Capítulo 12 - A contagiosa síndrome de Jamie Meeks

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A velha casa abandonada da rua Pikeview tinha um cheiro pútrido de lixo, mijo, poeira e sangue seco. Estava uma zona, parecia que havia sido invadida por moradores de rua que viram ali uma oportunidade de dormir pelo menos uma noite longe do frio das ruas de Bridgeport.

– Acho que vou vomitar — murmurou Amy.

– Esse lugar é nojento – Chris levou a mão a boca.

– Acho que não vamos encontrar nada aqui — Nancy seguiu adiante e forçou a porta que levava ao porão que abriu lentamente e com dificuldade — vamos, gente.

As amigas desceram para o porão escuro e tentaram se adaptar a penumbra até Chris achar um interruptor, surpreendentemente a luz acendeu:

– Não faz sentido esse lugar estar abandonado há tanto tempo e a luz ainda funcionar.

– A não ser que não esteja abandonado — retrucou Nancy.

– Mas o porão parece estar vazio — disse Amy — até demais ... Alguém fez uma limpa aqui.

As meninas assentiram.

– Meninas ... — murmurou Nancy — o que é aquilo?

Todas olharam para uma estante de enciclopédias velhas que emanava uma luz vinda de trás.

– Será uma passagem secreta? — questionou Chris.

Amy bufou:
– Pelo amor de Deus, estamos no castelo do Drácula agora!

– Vem gente, vamos tentar empurrar! — Nancy seguiu em direção a estante e suas amigas foram logo em seguida, as três se posicionaram do lado esquerdo e começaram a empurrar fortemente, contudo, o móvel não se moveu.

– Que droga, não vai! — gemeu Amy.

Chris se moveu para frente da estante e a observou com curiosidade – É isso! — disse começando a examinar os livros mais de perto e pegou uma enciclopédia surrada de 1970, um barulho alto de ferramentas enferrujadas gritando para se moverem começou a invadir o porão, como mágica, a estante começou a se mover e revelar uma sala secreta.

– Que clichê — debochou Chris.

– Como você sabia disso, Chris? — Nancy parecia perplexa.

– Fala sério, nunca viram filmes de terror? essa enciclópedia era a menos empoeirada da estante, o único livro que alguém mexeu durante muito tempo, e dada as circunstâncias, era óbvio que esse livro era a resposta.

Amy arqueou a sobrancelha:

– Ai está, a contagiosa síndrome de Jamie Meeks!

– E bota contagiosa nisso — Nancy riu.

– Amigas... — Chris estava mais adiante na sala e o que viam era assustador.

Era um local amplo de 4 paredes, feito a tijolos cinzentos e era rodeado de fotos de pessoas mortas  — e fotos dos sobreviventes de 5 anos atrás —, mesas com papéis e livros velhos, computadores, facas, 3 máscaras brancas de gato e alguns casacos pretos  e no centro da sala, um símbolo que remetia a um T com pontas mais distorcidas e triangulares estava pintado com sangue na parede.

– Mas que porra é essa? — questionou Amy retoricamente.

Nancy estava perplexa, mas sabia o que significava aquele lugar.

– É um santuário, um santuário para Michael Truman. Na verdade, acho que isso é um tipo de covil, estamos na toca do assassino.

Amy e Chris viraram ao mesmo momento para Nancy. Isso só parecia confirmar a pior das teorias.

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⏰ Última atualização: Nov 08, 2020 ⏰

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