Não tão má assim...

Second

Oi oi, pessoal!!!
Desejo a todos vocês um feliz Natal e um próspero Ano Novo.Que Deus abençoe a vida de todos vocês e vossas famílias tbm.❤️🎉
Agora bora para o cap😆😆😆
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Alicia

Provavelmente vocês devem estar muito confusos com a minha reação e ainda mais confusos, querendo saber quem afinal de contas é Nate.

Bem, eu vou contar-vos tudo do princípio.

Tudo começou no Sexto ano.
Era o meu primeiro dia de aulas no Ensino Fundamental e eu estava mais do que nervosa.
E triste também, porque não pude ter a companhia dos meus pais nessa etapa importante da minha vida.Tudo porque o meu pai acabava de ser eleito o Presidente da Câmara de CastleDale e minha mãe, a Vereadora, o que fazia com que eles ficassem ocupados todo o tempo.
Eu não estava chateada com eles por isso, eu entendia.
Porém, eu gostaria muito que eles estivessem ao meu lado neste momento e não Addams, o novo motorista da família.

-Quer que eu lhe acompanhe até a sua sala de aula, Menina Barrow?-Addams pergunta e eu suspiro fundo antes de responder.

-Não, Addams.Eu faço isso sozinha!

Agora eu terei que fazer tudo sozinha...-penso comigo mesma.

Ajeito a minha mochila rosa de brilhantes nas costas e caminho devagar pela extensão da calçada que leva até a entrada da instituição.
Durante o meu caminho observo o grande número de estudantes da minha idade espalhados pelo recinto.
Alguns conversando e outros despedindo os seus pais, demostrando entusiasmo pelo primeiro dia.
Tudo que eu demostrava com certeza era uma imensa vontade de desaparecer dali.

Passo pela grande porta, ainda com os olhos presos nos meus ténis coloridos de estampa e ouço cochichos vindo de todos os lados.
Com certeza, todos já tinham conhecimento de que o meu pai havia ganho as eleições e agora eu seria conhecida apenas como a "Filha do presidente", o que dificultaria ainda mais na minha integração.

Finalizo o meu caminho, parando em frente ao cacifo que seria meu pelo resto do ano, e abro o mesmo para guardar as coisas que eu ia precisar durante a minha jornada escolar.
Começo a guardar as minhas coisas com calma: livros, cadernos e algumas outras coisas que eu poderia vir a precisar durante o ano.
Enquanto guardo as minhas coisas, noto que alguém abre o cacifo ao lado do meu, mas ignoro.
Checo as horas no meu relógio de pulso rosa escuro e vejo que faltava pouco tempo para a primeira aula.Eu não podia chegar tarde logo no primeiro dia, então me apresso em guardar as minhas coisas, mas quando ia fechar o meu cacifo, com a pressa, um dos meus livros cai ao chão.

Grunho irritada e me abaixo para pegar o livro, mas alguém é mais rápido que eu.

-Toma!-Olho para o livro estendido e vou subindo o meu olhar pelo braço até chegar ao rosto da pessoa que havia apanhado o meu livro.

Era um rapaz.
Ele tinha os cabelos negros e desgrenhados, usava óculos e tinha pequenas sardas nas bochechas.
O que lhe deixava fofo.
Porém, o que mais me chamou a atenção nele, foram os seus olhos incrivelmente azuis e brilhantes.Eu fiquei hipnotizada por eles e senti o meu coração acelerar assim que ele sorriu, os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados quase me cegaram.

Ele arqueou a sobrancelha e notei que era a minha deixa para receber o livro.
Eu provavelmente devia estar o observando por tanto tempo, que o deixei desconfortável.

-Eu...desculpe!-Recebi o livro rapidamente e o apertei contra o meu peito.Desviei do seu olhar, sentindo as minhas bochechas arderem.-Obrigada...

Murmuro e vejo de canto de olho ele sorrir de lado.

-Sem problemas.-Diz baixo e eu assinto ainda com o rosto abaixado.-Te vejo por aí!

Ele acena e sai me deixando uma pequena sensação de abandono.Sussurro um "Te vejo por aí" depois de ele ir embora, sem coragem alguma de dizer enquanto ele estava à minha frente.
Fico alguns segundos tentando processar o que aconteceu e tentando recuperar o controle do meu corpo, porque de uma forma ou de outra, eu tinha aula e não podia atrasar.Então, eu fui para a minha primeira aula do dia, ainda sem conseguir tirar da minha mente aqueles olhos azuis perfeitos.

Depois daquele acontecimento e muitos outros, eu percebi que eu estava completamente apaixonada pelo garoto de olhos azuis e óculos de grau, que mais tarde vim a descobrir que se chamava Nate.

Nate.

Fica tão bem nele, assim como tudo nele lhe fica tão bem.

Saio dos meus pensamentos e lembranças sobre Nate, assim que ouço o som ensurdecedor do sinal de entrada.Olho para onde Nate e aquela loura sem sal estavam antes conversando com toda intimidade, mas eles já tinham desaparecido.
Sinto uma lágrima solitária rolar pela minha bochecha direita e me apresso em limpa-la.

Eu odeio a forma como Nate me deixa sem nem mexer um simples membro de seu corpo.
Só o facto de ouvir o seu nome, me deixa completamente impotente e sem forças para fazer coisa alguma.Nate quebra todas as barreiras que eu venho construindo por tanto tempo, simplesmente com um olhar e me faz voltar a ser aquela rapariga insegura de anos atrás.

Nate me faz ser quem eu realmente sou.

Eu não sou a patricinha arrogante, fria e implacável que eu demostro ser para todo mundo.

Não!

Eu sou apenas uma rapariga que luta pelos seus interesses, uma rapariga que quer agradar os pais em tudo, uma rapariga que procura pela aprovação de todo mundo e que procura ser amada.
Eu sou apenas uma rapariga como todas as outras, com dúvidas, inseguranças e lutas...

Mas infelizmente vivemos num mundo cruel em que nem todos merecem a nossa confiança, onde nem todos se importam connosco de verdade ou nos amam de verdade.
Infelizmente a minha realidade é bem assim.
Nunca tive amigos de verdade, sei que todos os que tenho estão comigo por conveniência.A única pessoa que eu sei que realmente me amaria de verdade, exactamente como eu sou e não pelo que tenho é o Nate, mas ele nem olha para mim.Porque para ele, eu sou mais uma patricinha sem coração que pisa em todos para chegar aonde quer.
Eu só queria que Nate olhasse novamente para mim daquela maneira. Da mesma maneira que olhou para mim há anos atrás.Eu só queria que ele olhasse novamente para mim como aquela rapariga que deixou cair o livro porque estava atrasada e ele ajudou a apanha-lo.

Sinto as lágrimas descerem sem a minha autorização e uma dor tomar conta do meu peito.Aperto a minha mão e sinto um líquido quente escorrer pela palma da mesma.
Com certeza o meu sangue.

Mas eu nem queria saber disso.A dor na minha mão não se comparava à dor que eu sentia no meu peito por nunca vir a conseguir algo que eu tanto queria:

O amor de Nate.
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Pobrezinha da Alicia (Teaaars😭😭😭)

Quem nunca sofreu por um amor impossível, né?
Enfim, deixem as estrelinhas e opiniões nos comments....

Vemo-nos no próximo cap e beijinhos azuis💙💙💙