Conto 4: Como seduzir o Duque de Vila Velha

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   Vila Velha, verão de 1851

Caminho em silêncio pelo corredor escuro. A única luminosidade de referência, além da luz da lua que entra pelas janelas de vidro atrás de mim e cria sombras sinistras pelo casarão, vem do vão da porta da biblioteca.
    Velas estão acesas ali e eu sei que ele está em seu refúgio, como em quase todas as noites.
    Por tantas vezes quis manter-me o mais longe possível dessa sala, dele, mas agora, ironia das ironias, caminho até ela, até ele, ansiosa.
    Minha garganta está seca, minhas mãos trêmulas seguram a manga comprida do robe que cobre o que é somente roupa íntima.
    A cada passo, o destino implacável se fechando contra mim, mas a favor dele. Não do poderoso Duque atrás das portas, o homem que me comprou, que eu enganei, mas do qual não consegui fugir. Não, o destino do bebê no meu ventre, fruto do amor verdadeiro, do amor de almas irmãs que não puderam permanecer juntas!
    Hesito e paro um pouco, inspirando profundamente, mas no completo silêncio — sei o quanto ele é atento e desconfiado, tem lá os seus motivos, se as marcas de antigas chibatadas em suas costas ou as enganações que eu mesma já usei contra ele, não sei.
    Não tenho mais tempo, a razão grita na minha mente. Preciso começar a sedução agora, ou será tarde demais para querer enganar alguém sobre a origem desse bebê!
    Eu chorei por dois meses e renasci das cinzas no terceiro, após ser trazida de volta da minha fuga frustrada, após ele mandar prender meu amor e eu ser obrigada a aceitar esse casamento em troca da vida daquele por quem ansiei desde sempre!
    Porém, só renasci por causa dessa criança! Ela me devolveu a força vital e depois que eu abandonei o ódio e as tentativas de inanição e assumi o meu papel de nova Duquesa de Vila Velha, o relacionamento inexistente com o Duque tornou-se algo palpável: frágil até certo ponto, mas concreto!
    Confesso que foi a sua confiança no meu alerta de que o administrador estava desviando dinheiro e a promessa de que não haveria sangue derramado por isso, que abrandou meu coração a respeito do meu então, marido.
Mas foram mesmo as suas ideias abolicionistas que me fizeram entender que ele não era quem parecia ser. Não que eu já tenha entendido o Duque Louis Henrich de alguma forma — ele ainda é uma incógnita na maioria das vezes! Mas eu acho que comecei a espiar por trás da fachada de nobre abastado, de Senhor cruel e implacável e o que vi me trouxe certo alívio!
    Diferente do que eu imaginava, ele possui traços de compaixão e até mesmo, tolerância. Ao contrário dos outros machões fanáticos, entende o valor da opinião feminina e do papel das mulheres na sociedade! Não me negou o retorno às aulas com meu tutor mesmo que mandasse sua governante odiosa me vigiar de perto a procura de uma possível carta furtiva à minha mãe que está na Corte.
    Tudo isso ainda está circundando a minha mente quando eu tomo coragem e tocando a maçaneta dourada, empurro uma das partes da porta de suas folhas com cuidado.
    Livro-me das conclusões e foco no plano traçado: que os deuses e meu amado me perdoem, mas uma mãe é capaz de qualquer coisa por um filho!
    Como imaginei, ele está sentado de frente para a janela aberta, creio que vindo da Europa há menos de um ano, ainda não tinha experimentado o calor úmido da serra, onde estamos.
    Numa das mãos, a ornada pelo anel de nobre, um copo transparente com líquido âmbar pende sobre a guarda da poltrona. Acima do espaldar vejo os cabelos escuros, que parecem refletir a noite lá fora.
    Sem dizer nada, vou até a estante na parede oposta, não costumo ir na sua direção, é sempre o contrário.
    Ergo um dos braços para pegar um volume numa prateleira alta e ouço sua voz grave cortar a noite:
    ___ Deu para andar no breu agora, adorada esposa?
    O termo é uma provocação, claro! O que eu desconfio que o Duque, meu digníssimo marido saiba, é que nessa noite todas as provocações serão bem-vindas!
