem para que eu passasse.

Busquei rapidamente por meu celular no banco do carona do carro para checar o horário em que estava chegando em casa depois desse dia anormal para não dizer bizarro, mas o mesmo encontrava-se descarregado, para variar.

Sequer havia dado tempo de mexer nele, mas a sorte parecia não estar muito a meu favor.

— Obrigada. — O agradeci, saindo do carro.

Logo, me direcionei às escadas e comecei a subi-las.

Meu prédio não era grande, tampouco tinha luxo, mas era o suficiente para se viver, na minha concepção ao menos. Subi os quatro lances de escadas bem mais lenta do que o normal, mas, finalmente, cheguei em meu apartamento.

Busquei a chave em meu bolso e a coloquei na fechadura tentando girá-la algumas vezes, mas falhando completamente em todas elas. Quando toquei na maçaneta, notei que a porta estava aberta o que era bem estranho considerando que havia me certificado inúmeras vezes, de tê-la trancado antes de sair.

Respirei fundo, por fim, buscando coragem de onde não tinha para conseguir entrar em casa. Conseguia ouvir barulhos em seu interior o que significava que, sim, havia alguém ali.

Quando finalmente girei a maçaneta entrando no interior da residência, me deparei com uma cena já conhecida; Sooyoung que estava sentada à mesa, encarando alguma coisa que não dava para se saber ao certo e provavelmente não estava em um de seus melhores dias.

Assim que me viu entrando pela porta, ela se virou para me olhar, me encarando de maneira constrangedora de cima a baixo, analisando meu estado deplorável após um dia de trabalho para Jessica. Fato, eu estava completamente imunda.

— Estava na guerra, Yuri? — Ela comentou e mesmo que eu soubesse que a mesma não estampava a alegria de sempre em seu rosto, ela ainda era a mesma pessoa de sempre, munida com as mais oportunas piadas que pudessem existir. — Ou enfrentou um furacão?

Respirei fundo para responder.

— É, um enorme furacão chamado Jessica Jung.

Caminhei em direção a ela, finalmente observando o que havia em cima da mesa, ao que vi algumas garrafas vazias de soju junto a mais umas duas cheias, também percebi o copo que repousava na mão de Sooyoung ainda cheio.

— O que houve? Dia difícil?

Ela me olhou, novamente, analisando-me.

— Pelo visto, nós duas tivemos. Eu já volto.

Sooyoung fez uma expressão indecifrável com o rosto enquanto tomava mais um gole de sua bebida. Ainda com seu olhar um pouco disperso. Talvez eu finalmente tivesse entendido o que havia acontecido. Apenas caminhei em direção ao banheiro para tomar meu tão merecido banho para, então, poder me sentar e conversar com ela.

Ela estava precisando.

[...]

Parecia que eu havia renascido ao sair do banheiro, completamente diferente de quando entrei e por certo tempo, até havia me esquecido do porquê de estar daquele jeito deplorável. Havia me esquecido do grande problema que havia conseguido para mim mesma.

Sooyoung continuava sentada à mesa, com a garrafa de Soju aberta e tomando pequenos goles enquanto me esperava sair do banheiro o que, de fato era complicado de quantificar já que demorei um longo momento para me livrar por completo do estresse e da sujeira daquele dia infernal.

With Love, YuriOnde histórias criam vida. Descubra agora