Sex Shop.

·• Karma •·

Não era como se Jisung pudesse controlar os sentimentos que sentia por Minho. Ele era extremamente atraente, e era o seu tipo de homem, o tipo que independente do que acontecesse, estaria ali, mas não era o tipo de demonstrar sentimentos facilmente. Minho era bonito, charmoso, tinha um papo envolvente, mas só pelo cheiro de seu perfume era possível identificar que ele era um babaca.

Jisung suspirou e andou até a cozinha com certa dificuldade, já que as pernas doíam e a cabeça girava pela bebida que havia tomado.

Procurou um anti inflamatório na caixa de remédios que tinha figurinhas de my little pony em volta, coladas por alguém que no momento Han não se lembrava, assim que achou uma cartela, tomou dois comprimidos de uma só vez, esperando por um efeito mais rápido. O moreno voltou para a sala e se jogou no sofá.

Olhou a hora no celular e ainda havia tempo pra ficar de bobeira antes de ir ao trabalho, mesmo que sempre preferiu chegar mais cedo, ainda estava muito cansado.

Entrou no aplicativo de chamadas e procurou pelo contato da melhor amiga. Precisava conversar um pouco.

Sana.

-Fala poc.-Sana atendeu o telefone enquanto passava as folhas de uma revista de moda qualquer que um carinha do jornal entregou a ela em uma passagem rápida por ali. O movimento na empresa estava pacífico, não entrava ninguém, não saia ninguém, era um dia calmo, estavam todos em suas salas cumprindo a agenda cheia de serviços então não tinham muitos motivos para sair.

-Oi Sana...-Meio cabisbaixo disse o moreno, abraçando os joelhos, fez um bico e suspirou enquanto desenhava círculos no tecido do sofá.

-Sinto o cheiro de mofo daqui, o que rolou?- em um movimento rápido, Sana fechou a revista, apertou o celular e olhou para os carros que passavam na rua.

-Minho.

-Só podia ser, o que ele fez dessa vez?- cansada de sempre ouvir aquele história mas nunca o suficiente pra largar o amigo no meio do caos, Sana apoiou o queixo na mão, esperando a explicação de Han.

-Eu que fiz.-mordeu os lábios com força, mas não sangraram como da última vez.

-Tomou atitude? O que você fez Jisung pelo amor de deus?- a voz da mulher do outro lado do telefone denunciava que ela estava desesperada, Jisung sabia disso, eram amigos a bastante tempo.

-Eu...mandei ele ir embora, sabe, eu to cansado do mesmo papinho de sempre, mas eu sei que é só ele aparecer aqui em casa que eu me entrego de corpo e alma a ele novamente, e eu me odeio por isso, de verdade, o que eu faço?-a homem começou a coçar o couro cabeludo com certa força, ansioso e inquieto.

-....olha, eu sinceramente não faço idéia, desde que vocês começaram a ficar eu sentia que você iria explodir. Ele parece muito traumatizado, você deveria esperar, ou conversar com ele, se gosta mesmo dele, procura interagir mais com diálogo, porque eu sei que quando vocês se encontram é só putaria.- Revendo as anotações na agenda do balcão, Sana dizia calmamente.

-Mas e se não valer a pena?

-Ai vale a galinha toda.

-Aiai, eu tô num beco sem saída...mas como ta as coisas aí?-suspirou e se levantou do sofá, olhou em volta e decidiu que iria se animar, ou tentar.