    ___ Vi a luz sob a porta e com a claridade vinda de fora, imaginei que poderia dispensar o calor extra de uma vela nas mãos.
    Agradeço aos céus pela minha voz sair fria e desinteressada, como sempre.
    O copo vai para o aparador ao lado e ele se levanta, envergando toda a sua estatura e elegância nobre, ainda que eu a cada dia mais desconfie das suas origens.
    ___ É afeita agora à leitura nas madrugadas?
    Ele caminha para perto de mim como um predador experiente. Seus olhos de um azul fora do normal brilham sob luz quente das três velas acesas no aparador, tal qual um felino quando mira a caça. Estou acostumada a essa postura, o que nunca fiz foi me deixar abater – o que preciso mudar essa noite.
    ___ Não consigo dormir por causa do calor. Se ao menos as minhas janelas não tivessem sido trancadas! – ergo os olhos para o seu rosto, agora bem mais perto.
    ___ Se ao menos você não tivesse me enganado antes e fugido!
    ___ Touché! – assinto, com certo humor, o que o surpreende e o faz erguer uma das sobrancelhas ao seu modo arrogante.
    Estende a mão e eu o deixo verificar o exemplar que peguei: A Suma Teológica, de São Tomás de Aquino.
    Sua expressão fica ainda mais desconfiada quando vê o título, mas arrefece um pouco quando ele revista o livro e não encontra nenhum indício de que eu estivesse aprontando algo mais que leitura noturna.
    ___ Interessada na hierarquia angelical, querida? – a sarcasmo goteja da sua voz macia, quase íntima.
    ___ Não sabia que conhecia o tema.
    ___ A minha nobre esposa ainda não sabe muitas coisas sobre mim.
    ___ Sei o suficiente. – meu ardil é tentar me desviar dele e nos segundos em que eu faço o meu movimento e ele não tenta me deter, o que sinto é uma amarga decepção.
    Já estamos nessa dança tem umas semanas e eu não posso esperar mais!
    Quando o meu corpo se aproxima para passar por ele na direção da porta, no entanto, percebo o seu movimento na minha direção: ele não me toca, prometeu que não o faria sem a minha permissão e tem cumprido a palavra, o que muito me surpreendeu.
    Ergo os meus olhos na direção do seu rosto outra vez, ele inspira, como se sentisse o cheiro do meu temor e ansiedade, por vezes, não duvido que como os discípulos de Drácula de Bram Stoker, ele tenha poderes sobrenaturais!
    ___ O que você realmente queria aqui, Sabrina?
    Arfo por ar. Droga! Não queria me denunciar, mas o nervosismo vence a minha determinação!
    ___ Por que dispensou a sua acompanhante da estadia em seu quarto?
    Eu não tinha respostas para aquelas perguntas. Não respostas que não fossem fazê-lo desconfiar que eu estava tramando algo!
    ___ Por um acaso está... – seus olhos passeiam pelo meu corpo e evito o estremecimento erguendo bastante o queixo como sei que o irrita – Não... Claro que não!
    ___ Vai me deixar retornar aos meus aposentos?
    ___ Não antes de conseguir as respostas que eu quero! – ele se coloca de forma a bloquear a minha passagem por completo até a porta – O que está tramando, Sabrina?
    Droga!
    ___ Por que parece sentir prazer em fazer a minha estadia nessa casa desconfortável e constrangedora?
    ___ É a sua casa!
    ___ Não! É a nova casa do Duque de Vila Velha!
    ___ E da Duquesa! Vamos, me confesse que está aliviada por eu ter enviado o seu digníssimo pai para a Corte!
    ___ Sinto falta da minha mãe!
    ___ É isso então? Quer permissão para escrever mais cartas? Já criou algum outro código secreto que...
    ___ Não ouse! – o interrompo com fúria – Eu tenho feito de tudo para agir com civilidade e viver em relativa paz, então não me traga...
    ___ Perdão! – ele me interrompe, aparentemente arrependido e levando uma das mãos aos cabelos longos, que soltos, caem pela lateral do seu rosto – Esqueça o que eu disse!
    ___ Esquecer o passado é tudo o que eu tenho tentado fazer! E você torna tudo mais difícil quando traz a tona com tanta facilidade, o que se foi!
    ___ Está mesmo? Tentando esquecer o passado?
    Assinto e minto em tom de confissão:
___ Acho que é a única forma de manter o mínimo de sanidade e tentar... Seguir em frente!
Não, eu jamais esquecerei meu anjo Gabriel e tudo o que vivemos. Mas, não é mais possível, fomos derrotados e para que desfrutemos de algum tipo de vida, nossos caminhos devem permanecer separados. Sei e me conformei com isso, principalmente por causa do segredo que carrego.
___ Quero muito acreditar em você! Mas não é fácil, não depois de tudo...
___ Shiu! – é a primeira vez que eu toco os lábios dele por querer. O calor do seu hálito beija a minha mão, mas eu não recuo, o miro no fundos dos olhos e não recuo – Olhar para frente, essa era a condição, certo?
Seus olhos brilham com surpresa e ele assente, levando a mão quente para a minha em seguida.
___ Você sempre esteve no meu destino, mulher com a estrela. Eu nunca duvidei disso!
Meu coração se aperta quando ele se refere ao colar que João Gabriel me deu. O colar que acabou atraindo o Duque, até mim.
___ Acho que só cabe a nós deixar esse destino agir, então... – não me desvio do seu toque e isso o surpreende.
___ Está dizendo que...
___ Que podemos... Tentar... Fazer esse casamento de mentira, ser real!
Os traços demonstram a sua surpresa. Ele abre e fecha os olhos algumas vezes como se estivesse tentando perceber se estava mesmo acordado.
Assim, desarmado, com o rosto menos ostero, consigo enxergar a sua beleza que encanta todas as mulheres do império. Ele parece até mais jovem com o cenho menos fechado, os traços másculos suavizados sob a barba cheia.
___ Você diz... Hã... Consumar o nosso casamento? – entendo que ele queira ter certeza, afinal, esse já foi o tópico de tantas discussões entre nós.
___ Você está se precipitando!
___ Eu disse que não ia te tocar se você não quisesse e cumpri a minha palavra! – ele ergue a mão que ainda envolve a minha – Mas essa noite, você não repeliu meu toque!
___ Isso não quer dizer que...
___ Tem noção do quanto é difícil para mim, Sabrina? Eu que sempre tomei tudo o que queria, resistir a mulher que atormenta os meus sonhos desde o primeiro momento em que pousei meus olhos sobre você?
___ Só demonstra que você não é um animal, basicamente guiado por instintos! – provoco, e vejo-o expirar com força, o hálito de whisky banhando o meu rosto.
___ O que você faria? Se eu tomasse a sua boca de uma forma que não conseguisse gritar por socorro?
___ Me tomaria, mesmo contra a minha vontade?
___ Então me diga qual a sua vontade! Porque eu acho que acabei de te ouvir declarar que há possibilidade do nosso casamento se tornar real!
___ Eu... – desvio os olhos do dele, mas ele me puxa na sua direção, não permite que eu afaste a mão da sua – Não sei mais o que quero!
___ Sabia o que queria quando veio até aqui em trajes exíguos, não sabia? – ele abaixa o seu rosto e seu nariz percorre o meu pescoço e parte da clavícula que se desnudou com o meu último movimento – Senti seu cheiro antes mesmo de você abrir a porta!
___ Está mesmo agindo como um animal! – reluto, mas não me movo (ele estranharia muito se eu não relutasse!).
___ Frutas e flores... Medo e excitação! – seu hálito e voz provocam a minha orelha e eu me arrepio, para a sua satisfação – Me pergunto se você seria receptiva, tão apaixonada na alcova como é para defender esses escravos!
___ Que você jurou libertar!
Ele se afasta e me olha com desconfiança outra vez:
___ Você prometeu! E não é o Duque mesmo quem vive dizendo que cumpre as suas promessas?
___ Era isso, então? Essa farsa de tornar o nosso casamento real, uma dissimulação para garantir a liberdade dos seus tão amados servos?
