Conversation .02.

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•XX Tudo bem, eu decidi fazer um outro capítulo. Espero que gostem XX•

Ray acordou desorientado depois da noite passada, novamente sem a companhia de Norman. Se levantou com uma dor de cabeça horrível, e sem lembrança nenhuma da noite anterior.

Procurou algum remédio na cabeceira, mas não encontrou nenhum. Foi em direção ao armário, pegou uma blusa e atravessou a porta e o corredor. A luz que vinha das janelas o incomodava ainda mais naquela manhã.

Desceu a escada e foi até a mesa de café da manhã, onde encontrou o albino. Quando o viu, chegou perto dele, envolveu seus braços ao redor de seu corpo e aconchegou seu rosto na curva do pescoço do menor. Respirou fundo, sentindo o cheiro de café de seu namorado.

-Bom dia Norman. - O moreno disse, com a voz meio abafada, por conta de ainda estar com o rosto encostado no pescoço do albino.

-Bom dia, Ray. - Respondeu, secamente.

O maior estranhou o tom de voz, já que o outro sempre falava consigo de um jeito carinhoso.

Saiu daquela posição e se sentou na cadeira da frente, como sempre costumava fazer. Se serviu de café e nada mais.

Foi uma refeição silenciosa, em parte por que Ray ainda estava um pouco desorientado mesmo depois de ter tomado um remédio que estava na mesa, e também por que Norman esperava o momento certo para falar com o maior sobre suas falas incoerentes na noite passada.

Passaram-se 15 minutos silenciosos, tanto que podia-se ouvir o relógio de ponteiro da sala e seus segundos passando.

O moreno saiu da mesa, estava incomodado com o silêncio e com o clima pesado ali, por isso usou a desculpa de que iria se arrumar para ir até a biblioteca.

Quebra de Tempo

Fazia 2 horas e meia que o maior tinha ido até a biblioteca, mas não conseguiu ler nenhuma frase do livro, estava aflito demais. Aflito sobre o que tinha acontecido com seu namorado. Dúvidas rondavam sua mente sem parar, e não conseguia pensar em outra coisa senão a frieza e a secura com que Norman lhe tratara.

Quando ergueu o olhar para a imensa porta do lugar, viu uma figura conhecida, que vinha em sua direção. A figura albina, de olhos azuis brilhantes, sentou-se na poltrona em sua frente.

-Norman, o que faz aqui? - Perguntou baixo, para não incomodar as outras pessoas ali presentes.

-A gente precisa conversar, Ray. Mas para isso, preciso te perguntar uma coisa.

-O que é?

-Você lembra de alguma coisa da noite passada?

As memórias começaram a aparecer, desde as inúmeras bebidas até o carro.

-Lembro. Por quê?

-O que aconteceu com você? Por que ficou tão mal? - Entrelaçou sua mão direita com a esquerda do outro.

-Ah, aquilo? Aquilo não foi nada. - Virou o rosto, que estava começando a ficar quente.

-Nada? Sério mesmo, Ray? Você falando que é uma âncora que só me prende e me puxa, foi só nada? - Acrescentou. -Por favor, me explica o que aconteceu, Ray. - Pegou sua mão e a colocou no rosto do maior, que tinha lágrimas pequenas brotando.

-Quer mesmo saber, Norman? Por que eu sou mesmo tudo que eu disse. Você poderia ter uma vida normal, mas não pode por que tem um peso morto nas suas costas. - Tentou expressar toda a sua frustração, mas não conseguiu por ter que falar baixo.

-Eu nunca te achei um peso morto. E, se você fosse, eu o carregaria com felicidade. - Sorriu, e ouviu risadas baixas do outro.

-Por que você carregaria um peso morto com você, te impedindo de viver? Isso faz de você um idiota.

-Por que eu te amo, Ray. Eu faria qualquer sacrifício por você, e o faria de novo, se eu pudesse ficar do seu lado.

-Caralho, como você consegue ser tão brega? - Deu mais um riso, recebendo um sorriso do outro.

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2020 ⏰

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