[TA ACABANDO ]
Acordei no meio de um campo, estava sol e não tinha neve, com a minha cabeça doendo me levantei e percebi que não estava em casa, a grama estava alta e eu já não usava mais as roupas pesadas. Me virei de costas para tentar ver o lugar em 360 ° e quando voltei para a minha posição inicial eu vi um grupo de crianças correndo, várias cores, tamanhos e jeitos diferentes, elas estavam tão longe mas aidna conseguia ouvir suas risadas, até que...
- MAMÃE - olhei em volta a procura de alguém outro adulto mas não achei. - MAMÃE- chamou novamente e então eu vi a pequena criança de uns três ou quatro anos correndo em minha direção, era linda e muito fofa mas não podia ser Suzy, ela não tem essa idade e ela morreu. Olhei mais uma vez ao meu redor pra checar se realmente era comigo. - É você mesmo bobinho. - falou agora mais perto, ela tinha os cabelos soltos e um vestido rosa bebê.
- desculpa acho que está me confundindo. - me abaixei pra ficar na sua altura. - Sabe onde eu estou ? - perguntei.
- Está no paraíso. - respondeu e eu não entendi bem. - não me apresentei, sou Park Suzy, e você é meu pai. - sorriu fofa.
- Não, não você não pode ser ela, você é muito grande e... - eu não sabia o que dizer.
- não tem como brincar com um dia de vida. - ela sempre tinha uma resposta na ponta da língua e isso lembrava eu quando era mais novo.
- Meu Deus. - puxei ela e a abracei chorando. - porque deixou a gente ? Eu sinto tanto a sua falta. - comecei a soluçar. - Não sabe o quanto... - ela se afastou e eu fiquei sem entender mas logo em seguida ela segurou meu rosto com as pequenas mãos e olhou nos meus olhos vermelhos.
- Aqui eu não tenho sentimentos ruins mamãe, não tem dor e nem tristeza, você não iria poder fazer nada por mim mas eu podia fazer por você. - me soltou e sentou no chão, naquele momento as chamas pareceram mais baixa como se estivéssemos no central Park.
- Como assim ? Eu ficaria tão bem tendo mais tempo com você. - sequei algumas lágrimas.
- Não não ia, Você e o papai nasceram para ficarem juntos e se eu ficasse mais tempo isso não iria acontecer mas você vai entender melhor mais pra frente. - segurou minhas mãos. - Eu não estou longe de vocês, sou seu anjinho lembra? Você não vai deixar de me amar se seguir em frente, a culpa não foi sua mamãe, gosto tanto dos sorrisos que dava quando conversava comigo, quero vê-lo mais vezes. - ela era tão pequena mas falava tão bem, tão madura. - promete pra mim que vai sorrir daquele jeito de novo ? - apertou minhas mãos e eu olhei pra ela com os olhos marejados.
- Eu prometo. - engoli o choro e a abracei mais uma vez.
- Então agora temos que ir a um lugar. - saiu de meus braços e se levantou, e eu fiz o mesmo. - Vai ser difícil mas sei que você vai conseguir. - me levou para dentro de uma floresta e andamos até chegar em uma caverna, dentro tinha como uma mesa de pedra com um lençol em cima e um bebê ali. - Tá na hora de me deixar ir e você sabe disso. - me aproximei do bebê, frio e sem vida ali e olhei para a criança atrás de mim.
- Eu não tô pronto, eu não quero - comecei a chorar novamente e ela se aproximou.
- Você tá sim, precisa fazer isso para que eu possa ver aquele sorriso de novo e para que eu possa descansar. - limpou minhas lágrimas quando eu me abaixei e deu um beijinho na ponta de meu nariz e quando eu ia abraça-lá, ela sumiu e eu entendia aquilo, me levantei e olhei mais uma vez para aquele bebê, o enrolando aos poucos até que não o pudesse ver mais.
Sabia o que eu tinha que fazer, mesmo sem nenhuma instrução eu sabia, então peguei ela no colo e sai da caverna agora não vendo a floresta mais uma pequena casinha aberta com um caixão em cima e ao lado uma cova com muitas flores em volta. Andei em passos lentos sentindo doer o meu coração a cada batida, coloquei ali e fechei botando as mãos em cima.
- Você vai ver aquele sorriso de novo filha. - sussurrei e peguei aquele caixão e ele estava tão leve. Andei até a cova o colocando ali é tampando com areia derramando a minha última lágrima e foi aí que tudo ficou branco e eu fui levado a outro lugar.
Eu estava no hospital mas ninguém podia me ver, tinha um outro eu dentro do quarto segurando a mão de jungkook, ali tinha uma aliança que acredito que era de casamento e na cama estava Suzy, ela não tinha mais os lindos cabelos e seus olhos não tinham o brilho, estava pálida e quase sem vida, o meu outro eu estava ali se segurando para não desabar na frente dela. Andei pelo quarto vendo a ficha médica e vendo que Suzy tinha 4 anos e foi diagnosticada com leucemia a três meses.
Fui tirado do transe quando o monitor começou a apitar e eu vi minha filha ali com os olhos fechados, os médicos entraram mas não conseguiram fazer nada, ela tinha ido mais uma vez. Agora já estava em meu apartamento com jungkook, o meu outro eu e ele brigava como o que aconteceu hoje mais cedo, eu via o quando nós estávamos péssimos mas eu tinha aquela pegada agressiva e egoísta o que fez com que ele me entregasse a aliança e saísse pela porta me deixando ali sozinho.
Eu estava perdendo tudo outra vez, mas aquele meu eu estava mais fraco, mais distruido, ele não tinha mais forças pra lutar e isso tudo terminou com o meu corpo deitado com o retrato da suzy em uma mão e uma caixa de calmante na outra completamente desfalecido.
Então era isso que ela estava querendo dizer, era isso que aconteceria se ela tivesse ficado. Como eu prometi ela vai ver aquele sorriso, vai sim.
Antes de eu fazer qualquer outra coisa tudo ficou preto novamente.
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Filter 2 - Jjk✈ Pjm
Fanfiction[CONCLUÍDA PARTE 2] Uma breve mas não tão breve continuação de nosso casal incrivelmente fofo e forte. A Distância é um problema pra você? o amor pode superar a distância? A saudade em excesso pode ser prejudicial ? Um relacionamento não é fácil e...