Não nego, queria desviar a sua atenção da minha real dissimulação e consegui!
___ Responda Sabrina!
___ E se fosse? – ergo o meu queixo e lanço a minha última provocação.
Vejo o receio e a dúvida brilharem por uns breves segundos em seus olhos azuis antes de serem tomados pela determinação, pela paixão. E eu sempre duvidei que o Duque pudesse me amar, mas com a paixão eu teria que saber lidar!
Ele faz um movimento para selar os lábios nos meus, mas eu desvio no último segundo:
___ Não aqui! Onde qualquer criado... – não consigo terminar de falar! Meu fôlego é totalmente interrompido quando em segundos, meus pés já não estão mais no chão e sou espremida contra um torço duro, um de seus braços passando pelos meus ombros, outro pelas minhas pernas.
Ele não me leva para o seu quarto, não, para a minha surpresa, me leva para o meu. Um passo dentro da porta e ele me devolve ao chão, batendo a mesma com um estrondo que faz meu coração disparar ainda mais!
___ Dispa-se!
___ Mas...
___ Sabrina, pela primeira vez na vida faça o que eu estou pedindo! – a contenção dos seus ânimos fica evidente na voz, então eu abro o laço do robe que escorre pelos meus ombros. A camisola de baixo é tão fina que eu acho que chega a ser transparente.
Seus olhos miram os seios túrgidos que parecem querer atravessar o tecido e descem para a minha feminilidade.
___ Me deixe te ver... – a rouquidão, faz a voz do poderoso Duque falhar.
Sem conseguir esconder que estou tremendo, eu afasto as alças e o tecido forma uma poça alva aos meus pés.
Não é a primeira vez que ele me vê nua, mas é a primeira vez que eu não estou lágrimas ou repelindo-o com todo o meu ser.
Me surpreendo que essa vontade não me tente. Não essa noite, eu tenho um objetivo e preciso estar preparada.
Seus olhos passeiam e voltam para o ponto entre as minhas pernas. Acho que os pelos aparados o surpreendem, segui o conselho da minha amiga e ela disse entender mais de sedução do que eu.
___ Vai me constranger até quando? – outra provocação.
O sorriso que ele exibe agora é lupino:
___ Até você pedir para que eu me constranja também!
Contenho a minha vontade de xingar e ele percebe.
___ Vamos, diga! Não é do feitio da minha esposa não apontar para o fato de eu ser um pervertido profano!
O que eu faço a seguir surpreende até a mim mesma:
___ Não serei profanada, caríssimo esposo! – levo ambas as mãos a camisa alva e começo a abrir os botões – Não importa o que faça comigo, ainda posso guiar meus sentidos para alcançar a comunhão espiritual!
___ É sobre isso então? Finalmente percebe que eu sou o único amante que pode fazê-la comungar com o sagrado?
___ Se a arrogância for qualquer indicador... – desnudo o seu peito, mas ele parece recear que eu tire a peça e sei bem porque – Não farei perguntas essa noite!
Minha afirmação parece o acalmar e ele deixa a peça se somar às outras que já estão no chão, exibindo o tórax forte de quem está afeito ao trabalho braçal (outra contradição no Duque!).
Estudo a penugem escura que cobre a pele branca, descendo até a calça acinzentada.
O volume que vejo me mostra que todo o meu constrangimento teve um efeito positivo ao menos!
Engulo em seco e ele toca o meu queixo, desviando o meu rosto para o dele:
___ Quero te beijar! – murmura, fazendo a atmosfera ao redor mudar.
___ Achei que faria bem mais que isso!
___ Não quero apenas consumar o casamento, Sabrina! Quero... – ele afasta um pouco a mão e aplica um beijo exatamente onde estava segurando – Te amar!
Não tenho nenhuma resposta espertinha a essa afirmação. Nos segundos que os meus olhos ainda contemplam o seu rosto, tudo o que percebo é que há verdade no que ele diz.
E quando sua boca explora a minha, com gosto de whisky e o calor de mil verões, perco algo que me é muito caro, a minha sanidade.
