δυrrοgαcყ-Noarra

Surrogacy.

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Diarra sylla's point of view

15/05/2020. 07:30.

Eu encarava aquelas contas que
estavam em cima da mesa, enquanto
eu tomava meu café da manhã, eu
apenas pensava em alguma forma
de conseguir pagar tudo, era aluguel,
tratamento da minha mãe, remédios,
água, luz, comida.

Eu morava nos EUA tinha uma vida estável , minha mãe era corretora de imóveis e meu pai era marceneiro,
nós vivíamos bem, isso até meus 17
anos, quando meu pai conheceu uma
mulher, e abandonou a mim e minha
mãe, aquilo foi um baque, tanto pra
ela quanto pra mim, depois que ele foi
embora eu nunca mais o vi, as coisas
começaram a apertar em casa, e com
isso eu arrumei meu primeiro emprego
para ajudar minha mãe nas despesas,
quando completei 18 anos minha mãe
recebeu uma proposta de emprego
irrecusável aqui na Califórnia, e nós não
pensamos duas vezes antes de vir.
Quando chegamos aqui nossa vida
era ótima, minha mãe tinha um bom
emprego, eu até comecei a cursar
medicina veterinária que era meu
sonho, pois bem, um ano depois que
nossa vida estava caminhando para
melhor, minha mãe descobriu um
câncer ainda no início, mas como
ela tinha que fazer o tratamento e
o mesmo a deixava fraca, ela não
tinha forças para trabalhar, então foi
demitida, e com isso tive que desistir
de fazer faculdade, pois não tinha
mais dinheiro para bancar a mesma,e precisa trabalhar para novamente,
ajudar nas despesas de casa, minha
mãe tentou arrumar alguns empregos,
mas ninguém queria contrata-la por
conta do câncer.(n/a:tadinha da mãe da queen)

E bem foi dessa forma que eu virei
garçonete em um restaurante de luxo,
eles me pagam o suficiente para poder
pagar as contas, mas de uns meses pra
cá os remédios de minha mãe veio
mais auto do que costumava ser, e as
coisas apertaram mais, deixei de pagar
algumas coisas, como agua, luz, e agora
estão ameaçando de cortar.

- Já está acordada di, você não entra
no restaurante somente as 10:00?
- Minha mãe aparece na cozinha
com sua roupa de lã surrada, com o
gorro de lã também em sua cabeça,
escondendo assim sua careca.

- Eu fiz um acordo com Anthony, vou
trabalha de manhã, a tarde e à noite,
preciso pagar essas contas mãe, de
algum jeito- Digo tomando meu café.

-diarra,nós podemos trocar os remédios
nor remédios mais baratos--- Minha
mãe vem até mim e se senta ao meu
lado- Não se sacrifique tanto, de
qualquer forma eu vou morrer minha
filha.

E novamente ela vem com esse
discurso, mas o que ela não entendeu,
é ela é a única coisa que eu tenho nesse
mundo e se eu não cuidar pra tê-la eu
ficarei sozinha.

-Mãe, você é a única pessoa que eu
tenho nesse mundo, eu máximo que
eu puder fazer pra senhora ficar bem
eu farei, eu jamais medirei esforços
para que a senhora fique bem-A
encaro, pego sua mão e beijo a mesma
-Eu te amo, agora eu preciso ir, senão
vou chegar atrasada- Me levando da
mesa e vou e caminho pelo minúsculo
apartamento até meu quarto.

Ponho meu uniforme de trabalho, que
era uma blusa social branca que tenha
um decote mínimo e uma calça preta
de cintura alta, que realçava minhas
curvas, prendo meu cabelo em um
coque, passo uma base em meu rosto para esconder as olheiras que estavam
bem aparentes por conta da minha
rotina, pego minha bolsa, e vou até a
sala me despedir de minha mãe que
agora assistia algum canal que falava
de fofoca sobre famosos.

- Tchau mãe- Beijo o topo de sua
cabeça, Te vajo a noite, não faça
muito esforço por favor.

-Tudo bom meu amor, tome cuidado
nas ruas a noite, te amo- Ela diz
enquanto eu caminhava até a porta.