Capítulo dois

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Ás doze e cinquenta eu cheguei em New York, e devo admitir que estou completamente confusa, nunca havia nem colocado os pés para fora de Nantucket e aqui estou, em New York pela primeira vez, o bom é que não estou 100% sozinha, meus pais andam pagando para mim uma estadia em um quarto de hotel dividido com mais uma garota que eu irei conhecer hoje, o bom é que ela vai para a mesma faculdade que eu. Ouço gritarem o meu nome de longe naquele aeroporto gigante, era a minha nova amiga ou colega de quarto, a avistei e corri para perto da garota.

- Oi, eu sou a Chloe, prazer. – Digo olhando para a garota que ainda nem sei o nome e me parece ser fechada.

- Oi chloe, tudo bem? como foi a viagem? Fiquei sabendo que o avião que você chegou demora pra caramba. – Ok, talvez eu tenha me enganado a respeito dela, ela é bem simpática e bem interrogativa, só espero que não esteja errada a respeito disso. – Eu nem me apresentei, meu nome é Angel, eu sei eu sei, nome de prostituta, mas infelizmente não cabe a mim escolher meu nome.

- prazer Angel, eu achei seu nome incrível, mas realmente parece nome de prostituta – Respondo antes de cairmos na gargalhada e pegarmos minhas malas – Eu confesso que o voo foi bem desconfortável e demorou bastante, mas fora isso acho que foi bom.

- Eu sabia que você pensaria isso, na verdade eu pensei que você fosse uma vadia metida pelas fotos que seus pais me mandaram, mas você é bem legalzinha. – Uau, vadia metida. Após rirmos entramos em uma carro que a Angel provavelmente alugou para me buscar, ela liga o motor e vai em direção ao meu novo "lar". – Tem algumas coisas que você precisa saber da NYU (New York University), lá tem dormitórios mas nem sempre é obrigatório dormir lá, só que nas primeiras semanas de aula, que começarão amanhã, é obrigatório todos os alunos dormirem lá, é uma regra meio idiota que eles inventaram, a maioria dos garotos são bem babacas então sugiro que você não pegue ninguém ou apenas troque de time como eu, os professores são rígidos e bem chatos as vezes.

- Entendi, mas acho que vou continuar sendo hétero mesmo – Disse para Angel e ambas começamos a rir disparadamente. – Então, eu vou ter que fazer uma mala para levar pra lá?

- Sim, mas podemos ir mais tarde, creio que você esteja bem cansada depois de ficar mais de seis horas em um banco que provavelmente faz coçar a bunda.

- Você é hilária Angel, alguém já te disse isso? – sorrindo eu respondo para ela que estaciona o carro e o desliga.

- Sim, todos os dias – ela diz e solta um pequeno riso descendo do carro e abrindo o porta-malas.

Eu desço para ajudá-la a subir com as malas, depois de pegar todas fechamos e trancamos o carro indo em direção ao elevador do hotel, ele não é nenhum cinco estrelas mas para mim está de ótimo tamanho, me surpreende que meus pais tenham dinheiro para paga-lo. Ao chegarmos no nosso andar que era o terceiro, saímos e vamos em direção ao nosso quarto, Angel pega a chave que havia pingentes e chaveiros fofos como um de maçã mordida, e abre a porta amadeirada com uma maçaneta redonda e gelada.

Parecia mais um pequeno apartamento do que um quarto de hotel, havia uma sala pequena, uma cozinha com maçaneta de aço, um banheiro e um quarto com duas camas de solteiro, o ar é bem gelado, não que eu esteja reclamando até porque está um calor certamente infernal em New York, eu realmente não sabia que aqui era tão quente.

- Cacete, eu esqueci o ar ligado. – Angel fala em alto e sobe no braço do sofá extenso para desligar o ar. – Você está com fome? Por que eu sinceramente estou morta de fome.

- Você leu minha mente, eu também estou com bastante fome. – A respondo levando minhas malas até o pequeno quarto de uma janela que dava a uma bela vista.

SuspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora