Moon || Michael Clifford

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{Moon}

- Olá malta! - Calum cumprimenta os seus amigos, sorridente.

- Olá... Calum. - trocam olhares estranhos.

- O Calum contou-me o que aconteceu. – eu disse, baixinh, enquanto brincava com os meus dedos.

- Então, suponho que saibas que já nos conhecíamos, certo? - o rapaz de caracóis, sorri.

- Ahm, sim, mas eu não me lembro muito bem... - mordo o lábio, envergonhada.

- É normal. Sou o Ashton! - sorri, o rapaz de caracóis. Ele foi um dos que me defendeu.

- Sou o Luke! - o loiro com uma argola no lábio sorri. É o irmão da Rose.

- Sou o Michael. – o meu companheiro de carteira em Artes sorriu de boca fechada.

Sinto as minhas bochechas a queimar quando o olhar de Michael cai sobre mim. Brinco com os meus dedos, tentando distrair-me dele.

Depois de ficarmos um tempo há conversa, eu ainda meio envergonhada, o toque estridente soa pela escola avisando que está na hora de começar as aulas.

- Bem, uh, eu vou indo. Até logo. - aviso, curvando os meus lábios para cima.

- Até logo Moon! - sorriram.

Esta seria uma das aulas opcionais. Eu escolhi uma aula diferente deles. Luke disse-me que Rose também tivera escolhido a mesma disciplina que eu, por isso não estaria sozinha.

- Olá Rose! - cumprimento-a.

- Oh, olá Moon. - ela diz, não tão animada como sempre está.

- Passasse algo? - pergunto.

- Não. Eu estou bem. – ela sorri, mas eu sei que não é o sorriso verdadeiro que sempre está no seu rosto.

- Se tu o dizes... - suspiro, deixando o assunto para lá.

Chegámos à sala de aula e esperamos que a professora chegasse.

Rose estava muito calada. Pelo que eu já percebi dela, está sempre a falar e agora é estranho ela estar assim. Decidi não perguntar nada. Afinal, se ela quiser contar ela conta, não é? Deve ser.

Vejo a professora de História a chegar e chamo Rose para entrarmos.

Esta é a última aula. Finalmente!

Rose tem estado muito estranha e posso jurar que a vi chorar na aula. Devagar, viro a minha cabeça e olho para Rose querendo perguntar-lhe o que se passa. A sua face rosada era percorrida pelos caminhos das lágrimas.

- Okay, tu vais ter de me explicar o que se passa, Rose! – exclamo, preocupada.

- Depois da aula eu conto... - ela diz, a sua voz a falhar.

- Está bem. – suspiro.

Poucos minutos depois o toque soa pela escola, avisando que está na hora de sair.

Estou, realmente, preocupada com Rose. Ela é uma pessoa sempre muito alegre, uma pessoa alegre que também bebe muita água! Arrumamos as nossas coisas e assim que o professor dá ordem para sairmos, fazemos o nosso caminho até à saída da sala de aula.

Rose guiou-nos até ao parque, perto da minha casa, sentando-se no banco. Faço o mesmo que ela, esperando que comece a explicar o que lhe aconteceu. Não a quero pressionar.

- Hoje fui ao médico... - ela brinca com os seus dedos. - Fiz as consultas normais que sempre tenho de fazer e o médico disse que, que eu tinha... anorexia.