Capítulo 2 - Não confie em nenhum filho da puta

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Pedicone é quente como o inferno.

É por isso que eu gosto de dormir com ele depois de foder. Acordar com ele deitado de bruços, a bunda redonda e gostosa ali, uma marca de mordida ou duas, suas costas definidas e fortes. Diferentemente de Gerard - o qual precisamos quase jogar baldes de água para tomar algo parecido com um banho- ele cheira a sabonete e perfume, algo amadeirado que, na minha opinião, combina com os cigarros que fumamos. Não me leve a mal, não estou emocionado aqui.

Mas é uma vista bonita para caralho. 

Então, aqui estou eu curtindo minha vida, relaxado como nunca depois de foder a noite inteira e quase esquecendo que em poucos dias vamos cometer o assalto de nossas vidas. Bem, isso é até que Gerard Way entre no meu quarto com sua voz idiota e seu nariz idiota, batendo a porta atrás dele com uma força desnecessária idiota.

-Frank, pegue a  merda das suas hollow point's.

Eu ainda estava olhando para a bunda de Pedicone, que se virou em um ângulo delicioso na cama, a propósito, para encarar a caixa que Gerard jogou sobre o edredom. Depois de dar um sorriso de merda para Way, sentou-se, apoiando suas costas na cabeceira para acender um cigarro. Aninhei minha cabeça como a de um gatinho em seu colo, meus lábios se curvando automaticamente quando senti suas mãos grandes em meu cabelo. 

Eu não estava feliz por conta do carinho. Era Gerard absolutamente puto que me alegrava. 

-Bom dia para você também, filho da puta. Espero que sejam da marca certa. 

Gerard bufou, virando os olhos e sentando-se conosco, na ponta. Ele pegou a caixa e apontou a marca para mim, inusitadamente nada errado, a princípio. Suas sobrancelhas se arquearam enquanto eu levantava para pegar e conferir mais de perto. 

-Bom garoto - eu zombei - até que enfim, ein Gerard?

-Cale a boca, Frank - ele tirou seus sapatos para ficar na cama com suas pernas no estilo borboleta, nos encarando - enquanto vocês fodiam e dormiam como dois namoradinhos de merda eu estava trabalhando, conseguindo suas malditas balas.

-Gerard, deixe de ser uma putinha com ciúmes - Pedicone interviu, me fazendo rir - porque você não deita do nosso lado, ein? Você parece ter um pouco de tensão, meu menino bonito. 

Eu já estava me preparando para abrir espaço e receber Way entre nós. Não seria a primeira nem a última vez, pelo amor de Deus, então já conhecíamos a dinâmica. Gerard é uma puta por carinho, eu nunca lhe dei abertura para essa viadagem, mas Pedicone era um merdinha carinhoso e satisfazia essa necessidade dele enquanto eu, bem, eu tinha meu pau chupado. 

-Mikey quer falar com você, Michael. Ele está te esperando na cozinha. 

Foi ai que percebi que algo estava tremendamente errado. 

Aparentemente Pedicone também, pois seu rosto se contorceu em confusão. Gerard, nosso Gerard, nunca dizia não e estava sempre pronto para nós, de qualquer forma. Ele tinha essa carência intrínseca, essa disposição e necessidade de estar com alguém. Ainda mais com Pedicone, que o tratava como um ser humano, afinal, e sempre o suavizava automaticamente com suas propostas. Mas, desta vez, Way apenas engoliu seco, seus traços numa expressão severa enquanto o encarava e mexia as mãos nervosamente.

-Bem, ninguém brinca com Mikey Way. Estou indo, me chamem se precisarem de algo.

Piscando, ele me deu seu cigarro e levantou para colocar suas calças. Mantive meus olhos no edredom, evitando qualquer pergunta antes que ele saísse da sala.  Assim que ouvimos a porta batendo, Gerard praticamente pulou em cima de mim.

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⏰ Última atualização: Nov 04, 2020 ⏰

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