Esqueço que o plano era somente conseguir a sua semente, esqueço que jamais serei perdoada pelo meu amor-irmão, sou tomada por um instinto tão antigo quanto o mundo.
Sinto a sua língua vir brincar com a minha e me deixo envolver. Suas mãos estão pelas minhas costas e seu tronco está pressionando meus seios que estão pesados de desejo e hormônios, causando uma sensação avassaladora.
Ele caminha comigo até a beira da cama sem parar de beijar a minha pele, quando encosto a parte de trás das minhas pernas no tecido do dossel que está solto, sinto o seu corpo se dobrar e sua boca descer ainda mais, buscando um dos seios e provocando, a lamber e depois, chupar.
A sensação é maravilhosa, mas eu temo que já haja leite, então tento puxá-lo para mim, mas ele só desce, passando pelo meu ventre a provocar a pele com a boca e a barba, o que me faz fechar os olhos com força.
A consciência volta e eu puxo o seu rosto para cima, encontrando os seus olhos em chamas:
___ O que...
___ Preciso te preparar, ou não vai ser bom pra você!
___ Não acredito que... Se importe assim...
Ele se levanta e segura o meu rosto com as duas mãos, arfando por ar:
___ Você é minha vida!
Não tenho uma resposta para essa frase, para o que ela me faz sentir, para a parte de mim que mesmo depois de todas as coisas terríveis que esse homem já fez, parece acreditar nisso!
Então é a minha vez de beijá-lo e entregar meu corpo e minha alma ao Hades, pois depois dessa noite, terei traído tudo o que acreditava, contrariado todos os juramentos que fiz até então.  
Abro as minhas pernas para recebê-lo e ele testa minha umidade com um dos dedos. Enquanto a sua língua invade a minha boca e seu corpo todo roça em mim, ele percebe que eu estou molhada, pronta.
O gemido que sai da sua garganta é animalesco, mas ele não para de me beijar. Meus braços são guiados para cima enquanto ele entrelaça as nossas mãos, ouso abrir os olhos e lá está o poderoso Duque ajoelhado diante de mim, rendido ao desejo, pronto para me dar o que eu preciso.
Sinto a sua ponta rígida pressionar a minha entrada e meus olhos não conseguem abandonar a imagem da minha condenação.
___ Tem certeza? – ele ergue o olhar para mim e mesmo que pareça estar temendo tanto que eu diga não, percebo que ele vai parar se eu disser.
As palavras me faltam, então eu assinto. Vejo o alívio percorrer a sua face que depois, contrai-se como se ele estivesse fazendo todo o esforço do mundo para deslizar por mim vagarosamente, milímetro a milímetro.
Arfo, mas não abandono a visão dos seus cabelos escorrendo entre nós, da boca a buscar por ar e da feral masculinidade exalando por seus poros.
Quando ele me preenche toda, abre os olhos, parecendo querer confirmar que sou eu quem o acolhe.
Sua boca volta a me provocar, como que para aliviar a pressão e  a leve dor que me invade, por suportar toda a sua envergadura depois de apenas ter feito isso poucas vezes.
Nos lambemos, beijamos e chupamos e quando o seu quadril recua só um pouco e pressiona, gememos juntos.
Não há o mínimo resquício de razão em mim quando ele recua e arremete estabelecendo um ritmo, um ritmo que meu corpo reconhece e retribui na busca do próprio prazer.
Ele mete e chupa os meus seios, um depois o outro, e eu estou absolutamente entregue a decadência daquele desejo profano, gemendo e dizendo coisas desconexas, caindo num precipício que pode acabar comigo.
Quando ele prende meu mamilo entre os dentes e bate o quadril contra o meu até o fundo, sinto seu líquido me encher e me deixo levar, a sensação de comungar com algo divino e a satisfação de saber que agora tenho uma chance, me fazendo me perder em êxtase.
Não reconheço os seus olhos quando eles se abrem de volta para mim. Não há satisfação ou a neblina do cansaço: há fogo!
___ Queria saber como é a sensação, esposa? Pois eu posso te fazer alcançar isso a noite toda!
E com um sorriso que é pura satisfação masculina, ele mais uma vez, compre o que promete.
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Autora: LSOliveira80

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