CHAPTER 02.

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-Me desculpe, não queria que isso acontecesse, oh, me desculpa manchei a sua roupa de sorvete, ai Deus. - eu começo a olhar a roupa do rapaz e começo a passar a mão tentando tirar o mais rápido possível, está tudo sujo. - Me desc.... - quando olho pro desconhecido, e vejo se era essa pessoa que eu estava vendo ou se eu estou sonhando.

Esses olhos castanhos... Não me é desconhecido.

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- Ei calma, está tudo bem - o mesmo dá um sorriso de leve. - Acontece. - o mesmo segura meus braços e me encara.

-Me desculpa mesmo. - Eu acabo encarando-o e admirando aquela face.

Impossível, aqueles olhos castanhos. Ele me da aquela impressão de que eu conhecesse ele há tempo. Mas seus olhos não são estranhos, é igual o menino dos meus sonhos. Observo cada detalhe de seu rosto é incrivelmente perfeito. Sua pele é lisa, igual porcelana, a curva do seu rosto é perfeita, do queixo até a testa. Seus cabelo, é a cor do mel com caramelo, igual seus olhos, ao bater o sol, fica claro e caramelizado.

- Eu tenho que ir. - Me despeço daquela vista, e olho pela última vez. Adeus garoto de olhos castanhos, um dia a gente se encontra novamente. O mesmo solta meus braços, e me encara. Me caminho á direção da porta, e pela última vez, eu olho para trás, pra me recordar daquele rosto.

O mesmo continua me olhando, será que eu apareço em seus sonhos também? será que eu sou um retrato de um sonho que alguém que deseja me procurar? Mais por que hoje? Justo esse tempo perfeito eu fui me encontrar com essa pessoa.

Saio da Cafeteria, e vou caminhando para casa, o caminho está tão frio, a leve brisa do vento frio batendo no meu rosto, eu observo o tempo. É tão belo o céu, que é feito de fases, não importa se está nublado, chovendo, sol, anoitecendo ou amanhecendo, ele é perfeito. Eu me recordo, do meu sonho, uma boa parte. Eu o vejo, sorrindo para mim, com seus olhos castanhos batendo na leve luz, enquanto o sol nasce, aqueles olhos castanhos, mas eu não consigo identificar a sua cara. Por que nos sonhos são mistérios que iremos um dia resolver, ou talvez jogar no esquecimento. Haverá dias que, iremos nos esquecer completamente, ou não.

Esperarei ansiosamente te encontrar garoto de olhos castanhos..

Faltava uma boa parte para chegar em casa, coloco meus fones, minha playlist realmente precisa ser mudada, é tanta música que eu nem me recordo direito, das quais eu adicionei ao longo dos anos.

Olho no relógio e vejo que estou atrasada.

Minha mãe vai me matar...

Saio correndo, falta apenas 5 ruas pra chegar em casa, embora eu adoro ficar observando a paisagem que sempre abre uma paz e vista bela. Mas no momento preciso chegar em casa, nem que eu caia na rua. Assim que viro a esquina de casa, vejo minha mãe colocando minhas coisas no porta malas.

-Mãe me desc...- fico ofegante e acabo me atrapalhando na pronúncia. Faço um sinal de espera, a mesma entende me dando uma garrafa de água.

-Não temos tempo, vamos que o tempo está contra ao nosso dia hoje. - a mesma começa a entrar no carro e eu faço o mesmo.

-Espero que esse Semestre seja tranquilo pra você, qualquer coisa se precisar, pode contar comigo, aliás sua Vó Matilde ligou hoje.

-Acha? como ela está? faz tempo que não á vejo. - Minha vó Matilde, sempre carinhosa, o tempo nunca foi ao meu favor, quem dirá o destino, sinto sua falta e das suas falas logo cedo, embora a gente estando uns quilômetros longe, eu ainda preciso aproveitar o tempo e visitar ela um dia.

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